quarta-feira, 18 de julho de 2018

E houve festa nos Outeiros! (A história do 1º episódio - 2018)

 

Lindo logotipo criado por um jovem designer residente na zona, João Magro,
que deixa antever uma carreira auspiciosa



Epá, é assim: eu não vivo disto. Infelizmente, é certo, porque seria ainda mais feliz, mas a verdade é que eu não vivo disto. Não ganho disto, não tiro daqui para comer. Blogue não é rendimento… é regalo. Blogue não é vaidade, é mania; não é parafernália, é picuinhice; não é espalhafato, é autismo.
Depois, férias, são férias. Se eu fosse escritor a sério, acho que escrevia mais no Inverno, à noite, à lareira; ou então, às noites, no Verão, quando a minha família estivesse a dormir. A mulher e as minhas filhas estarão sempre primeiro que qualquer teclado. Desculpem.
Estava eu a dizer que estive de férias e longe do computador. Um apontamento, ou outro, no facebook; coisa rápida, coisa light; tipo lanchonete no calçadão, já foi muito, e pouco mais fiz.
Tudo isto para, de certa forma, pedir desculpa, aos meus queridos(as) leitores(as) e seguidores(ras), que muito preso, pelo atraso desta publicação. Estive com ela sempre como se fosse um nó na garganta, devido à falta às tantas pessoas às quais me uni, para escrever um dos episódios mais bonitos da minha vida, de espírito de equipa, amor à terra, entreajuda, festa, alegria, e vontade de viver.
Mais vale tarde que nunca, e por isso mesmo, passado este tempo todo, mais que meio mês, quero que fique aqui plasmada no limbo cibernético, leia-se internet, para que perdure sempre para memória futura. Daqui, nunca ninguém o apagará.  

Tudo começou quando numa tarde de Maio, depois de ter largado a causa pública do tributo, parei no Cantinho do Miradouro para uma bebida fresquinha. Ali pude confraternizar com alguns dos meus muitos vizinhos. A dada altura, o Sr. Francisco Nunes, mundialmente conhecido como Chico Barril, virou-se para mim e, do nada, me disse: “Epá, tu também eras um gajo bom para estares aqui na reunião da próxima quarta-feira...”
- Reunião de…
- Aqui da malta do bairro, para ver se conseguíamos aqui realizar uma festinha no Verão.
- Epá… isso é música para os meus ouvidos! Já estou dentro! Mas estando dentro, tudo tem de ser feito com a total legalidade. Não posso trabalhar onde trabalho, com todo o brio, e depois estar envolvido em coisas que não cumpram, na totalidade, com o que está dentro da lei. Quero continuar a dormir descansado. Essa é a minha maior máxima.
- Mas é precisamente isso que queremos, Pedrinho.

E assim foi. Juntámo-nos 10, 15, 20 e poucos; em duas, três, ou quatro reuniões, e partimos do… nada! Apenas cheios de vontade, e querer. Chegámos a casar 20€ de cada um, para fazermos face às primeiras despesas, como a criação da associação sem fins lucrativos “Associação de Moradores dos Outeiros, Santo António das Areias, Marvão”, realizada na Conservatória do Registo Comercial de Portalegre. Dali, acordamos, sempre em reunião, cara a cara, quem seriam os corpos dirigentes da Associação; criámos um regulamento interno, um de quotizações; e definimos tudo para que fosse possível, através do livro de atas, lavrar uma com a equipa completamente definida, para que fosse realizada a abertura de uma conta numa instituição bancária do concelho de Marvão (a que melhores condições nos oferecesse).

Após este grande passo, o Sr. Presidente da Associação, o Sr. Francisco Nunes, dirigiu-se ao Serviço de Finanças de Marvão, para que fosse iniciada a atividade, e a partir dali, foi muito terreno, muita montagem (de infra-estruturas), menos preocupação do que eu pensava, mas muito mais trabalho do que alguma vez pudesse imaginar, e uma enorme satisfação pessoal, que eu estou certo que foi comum aos meus companheiros e companheiras.

