sexta-feira, 28 de março de 2014

Weekend jukebox (a tocar a mando do vosso tio favorito)


Por esta Primavera outonal ou invernal é que já ninguém estava à espera. Quando já andava tudo de camisinhas de cores vivas, lá vem o bom do meu colega São Pedro a mandar toda a gente a ir ver do tal casaco ao armário ou ao saco da arrecadação. Um frio do catano, é o que é. De vez em quando ainda me ponho a olhar para a minha lareira tão linda, tão limpinha, com um recuperador tão novo que comprei no ano passado quando fintei a Troika e o orçamento. E se lhe deitássemos fogo? Eu sei que isto há-de passar, que estamos aqui, estamos no São Marcos a comer pipocas, a andar de carrinhos de choque, a ver a tourada e a beber com os amigos… uma preta sem álcool. Mas… mesmo assim, onde é que deixei as acendalhas? Ah... já está.

Mas ânimo que isto tem de melhorar porque ainda por cima neste fim de semana os dias crescem 1 hora inteirinha e a gente deixa de estar aprisionados neste horário estapafúrdio que faz anoitecer tão cedo. Eu quero lá saber se fica de acordo com o resto da Europa! Eu quero quanto a este assunto é que a Europa se amole. Tudo bem que mandem para cá o dinheirinho e a gente cumpre tudo muito bem mas quanto à hora, não me amolem. A nossa hora deveria ser sempre esta que vai passar a ser a partir de sábado. Mai nada!

Como estamos de fim de semana, frio mas fim de semana na mesma, sai um post sobre música para abrir o weekend. Um post que pode ser visto de forma rápida (como um cliente que pede um café e sai) ou degustado (como o cliente habitual da taberna que bebe os seus tintinhos das ordem e não falha o petisco). Traduzido: vê e sai; ou vê cada vídeo, amplia a imagem em full screen, admira o vídeo (porque todos merecem), percebe as letras, dá a visita por válida.)

O tasqueiro faz uma breve introdução a cada entrada, como se fosse um Disco Joker como já foi. Duma vez meti música na tenda da Portagem, ao estilo vereador DJ informal de braceletes apesar do frio da passagem do ano, e tive o meu amigo Paulo Furtado, mais conhecido por Legendary Tiger Man, a dançar de grande ao som dos Wraygunn. (a sua banda que compôs o disco em Marvão e me deu direito a ter o nome inscrito na lista de agradecimentos. Se isto não é coisa para a gente mostrar aos netos, digam-me lá o que é, ó fachavor?) 

Miguel Araújo e Inês Viterbo – Balada Astral


Este rapaz é um caso sério. Se no outro dia elogiei aqui o Tiago Bettencourt, este não se fica muito atrás. Se um é o Palma, o outro pode ser o Godinho versão anos 2000. A melodia é lindíssima de simples e tem as palavras todas bem metidas no sítio. O ter sido composta para ser cantada num casamento de amigos, por uma desconhecida nisto do canto, não sei se é verdade ou já é parte da lenda mas acho que ouvi algures que isto era mesmo assim. Se for, ainda melhor. Nota 4. Vídeo muito caseirinho e confortável. 

Shakira - Can't Remember to Forget You ft. Rihanna


Este vídeo é só porque sim e por as protagonistas serem quem são. Epá… eu sou homem, o que é que querem? Tive de ir espreitar. Imaginei, imaginei, mas tive de ir espreitar. A barriga e as ancas (que não mentem) da Shakira; o tom de pele e a cor dos olhos da Rihanna prometiam. Percebo porque é que é uma estrela global do facebook ou Twitter ou lá o que é. Seguidores? Não sei quanto milhões, mais um. Eu. Nota 5 pelo vídeo, pelas música e por tudo. “Eu não m’alembra de te esquecer” é muito bom. As duas semi desenudas a fumar charuto e a esfregarem-se nas paredes é coisa para ma dar uma dor de cabeça que nem vos conto. Forte demais para se conseguir descansar à noite. GGGGGGGGGGGGGGGrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuu.
- "Ladra, filho. Ladra!"
- "MIAUUUUUUUUUU!" (Ó Bitchi...)


George Michael - Let Her Down Easy


Já aqui disse que adoro tudo o que este homem cantou e escreveu depois dos Wham!. É um caso estranhíssimo de bom gosto que não sei explicar. Tentei aqui mas não sei se consegui. Uma das maravilhas da internet é que um gajo consegue aceder aos vídeos e aos discos com facilidade sem gastar o guito . Este disco (magnífico como sempre pelos arranjos e pela voz) revisita o passado e não traz nada de novo exceto esta versão soberba de outro mago que se esfumou como um cometa que me maravilhou: Terence Trent D’Arby. Dois magos.


Mónica Ferraz & André Indiana - Like a Legend


O que é nacional também é bom e isso vê-se aqui. Acho que o rapaz é um guitarrista exímio e ela, um docinho bom que sigo desde os Mesa. Tema interessante. Vídeo 5. Algo elitista mas estamos todos fartos de ser só pessoal de bairros degradados. Os meninos bem também têm direito e sabem inglês.  



Arctic Monkeys - Do I Wanna Know?


Para terminar uma banda que me deixa sempre assombrado e a pensar que o rock´n´roll é obra de Deus, ou do demónio que tem mais a ver com a coisa. Putos novos ingleses a meterem a máquina a trabalhar com o rolo compressor na carga máxima. Cada vez mais velhos, mais sabidos, mais experientes do que quando os vi. Um Alex Turner que está cada vez mais no ponto. Na minha geração já não há generation gap. A minha Leonor (que no outro dia em viagem de carro murmurou as palavras todas para grande surpresa minha,  e fiz um esforço para isso não transparecer) quer ir vê-los ao Optimus Alive neste Verão. Os sacrifícios que um pai tem de fazer por uma filha…
Música - 5 Vídeo - 5


Podem criticar e dizer que é misturada, que não têm nada a ver uns com os outros, mas o que é que querem? Sou eclético porque quando gosto, gosto. Seja quem for. Pedro Sobreiro. Cognome: o ecléctico. Eu quero lá saber se não se pode gostar dos Doors e dos Abba ao mesmo tempo. Pois eu cá gosto e estou-me pouco a c**** se acham isso estranho. Cada coisa no seu lugar, bebés. O vosso tio Sabi é que paga a luz da taberna. Ele é que sabe se o rádio é na Rádio Clube Monsanto ou na Renascença para ouvirmos o Sala. Cada nabo em seu saco. Bom fim de semana, valeu?.

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