AAAAAAAAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh…
E este é um ahhhhh com… pelo
menos… no mínimo… 28 anos, quase 30.
Pegando nas palavras do bom do Zé Sérgio
Godinho, hoje… (não fiz um amigo, mas) reencontrei um Amigo, e coisa mais
preciosa no mundo, não há!
Desde 1995 que não falava com o
bom do Paulo Marmé. Não foi, de certeza e de longe, por não ter falado nele, e
não ter tentado chagar a ele, por onde sabia que tinha andado.
O Paulo Marmé foi o grande Amigo,
companheiro, confidente que tive em Lisboa, quando distante da minha terra e
dos meus amigos, estudei na faculdade, na Universidade Técnica de Lisboa, no
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, entre 1989/90 e 1994/95.
O Paulo estava sempre, sempre, sempre onde eu estava, ou eu estava sempre, sempre, sempre onde ele estava, fosse ao lado nas aulas, ou… na clássica mesa dos matraquilhos, única diversão do espaço/sala de convívio da altura, comigo na dianteira e ele na baliza.
Até me custa e envergonha tanto
dizer isto mas… nunca mais soube dele.
Tantas, tantas, tantas vezes que
falei nele, em poder voltar a estar com ele, em fazer tudo para chegar a ele…
mas… nunca consegui.
Sei bem que não serve de atenuante
em nada, mas naquela altura… por incrível que pareça, parece que apesar da
distância, estamos a falar de eras diferentes: não havia telemóveis (ou pelo
menos eram tão caros que eu nem sequer poderia pensar em ter um), a internet
era apenas uma miragem, computadores pessoais… ahahahah… nem vê-los, e… as distâncias
não eram, seguramente, o que são hoje.
Tinha os meus contatos, e alguma
popularidade na faculdade mas… naquela altura, ou estava com o Nuno Sardinha
(craque radialista da Benedita, hoje grande em África na RDP), com o Pedro
Gaiolas (ainda hoje meu grande Amigo, e colega na Autoridade Tributária e
Aduaneira), ou com o Paulo Marmé. Éramos os 4 estarias! 😁
O Paulo sempre foi… um diamante,
um coraçãozinho de ouro, um menino a viver no corpo de um homem. Muito
católico, muito cristão, Benfiquista de altíssimo grau, escandalizava-se com
frequência com a nossa brutalidade juvenil e parecia que vivia noutro domínio/realidade, puritano e conservador.
O Paulo foi o melhor aluno do
nosso curso, e acabou mesmo por seguir a carreira
jornalística, mais dedicado à área automóvel, quando nunca lhe reconheci esse
fascínio/paixão, mas a verdade é que ali singrou.
Como o sabia sempre muito
reservado, muito fora da efemeridade das redes sociais, e da feira das
vaidades, não tinha forma sequer de lhe tentar chegar.
Isto até que há dois dias, em
conversa com o Pedro, se falou na sua ligação do Linkedin, do facebook… e
consegui mesmo trocar mensagens, com ele!
Hoje, à hora combinada, através
dos contatos que me forneceu ontem, tentei a sorte pelo Whatsapp e lá estava
ele, com o mesmo sorriso infantil de sempre, os clássicos óculos de
tartaruga, a mesma voz, as mesmas gargalhadas, como se em vez de 30 anos... tivessem
passado 30 dias apenas!
O que é hoje, o tempo não apaga e
oxalá aceite o meu convite e possamos mesmo conhecer descendências, companheiras,
voltar a rir juntos.
Não há nada mais valioso que as
pessoas, e um Amigo verdadeiro é dos bens mais preciosos que o mundo nos pode
dar.
Bem hajas, Campeão!
Despeço-me com o teu artista favorito de
sempre, que de cada vez que o ouvia, me lembrava de ti...
18 anos para sempre… como ele canta, quando se tem 50. Sintomático e curioso... não é?
Abração, minha Jóia!
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