sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Marvão... para TODOS (na estrada)

Vamos arrancar o arame farpado desta paisagem tão linda, tão única, tão nossa.
O Marvão para Todos foi criado para devolver a terra às suas gentes.
Ajudem-nos para que Marvão, seja nosso, outra vez.

Este projeto que nasceu de um sonho, foi crescendo, e se passou a chamar Marvão para Todos (porque assim o queremos e idealizamos), já conta com mais de dois anos de existência, e sempre foi sendo alimentado com a prerrogativa de que cada um de nós, só dava aquilo que poderia dar. Foi com o denominador comum com a nossa máxima “quem dá o que tem, a mais não é obrigado”, que aceitei de bom grado as limitações que as minhas obrigações profissionais, me impuseram nesta reta final da campanha, à boca das urnas.

Abrir, para mexer no concelho, reerguer, fazer tudo para relançar, recuperar dos problemas herdados, que nunca conseguiram resolver. Ao contrário do que eles dizem, o golfe, e o aldeamento ali situado, são um bom exemplo, da cara da governação durante mais de uma década. Junte-se-lhe o património mundial e temos um pleno!

Não é que não pudesse ter metido os dias de férias, que a lei me atribui, dedicados a esta causa, enquanto candidato à Assembleia Municipal, que sou. Para além de outras contingências internas, fui eu que achei que não o deveria fazer. Para além de ter uma dádiva de gratidão, que durará tanto enquanto eu durar, para com Deus, a minha família, os meus verdadeiros amigos e amigas; também terei sempre um agradecimento sentido para com a minha entidade patronal, que hoje se chama Autoridade Tributária e Aduaneira, e o meu nicho laboral, o Serviço de Finanças de Marvão. Só Deus e quem sempre me esteve mais próximo, conhecem a enorme batalha e odisseia que tive comigo mesmo, com as minhas aspirações frustradas de poder fazer da escrita de jornalista, uma vida; e o tanto que tive de trabalhar, desde a primeira hora em que soube que este concurso público estava aberto (sempre obrigado, madrinha Carminda Silvério), para poder nele entrar. Poder vir a trabalhar num serviço sólido, fixo, bem remunerado, se comparado com a mediania local, na minha terra, Marvão; passou a ser um sonho para um jovem credenciado, consciente da sua capacitação, mas incapaz de se colocar num mercado de trabalho sobrelotado na cidade, e mal remunerado, refém de caciques, na província.


Desta vez, poder, podia ter metido os dias de férias, e sei que isso teria ajudado os meus companheiros nesta luta, com a minha natural alegria de viver, a minha capacidade inata em interagir com os outros, sobretudo se são gente da minha terra; o meu poder de comunicar, que sei que a ter um forte, esse será. Mas isso traria certamente dificuldades, na gestão de pessoal à entidade que nunca me disse não, que nunca me privou de nada, que sempre me respeitou no meu processo de recuperação, do grave e trágico acidente que sofri, que sempre esteve lá. Eu sei que faço, e fiz falta ali, mais do que eu outro lado qualquer. Por isso, fiquei.




Mas sempre que pude, estive na luta lado a lado com os meus companheiros, e vivi, em dois dias que se presumem de descanso, no fim-de-semana passado, depois de 5 de trabalho intenso; trabalho no duro também, com um programa de 10 horas diárias (9h -19h). Nesse percurso, muito se ouviu, algo se falou, muito se calcorreou e o balanço, que só se poderá fazer no dia 1 próximo, espera-se positivo. Consciente, mas positivo, sobretudo.



Dizem que vai haver projeto. Tudo muito bem. Mas entretanto, pelo menos este imóvel que é o átrio da aldeia, merecia uma lateral mais digna... Tarrafal?

Nesses dois dias, vivi um trabalho, que eles e elas continuaram durante o resto da semana, que teve uma tónica comum desde a nossa primeiríssima reunião neste movimento: honesto. HONESTO! Não houve ali qualquer tentativa de lubridiar, levar no engano, ser um simpático artificial, um querido fingido, como alguns que por aí andam, que querem fazer um lifting ao modus operandi do que lá está… há já uma eternidade. Há por aí tantos jovens maçudos… uns tão refinados e óbvios, que até custam.


Dele, Deus nos livre de ter que viver com a sua sombra permanente num governo municipal, que por ele será indubitavelmente gerido, nas costas, com aquele sorriso amarelo que luz nos cartazes… que nos deixa sempre a pensar… se se estará a rir para nós, ou de nós.


Não sou um homem de ódios. O ódio não vive no meu coração. Não tenho rancor, não quero mal a ninguém. O que eu quero é que todos sejam felizes, desde que… (e este desde… tinha mesmo de vir), a sua felicidade não seja construída sem respeito pelo outro, pelo seu igual. Todo aquele que quer ser feliz, ao meter-se às cavalitas do mais fraco, do menos instruído, do menos pensante, tem em mim… não um inimigo, mas um adversário acérrimo. Vivo, sempre vivi, e viverei sempre contra esta forma abusadora de viver.


