quinta-feira, 8 de junho de 2023

50?!?!?!?! Eina tantos... mas... JÁ?!?!?!?!?!?

A eles os dois, e a Deus, agradeço a oportunidade de ter me terem feito chegar aqui a este mundo, e aos 50 anos de vida, garanto que tem sido uma jornada absolutamente fantástica!
Tenho saudades do futuro, e fome do que há-de vir.
Por muitos entraves e obstáculos que existam, viver é mesmo algo maravilhoso!


Oxalá Deus me guie sempre, e continue a ser a minha bússola, o meu amparo, e me ajude sempre a ser válido, nunca um número, nunca mais um, mas O PEDRO.


Bom dia! Enquanto desenho estas palavras, cumprem-se precisamente 50 anos desde que caí neste mundo, nesta versão, nesta passagem, pelas 8 horas daquele dia 8 de junho de 1973, no hospital velho de Portalegre, num momento em que os suecos Abba cantavam a amizade ao seu amigo Fernando. Este parece-me um motivo mais que suficiente para regressar ao meu oráculo, ao meu blogue, ao meu confessionário cibernético que muitas vezes é preterido pelo facebook, muito mais rápido e à mão, privilegiado por manifesta falta de tempo, que nunca chega para aquilo que a gente quer, e deixa sempre tanto por fazer. Neste momento, a minha cabeça quer ira a tanto sítio, quer chegar a tanta gente, e a tanto lugar que tenho receio de não conseguir dizer tudo o que quero.

Mas, comecemos: 50 anos é muito tempo, é meio século!!!!!!!!!!!!, mas… ao mesmo tempo… grito dentro de mim: JÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ?!?!?!?!?!?!?!?!?!?

Seja como for, esta meta é um posto, e daqui já consigo ver, e antever muita coisa: afinal aquela história do Peter Pan ser o livro da minha vida, e o meu herói favorito tem mesmo razão de ser! 50… quê?!?!? Sim, sim, eu posso ser um homem de família, com um emprego a considerar, mas… faneca!!!! Eu sou, e hei-de ser sempre, o puto da Beirã que vê a vida com os mesmíssimos olhos com que a tem visto desde sempre! Certo que com outros filtros, outras leituras, mas os olhos... garanto que são os mesmos!

O primeiro pensamento que me assola quando penso nestas coisas, é sempre o de recordar que esta é uma idade que o meu pai nunca atingiu, por ter caído com 49. O meu pai, naquele então, aos meus olhos, era um “velho”, muita vida numa vida só, quando eu…
O Pedro tem muitas saudades daqueles com os quais privou, e amou, mas que passaram para a outra dimensão. Não gosta muito, contudo, de dar palco à dor porque sabe que esta vida, neste mundo, tem, na melhor das hipóteses, umas décadas, enquanto que a eternidade é, tal como o nome indica… infinita, sem limites de tempo. Contudo, gosta sempre de recordar as sábias palavras do Sousa Tavares quando disse que "E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.”

Sabendo que 50 anos é muito mais que metade da minha vida, esta altura é também a certa para se fazer um balanço. Quem é este Pedro que vos escreve, queridos(as) amigos(as) e leitores(as), muitos dos quais me questionam porque nunca mais voltei aqui, se nunca mais saí de Gáfete (a última publicação que fiz) quando fui para Fátima?

Prometendo que regressarei aqui com maior frequência, vos garanto que o Pedro é um Homem Feliz, realizado, que vive e respira profundamente agradecido a Deus pela oportunidade de ter descolado aqui nesta vida, e por tudo aquilo que tem aqui vivido. O Pedro, com a Cristina que começou a namorar há 30 anos de forma oficial e ininterrupta, mas que já namoriscava por diversas vezes desde os seus 15, 13 dela; construiu uma Família que é o bem mais precioso que tem na vida, com duas filhas graças a Deus absolutamente maravilhosas, doces e encantadoras, inteligentes, bons corações e que o deixam profundamente confiante no seu futuro, como Mulheres do amanhã: a Leonor, que chegou em 2001, ainda ao raiar do novo milénio, e a Alice, que chegou 9 anos depois, são as suas obras de vida, o seu maior orgulho e alegria.

O Pedro AMA a sua Família alargada, e todos os dias, começa-os, e termina-os, a pedir por todos os seus. O Pedro AMA Marvão, todo o concelho e a terra onde vive, onde se sente perfeitamente tranquilo e enquadrado. O Pedro AMA os seus Amigos verdadeiros, que graças a Deus são IMENSOS, porque sabe que pode contar com eles, e eles consigo. O Pedro AMA o seu trabalho, o seu Chefe, os seus colegas daqui (que é só o Nuno), dali, e do país todo que tem conhecido, e AMA aquilo que faz, porque servindo o Estado que lhe paga, ajuda a sua população desmistificando a máquina fiscal, esmiuçando aquilo que muitas vezes é difícil de compreender. Porque sabe que Marvão é lá em cima do monte, e nem sempre há transporte, o Pedro traz certidões para baixo, e vai a casa dos que devem para ir buscar prestações dos que tem de fazer pagamentos. Que?!? Há problema? Olhe que não… olhe que não.

