segunda-feira, 4 de junho de 2018

Sempre que corro para ti...


Sempre que saio sem fim à vista, sempre que fujo sem destino certo, sempre que deixo que seja o percursos a descobrir-me... as minhas pernas levam o meu coração... para ti.

Mergulho no passado, na verdade, até acho que corro atrás dele, e ele enche-me o coração e a cabeça, de memórias e companhia. A minha alma vai cantando. Nunca vou só.










Fico feliz por andar assim, qual milheirinha perdida, enganada pelo que parece ser.

E nem reparo que as casa~s estão desertas, as ruas vazias, a escola fechada, que os comboios já não te atravessam, que os meus lugares estão... cristalizados.

Vejo as pedras onde brincava, os meus nomes escritos com pneus de bicileta no cimento da casa da minha avózinha, as cegonhas sempre lá, fazendo o ninho, como sempre antes, como sempre depois.

As portas fechadas... que doem tanto.






Mas tu acompanhas-me, vens comigo, nunca me deixas.

Percebo porque é que os elefantes vão morrer ao seu cemitério.

Tu... és o meu.  









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