sexta-feira, 3 de junho de 2016

A vida… como ela é…

Pai e filha. Ela com os dentes tão direitinhos. Tem-me o meu iphone incrustado na cremalheira.
Logo saiu com eles tão tortinhos...

Vinha da formação da Direção de Finanças de Portalegre e apanhei-a depois das aulas, para casa.

Entrou no carro e ligou o smartphone ao rádio.

- Deixa estar na Comercial…, disse.


- Não… é umas músicas que saquei e tu gostas… eu sei.



De um disco que eu ouvi, reouvi e ouvi até à exaustão quando entrei para as finanças no ido ano de 2000 (há 16 anos!), trabalhava em Nisa e ela estava para nascer. Aqui na íntegra:

https://www.youtube.com/playlist?list=PLLu3jA528tg6fNKBTglt3Y4SFG5tduWI4

E tocou esta,


E esta...


E esta...



E quem estava sentado na esplanada do Serrinha quando a gente passou no carro deve ter pensado: que grande malucos! Que barulheira!

Sou um pai de família. Sou o senhor das finanças.

Na Fonte da Pipa, desliguei o rádio.

- Agora vamos à avó Alzira dar um beijinho. Damos um beijo, um abraço e saímos. Faz hoje 22 anos que morreu o meu pai, João Sobreiro. Nesse dia morreu parte de mim, que ficou morta para sempre. E certamente do Miguel, que adorava e o adorava a ele. Iam quase sempre deitar-se juntos.

Vivi com ele 21 anos. Hoje é um marco. Já estou há mais tempo sem ele, do que aquele em que pude desfrutar da sua presença. Sinto muito a sua falta. É natural que ela sinta mais. Era o seu companheiro.

Mas todos sentimos. Ninguém ficava indiferente àquele cometa negro.

Saudades. Aquele grande abraço que a gente dava sempre. Olha por nós. Até que nos voltemos a juntar outra vez.


Tou igual. De vermelho e que nem um paxá.

Num jantar qualquer comunitário. Como me lembro dele. A rir e a fumar. Os dois com o seu amigo Padre Emílio. O reverendo, como lhe chamava. (enquanto lhe servia mais um tintinho)

O chefe do Agrupamento Nacional de Escutas 659, da Beirã


Olhando o infinito, em Moçambique



Com a equipa de futsal de uma geração, com ele de mister. Em cima, esquerda-direita: Paulo Varela, Rui Felino, Paulo Nunes, Jorge Miranda. Baixo: falecido Paulo Maroco, Joaquim Carita, Vitor Felino, José Dias e eu  próprio, a mascote, a olhar para o grandalhão da bola e da cabeleira.

PS: Se me visse de cabelo máquina zero, raybantes e bigode... ele que me chateou tantas vezes para cortar a melena e os caracóis que me caiam pelos ombros... haveria de achar graça.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Vai daqui um abraço, para si e extensível à sua mãe.