Eu sei, há muitos anos, que a política faz falta. Nesta sociedade de animais pensantes em que vivemos, faltam líderes que orientem, que organizem, que façam a vida mais fácil, mais agradável aos outros. O problema do nosso mundo, é que os erros da política tendem a apagar tudo o que há de bom nela. Basta ver as notícias e isto compreende-se facilmente. A corrupção, os jogos sujos, são uma constante e ultrapassam todas as fronteiras. Mas quem é que é o tonto que olha para os políticos e é capaz de ver neles, gente de bem? Gente que só quer fazer o bem ao próximo, gente que se mete a ela própria em segundo plano, gente que puxa pelo seu (pelo que tem nos bolsos) para pagar a propaganda com que anuncia a sua visão; gente com provas dadas na vida, mas que ainda assim, se decide submeter ao sufrágio de todos, para saber se merece a sua confiança? Eu não sei se haverá muitos por esse país fora, mas no Marvão Para Todos, somos todos desses. Apostamos todos nessa equipa, a nossa.


  
Não queremos dizer mal de ninguém. Todos, inclusivamente os que lá estão, fizeram coisas bem feitas. O que nós achamos, é que poderiam ter sido feitas de forma diferente, e por isso, damos o corpo às balas. Não ficamos sentados nos ferros a dizer mal, não criticamos nas tascas e cafés por aí, saímos da nossa zona de conforto, e avançamos.


Podem ter uma certeza, todas as pessoas e todos os nossos adversários: VAMOS FAZER-NOS OUVIR, SENTIR E RESPEITAR, onde quer que sejamos eleitos. Jamais iremos em carneiradas, em dizer que sim com a cabeça… só porque sim. Nas Juntas, na nossa Câmara Municipal, na Assembleia seremos os porta-vozes dos que não costumam ser ouvidos. SEM MEDOS!


Quero terminar, como bom cristão que creio que sou, que há uma diferença gigantesca entre dar… por dar, e dar… por interesse, que eu considero quase roubar. Quem dá, como eu penso que deve ser dado, dá de boa fé, para que o outro se sinta bem, para que o outro seja mais feliz.


Quem dá, a querer algo em troca, nem que seja um X, ou sobretudo a ser um X no boletim de voto, é um interesseiro, um aldrabão, um escumalha.


Bem sei que disse que não tenho ódio, mas ele há gente… que não merece o ar que respira. E isto é apenas uma constatação…


A política, para quem nela só vê defeitos, tem muitas vantagens, para mim. Algumas que aqui já enunciei, mas a principal, é que graças a ela, conseguimos conhecer a verdade da pessoa. Quando estudava em Antropologia, aprendi que o homem é um animal, banhado num verniz cultural. Quando este estala, sai a besta.


A política tem o mesmo efeito. Seja por ganância pelo poder, seja por vaidade, seja por ali se conseguirem os pergaminhos, que nunca se conseguiram alcançar na vida académica, as pessoas transfiguram-se. Ficam fora de si. Eu tinha por hábito, sempre que entrava em sítios públicos, como conheço toda a gente, a todos cumprimentar com mão, olhar nos olhos, saber se estava bem. Agora… tornei-me mais seletivo, digo apenas uma saudação geral, cumprimento quem me merece mesmo esse tratamento, e depois, muitas vezes a boa educação, faz-me prolongar o saúdo.  


Muitos me perguntam quais são os meus prognósticos. Até para mim, que creio que percebo algo disto, do concelho onde me movo e onde sempre vivi, a dúvida é enorme. As pessoas são muito imprevisíveis e há muita variável a considerar. É difícil poder avançar com hipóteses.


O que eu posso é assegurar, são duas certezas que tenho desde já: orgulho e esperança.


Orgulho porque conseguimos chegar ao fim da caminhada, e apresentar um trabalho, ainda por cima, bem feito. Aquele caderno de propostas e candidatos, com aquele nível, nunca eu sequer sonhei. Orgulho porque conseguimos encontrar pessoas válidas em todas as freguesias, que nos ajudam a valorizar esta nossa convição. Orgulho porque do nada, com muito apoio de muitos amigos que nem pensávamos que tínhamos, conseguimos construir, com os nosso contributos financeiros, um programa eleitoral que só nos pode encher a alma. Orgulho porque aquela caminhada, que começámos a trilhar há já 2 anos atrás, quase que na clandestinidade, chegou ao altar. Veremos se o povo de Marvão quer casar connosco.


Quis tanto fazer campanha, a minha querida.
E o pai deixou-a juntar, por momentos, a nós.
Para que ela fosse a criança do símbolo, de carne e osso. Ao vivo.
Estava tão feliz...

Esperança porque é essa a nossa mensagem, e é a mensagem que temos recebido da grande maioria dos marvanenses com quem temos falado. Todas as outras opções, são de pessoas que já estiveram ligadas ao poder. Ou há 12 anos (PSD e quem se camufla de independente, ao concorrer pelo CDS), ou há 8 anos (quem já esteve na vereação do PS). O Marvão para Todos é o único mensageiro da novidade, e é isso que quer ser, para todos os lugares onde tivermos a benesse de sermos eleitos.


Tal como o nosso símbolo, e o nosso nome indicam, quem colocar o X no 1º quadradinho, coloca-o no que há de melhor em Marvão: o património (o castelo) e as pessoas (um idoso, um homem, uma criança).



Que Marvão seja para Todos! Que assim seja! 











1 comentário:

Helena Barreta disse...

A primeira fotografia causou-me arrepios, a segunda, passado tanto tempo, ainda me causa indignação, triste e lamentável o que deixaram fazer na encosta. Quando percorro a estrada das Árvores Fechadas e vejo aquele atentado..., até fico sem palavras.

Que as eleições vos corram bem. Votasse eu em Marvão e tinham o meu voto.

Um abraço