segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Natal! (pelos Pogues)



Este dueto entre duas figuras emblemáticas da música e da cultura inglesa é, há muitos anos, uma das minhas canções de Natal preferidas!



O Natal cantado por estas duas personagens ébrias em despique que se “picam”, que se desqualificam, que se “deitam abaixo” mutuamente é uma música linda porque tem na letra todo o espírito do Natal incluído: é uma noite única em que tudo pode acontecer, até a mais improvável história de amor entre dois improváveis numa noite em que não conseguem dissimular a paixão que os une. Shane McGowan (nascido na noite do dia de Natal de 1957) vocalista mítico da banda de música tradicional “The Pogues” e Kirsty MacColl que esteve casada com o produtor Steve Lillywhite, cantam. Ela, infelizmente desaparecida com 41 anos num acidente de mergulho no mar do México; ele, miraculosamente ainda vivo apesar da vida ébria que leva e de ser um empedernido dos bares de todo o mundo, cantaram este despique natalício que fica para a história como uma das mais belas e improváveis canções de Natal. Lindo demais e que nós, fãs dos Pogues que desde sempre os seguiram, que detêm os discos todos, que os viram tocar no Coliseu dos Recreios numa noite apinhada (lembras-te Chico? Foi há 22 anos…),nunca mais esquecem. A música fica para sempre!



A tentativa que fiz de tradução podem esquecer mas penso que vale para os que têm mais dificuldade com a língua de sua majestade e pelo esforço de digitação!




Festas felizes!




Conto de Fadas de Nova Iorque










Ele: "Era noite de Natal, querida,
No reservatório dos bêbados,
Um velho homem disse-me que: "não verá outro!",
Depois cantou uma canção sobre o raro orvalho da montanha velha,
Eu virei a minha cara e sonhei contigo.
Tenho uma sortuda,
Veio em dezoito para uma,
Tenho a sensação que este ano é para mim e para ti,
Que seja então um Feliz Natal,
Eu amo-te querida,
Consigo ver um tempo melhor,
Em que os nossos sonhos se tornam realidade".

Ela: "Eles têm carros do tamanho de bares,
Têm rios de ouro,
Mas o vento vai bem por dentro de ti,
Não há lugar para os antigos,
Quando pegaste pela primeira vez na minha mão,
Numa véspera gelada de Natal,
Tu prometeste-me que a Broadway estava à minha espera.
Tu eras bonito…"

Ele: "E tu bonita,
A rainha de Nova Iorque"

Os dois: "Quando a banda parou de tocar,
Eles urraram por mais,
Sinatra estava a cantar,
Todos os beberrões cantavam,
Beijámo-nos num canto e dançámos pela noite fora."

Ambos: "Os rapazes do coro da polícia de Nova Iorque,
Estavam a cantar o “Galway Bay”,
E todos os sinos tocavam pelo dia de Natal”.

Ela: “És um preguiçoso, um vadio,
Um monte velho de sucata,
Quando ficas aí, quase morto, uma farripa nessa cama,
És um saco de lixo, um verme,
Um reles maricas de terceira,
Feliz Natal meu rabo,
Peço a Deus que seja o nosso último".

Ambos: "Os rapazes do coro da polícia de Nova Iorque,
Continuam a cantar o “Galway Bay”,
E os sinos continuam a tocar pelo dia de Natal".

Ele: “Eu podia ter sido alguém,
Também podia ter sido qualquer pessoa,
Tu roubaste-me os meus sonhos quando te encontrei pela primeira vez…
Guardei-os para mim, juntei-os aos meus,
Não consigo fazer isto sozinho,
Fiz os meus sonhos à volta de ti”.

Ambos: “Os rapazes do coro da polícia de Nova Iorque,
Continuam a cantar o “Galway Bay”,
E os sinos continuam a tocar pelo dia de Natal”.

1 comentário:

Felizardo Cartoon disse...

É poderosa esta canção, até pelo ritmo, inicialmente lento aos estilo das melhores baladas irlandesas, para depois "explodir" num refrão, grandioso e eloquente.
É também uma das minhas favoritas de Natal.