O Pedro não é rico, nada de físico tem em abundância, mas AMA todo o património que tem conseguido conquistar na vida graças a si, ao seu esforço, ao seu mérito, e ao da sua companheira de vida com quem tem construído isto tudo.

À medida que o tempo passa, o Pedro tem vindo a ficar mais calmo, tem perdido aquela rebeldia por vezes até um pouco inexplicável, e tem vindo a ficar mais comedido, mais sensato, não tão explosivo e com o coração na garganta, e ao pé da boca. Tendo já percebido, e bem! na pele, que nem Jesus Cristo conseguiu agradar a toda a gente, apesar das cunhas divinas que tinha, (e com menos 17 anos já estava cravado no barrote com cavilhas nas palmas das mãos e nos pés), já sabe viver tendo a noção que há gente que pura e simplesmente devemos ignorar, como se não existisse, para que se condiga viver respirando de uma forma muito mais prazenteira.

Profundamente marcado, graças a Deus mais pela alteração que promoveu na sua existência do que por outra coisa qualquer, pelo grave acidente de mota que teve em 2011, que o levou a um mês de coma induzido de grau 5 na escala de Glasgow (3-15, com mortalidade de 80% para quem tinha menos 2 pontos), alterou (muito mercê de um curso de cristandade que frequentou na Mem Soares) uma transformação na sua vida de aproximação a Cristo, e à centelha de divindade que existe dentro de cada um de nós. Cristão convito mas singular, revê-se muito mais em que faz e professa o bem, sobretudo àqueles que o fazem aos que menos têm e mais sofrem, do que na Igreja enquanto instituição que dá guarita aos escândalos tenebrosos de abusos sexuais como os recentemente descobertos em Portugal pela comissão criada para o efeito, que vive muitas vezes na ostentação, no luxo, na riqueza, quando o ser percursor, que ele defende, segue e professa, optou por nascer no trono mais miserável, entre os animais que o aqueciam. O Pedro, apesar de as venerar e muito respeitar algumas, não adora imagens, mas sim o Senhor seu Deus, que tudo fez, e que no final da jornada, espera e acredita que nos abrirá as portas da perceção.
Este Pedro… desde criança que gosta mesmo profundamente de fazer o bem, de ajudar, de sentir que é válido, que não é apenas mais um, que se destaca na multidão, não por buscar o estrelato, mas porque a mediania sempre o afugentou e lhe soube a pouco.

O Pedro pede Paz, Tranquilidade e Proteção. Com a vida, graças a Deus estabilizada já há 20 anos, com a muito sonhada casa própria, e emprego para ambos a escassos minutos, sonha com a reforma daqui a 15/16 anos, e reza para que as pequenas não batam asa para longe, ao ponto de não podermos desfrutar uns dos outros como infelizmente sucede com alguns dos nossos (à exceção de duas ou três vezes por ano).

Desejando a quem me segue de bom grado, tudo o que de melhor há no mundo, despeço-me com um enorme abraço, aconselhando a essas pessoas que me gostam de ler, e me estranhem por aqui, que se façam meus seguidores no facebook (porque é fácil, rápido, gratuito e irá fazer de vós não só leitores como também escritores, porque aquilo está mesmo ali à mão de semear), porque assim terão acesso às minhas publicações em primeira instância. Isto, claro está, para quem não se importa de levar comigo! Pelo menos, prometo alguma piada, dois dedos de pesquisa, também alguma cogitação, e a fuga aos lugares comuns tão em voga nestes lugares, porque prezo por ir dizendo tudo o que me vai na cabeça.

Muito agradecendo ao meu muito estimadíssimo amigo Papa Urbano IV (se não o foi, foi por manifesta falta de acerto de calendários, porque poderia muito bem ter sido), que no ido ano de 1264, se lembrou de instituir a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, vulgarmente conhecida por Corpo de Deus (sempre 60 dias depois da Páscoa); que neste ano me garantiu o feriado no dia em que cumpro 50 anos, irei aproveitar para fazer uma comemoração ajustada à data, apenas reunido com os meus muito mais próximos familiares.

A todos(as) os(as) amigas que me felicitarem, eu agradeço profundamente o carinho e amizade. Como enche a gente de alegria, não é? Muito bem hajam e muitos beijinhos.

Do vosso dRoCaS Sabi

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