Domingo na Beirã, participando na Festa do Idoso.
Agora já não se diz velhos. Diz-se que é politicamente incorrecto e eu discordo em absoluto. Para mim, a palavra velho não tem nenhum sentido pejorativo, antes pelo contrário, até pode ser dita com carinho. Derrete-me ouvir um “o meu velho…”. Mal das sociedades que chamam escurinhos aos pretos quando está à vista de toda a gente a cor que têm. Por acaso tratam-nos por clarinhos quando se referem a nós? Não percebo que se chame racismo ao óbvio, mas enfim. Eu, se fosse preto, muito provavelmente diria-o a todo o mundo e de boca cheia, como o grande James Brown: “say it loud! I’m black and I’m proud!”. Paz à sua alma. Grande maluco!
Quanto à festa do… idoso. Foi bonita. Foi digna, foi bem organizada e teve muita, muita gente. Desfrutei sobretudo de alguns sorrisos, se algumas cumplicidades, de alguns excessos nesta trégua de um dia à normalidade do dia-a-dia, de ver as pessoas felizes.
Nas sociedades primitivas, os velhos, os anciãos, eram os guardiães dos códigos, dos valores, dos saberes que regulavam os mecanismos da comunidade. Os serões à volta do fogo onde eram recordados episódios de bravura e as lendas de gerações aos mais novos, esfumaram-se em noites de céu estrelado
A escrita e as novas tecnologias mataram o velho como pilar fundamental da vida colectiva.
Hoje em dia, não produzem, só consomem.
Hoje em dia não estimulam, só complicam.
Hoje em dia não desenrascam, só estorvam e são assim empurrados para fora das vidas dos mais novos.
O que muitos se esquecem é que quem com ferros mata, com ferros morre e quem cospe na mão que lhe deu de comer e lhe apaziguou o choro de menino, para além de ingrato, não pode ser outra coisa que não estúpido e limitado.
O que eu gostava mesmo era que aqueles sorrisos lindos, de olhitos brilhantes por entre um mar de rugas esculpidas pela vida, durassem o ano inteiro.
Sendo por um dia, já é bem melhor que nada.
Parabéns a quem lhes proporcionou a jornada.
Valeu!
Agora já não se diz velhos. Diz-se que é politicamente incorrecto e eu discordo em absoluto. Para mim, a palavra velho não tem nenhum sentido pejorativo, antes pelo contrário, até pode ser dita com carinho. Derrete-me ouvir um “o meu velho…”. Mal das sociedades que chamam escurinhos aos pretos quando está à vista de toda a gente a cor que têm. Por acaso tratam-nos por clarinhos quando se referem a nós? Não percebo que se chame racismo ao óbvio, mas enfim. Eu, se fosse preto, muito provavelmente diria-o a todo o mundo e de boca cheia, como o grande James Brown: “say it loud! I’m black and I’m proud!”. Paz à sua alma. Grande maluco!
Quanto à festa do… idoso. Foi bonita. Foi digna, foi bem organizada e teve muita, muita gente. Desfrutei sobretudo de alguns sorrisos, se algumas cumplicidades, de alguns excessos nesta trégua de um dia à normalidade do dia-a-dia, de ver as pessoas felizes.
Nas sociedades primitivas, os velhos, os anciãos, eram os guardiães dos códigos, dos valores, dos saberes que regulavam os mecanismos da comunidade. Os serões à volta do fogo onde eram recordados episódios de bravura e as lendas de gerações aos mais novos, esfumaram-se em noites de céu estrelado
A escrita e as novas tecnologias mataram o velho como pilar fundamental da vida colectiva.
Hoje em dia, não produzem, só consomem.
Hoje em dia não estimulam, só complicam.
Hoje em dia não desenrascam, só estorvam e são assim empurrados para fora das vidas dos mais novos.
O que muitos se esquecem é que quem com ferros mata, com ferros morre e quem cospe na mão que lhe deu de comer e lhe apaziguou o choro de menino, para além de ingrato, não pode ser outra coisa que não estúpido e limitado.
O que eu gostava mesmo era que aqueles sorrisos lindos, de olhitos brilhantes por entre um mar de rugas esculpidas pela vida, durassem o ano inteiro.
Sendo por um dia, já é bem melhor que nada.
Parabéns a quem lhes proporcionou a jornada.
Valeu!
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