domingo, 14 de junho de 2015

Pedro: Isto ainda é melhor que o carnaval!!!


Título com palavras da velhaca, Dona Estrela algarvia, mulher do meu Sérgio Bernardo, com a casa cheia de gente depois do desfile, enquanto enchia copos de vinho e servia imperiais.~

“Eu não te disse que não te apoquentasses porque alguma coisa haveria de sair que a gente tem ideias e gosta de festa rija?” E bastou o apoio da nossa Junta de Freguesia tão bem conduzida pelo nosso presidente Silvestre Andrade, e nem precisámos do sim daqueles parvalhões da câmara que só sabem é andar a pedir beijoca e dar abracinhos nas costas, de cínicos que estão. Bastou isso e o apoio do nosso Grupo Desportivo Arenense que a todos albergou para o baile e o repasto, tanto apoiou na confeção da comida e garantia de bebida, com a ajuda dos grandes Chico Barril e Zé Mestre, para dizer que a nossa aldeia está bem viva!




Créditos fotográficos: Alice Sobreiro


Tou? São Pedro? Epá, para lá com esta m*****


E a criança nunca mais nasce... os nervos...









Igualzinha à mãe. É só ver abaixo para comparar.
A legenda podia ser: ó pái... não chateies!







Graças a Deus correu tudo bem e pelo melhor. Apesar do tempo, apesar da chuva, apesar de não podermos ter aquela tarde quente de festa com a qual todos sonhámos, tudo correu pelo melhor. E correu porque as pessoas da minha terra, os companheiros do meu grupo queriam fazer a festa e quando assim é, não há água, nem frio, nem crise que nos demova.


Poderíamos ter desfilado numa tarde quente e linda, perante uma avenida 25 de Abril cheia de gente feliz, mas a chuva estancou-nos à frente do Café Avenida do Sr. José Pinadas onde tínhamos agendado a nossa primeira atuação, das quatro que faríamos até à derradeira apoteótica na Praça de São Marcos. Barrou-nos a chuva, abrigámo-nos nos prédios em frente e ali cantámos a nossa marcha e a nossa letra (que eu fiz a partir da melodia da Senhora de Matosinhos com letra original adaptada à nossa realidade) e dançamos e divertimo-nos até mais não. Ou até nós, os homens, termos percebido que o nosso companheiro José Carlos Costa tinha sido mais inteligente que nós e procurado abrigo dentro do café, de onde nos acenou com uma mini fresca.







O riso tão amarelo... será dos nervos?







Vamos embora! (a pequena faz uma cara igualzinha. É só comparar em cima)




N’aldeia de Santo António
Tardámos pra cá vir morar,
Mas nas marchas somos primeiros.
Ninguém nos consegue agarrar.

A alegria e reinação,
É o que mais por cá nos traz,
Agora todos alas,
Prós Outeiros e Manuel Pedro da Paz.

Gente boa e gente amiga,
De mão aberta e bom coração,
Vamos brincar ao Santo António,
nas novas Marchas de Marvão.

Bairro da Paz, dos Outeiros,
Bairro da grande união,
Este é o bairro primeiro,
O que mais quer ser campeão.

Que a marcha honre o santo,
Que nos honre a todos nós,
Que seja grande a brincadeira,

Uma festa para todos vós.  


Passada a água, seguimos, com umas pingas borradas pelas fitas na camisa mas seguimos. Dando espaço ao grupo da frente, pedindo espaço ao grupo de trás (presidente Luís Barradas, para o ano tens de ser tu a orientar os grupos no terreno e a evitar os parqueamentos no largo porque o espaço tem de estar reservado para os artistas, como ontem falámos os dois.), mas seguindo com alegria! J

Chegados ao final houve espaço para umas fotos para a sempre posteridade e uma bebida fresquinha. Dois dedos de conversa e foi numa de todos rumarmos para a disco para darmos ao dente, e subida à sala nº 1, para a grande bailação. E tanta gente que estava, com a nossa fantástica Cristina Trindade que me disse a dada altura ao micro: “Eina, ao tempo que eu não via este jovem. Quando o vi aqui a tirar fotografias no palco atrás de mim, ainda pensei que viesse aqui para meu bailarino, mas…”
Bem hajas, minha querida. Por me teres chamado jovem, apesar de ter a mona tão lisa e por teres ficado feliz por me veres. Mais fiquei eu de te ver a ti numa extraordinária forma, fazendo uma bailação apoteótica onde não faltaram os ritmos dos santos populares, as brasucas, os tradicionais de arrebimbómalho e até danças em grupo (?), com os jovens todos numa coreografia que sabem de cor.

Enquanto estava a desfilar, o meu amigo Zeca dizia-me “cagança”! E era isso que queria ter mas como sou novato nestas coisas, nunca sabia se havia de meter a mão na anca e me abanar, que isso me parecia que era coisa de mulheres e poderia resultar  assim pró abichanado, ou se andava a direito com orgulho.

Nisso tinha e tenho tanto. Orgulho no meu fantástico grupo dos Outeiros que dizia na sua marcha que queria ser o primeiro (para rimar), apesar de saber que não havia júris, nem votação; orgulho em todos os outros grupos que estiveram tão bem e quiseram participar (APPACDM, Casa do Povo de Santo António das Areias, UJA, Santa Casa da Misericórdia, grupo carnavalesco), orgulho na minha Junta de Freguesia e na minha aldeia.

Sai do baile já tarde, já era quase meia noite, completamente arrasado das pernas porque nessa manhã me tinha esticado na corrida que chegou quase aos 10 quilómetros e lhe tinha dado tanto uso durante o dia. Mas deitei-me feliz. Tão feliz.



Abrigados da chuva...

Recomeçando... :)


LINDA FOTO DE FAMÍLIA
Obrigado Manuel João.
E obrigado também à querida Emília Mena que veio cá a casa esta manhã trazer as fotos que captou.
Bem hajam


Reencontro com o meu filho Gira



Filho, Pai, Espírito Santo


Grande Máquina 1

Grande Máquina 2






Tão lindos,,, (e felizes!)























Pois... o combustível tinha de acabar assim...


A todas as almas que participaram, sobretudo às minhas do meu grupo e em particular à minha companheira Cristina que viveu sempre tanto isto, eu digo a todos : BEM HAJAM!

Termino com um recado para o nosso presidente Silvestre Manjerona Andrade: se o tempo nos falhou desta vez (e eu aperto o papo ao São Pedro. Ou muda de nome ou desfeitas destas nunca mais!), eu apontava já para a reedição das marchas na noite de São João, 23 de Junho, terça-feira; ou para 28 de Junho, domingo, noite dele próprio, quando ainda ninguém está longe de férias e poderíamos ter o tempo que não tivemos desta vez. O trabalho está todo feito: fatos, adereços, marchas, músicas, coreografias. Só falta irmos à procura daquilo que nos faltou: o bom tempo!

Que nunca falte a alegria! Se não está em nós, temos de ir à procura dela! J

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