Este 1º ano, foi um ano de muito risco, em que as condições climatéricas pouco, ou nada ajudaram, mas que teve uma resposta massiva (centenas de refeições servidas) da população de Santo António, e das redondezas, que acorreu em massa, de acordo com a expetativa dos meus colegas, e contra as minhas baixas expetativas, que nisso aí, sou do mais pessimista que pode haver. Parece que entro sempre derrotado, mas ainda bem que quem esteve certo foram eles, e não eu.

Pode parecer que não, mas tivemos de levar com muitas bocas, indiretas, e ouvir vezes a mais que… “ah, agora lá no bairro querem fazer uma festinha?!?!? Devem querer ser independentes…”, mas aqui, e como sempre, o importante é não ligar a quem nada fez na vida para o bem comum, cívico, e deixá-los a remoer sozinhos.
Eu já sabia, mas uma vez mais me certifiquei que desporto nacional não é o futebol; é a inveja. Aqui, e como sempre, o importante é seguirmos o nosso caminho, sem nos deixarmos apoquentar, nem influenciar. Creio que a arma principal para combatermos esse mal que alguém nos pode ter querido; foi a união, a entreajuda, a felicidade vivida entre todos os festeiros; e a alegria verdadeira, genuína, contagiante, até comovente, de quem nos visitou e foi feliz, entre nós.

A Associação de Moradores dos Outeiros está perfeitamente organizada, tem pessoas competentes e motivadas, que querem dar continuidade aos seus propósitos de continuar a recolher fundos para, em conjunto com o Município de Marvão e a Freguesia de Santo António das Areias, nossos principais parceiros, conseguirmos realizar melhoramentos nesta zona para que seja melhor, mais fácil e mais bonito viver aqui. Mais ainda do que já é.

Não queremos substituir nada, nem ninguém; mas não podemos ficar parados, sem nada fazer para melhorarmos as nossas condições de vida. Estas festas de Verão nunca foram um fim, mas serão sempre um princípio de muitas outras atividades que estamos já a planear realizar.

Este ano foi muito importante para conseguirmos marcar já o último fim de semana de Junho, para o conseguirmos fixar no calendário de festas de 2019. Sempre achámos que a nossa aldeia merecia umas festas de Verão condignas, e creio que as conseguimos fazer.    

No passado, eram as festas da Relva da Asseiceira que preenchiam este vazio, mas após a sua descontinuidade, muito também gerada pela natural e incombatível desertificação; todos (os habitantes daquele lugar, e os arenenses, que ali acorriam) ficaram órfãos… cremos que até agora. Queremos agradecer, do fundo do coração, todo o apoio que os festeiros e organizadores desta festa da Relva da Asseiceira no deram, em termos logísticos (emprestando material diverso, bem haja Sr. Joaquim Pinheiro), e em braços de trabalho (incansáveis o Sr. Dionísio Gordo, colocando o seu saber no serviço de mesas; e o Sr. Costa, na organização da sueca), conseguindo-nos apadrinhar, e dar todo o alento para continuar. Sempre bem hajam.

Temos muitos outros projetos já em estudo, para dar corpo, e conseguirmos engradecer estes festejos dos Outeiros, contudo, só o tempo trará essas inovações. Para já, foi verdadeiramente surpreendente, até para nós!, como foi possível conseguir fazer tudo isto, em tão curto espaço de tempo.
Olhar para aquele espaço, vê-lo cheio de gente feliz, a comer, a beber, e a dançar… num espaço que até há bem pouco tempo atrás, era apenas um baldio… foi algo notável, único, e inesquecível!

O nosso muito, muito obrigado e, como vos adiantei já… se em poucos dias conseguimos fazer isto, estamos já a pensar e a trabalhar, para que para o ano, SEJA AINDA BEM MAIOR!!!!


A todos os convivas que estiveram presentes, o nosso muito obrigado!!!!

Este foi um evento pioneiro no calendário de festas e romarias do nosso concelho, quanto mais não fosse, por ter tido uma divulgação quase simultânea via facebook. Coisa para deixar o mural do Bruno de Carvalho, ou o facebook do Donald Trump, a abanarem. E discorreu assim, à medida que as coisas iam acontecendo: (e só não foi mais atualizado porque o jornalista tinha de servir à mesa. As duas coisas ao mesmo tempo, não são fáceis, garanto.)

Sexta feira à tardinha, antes de começar:














O palco dos Sonhos está preparado! Nunca me imaginei que aquele descampado morto, pudesse dar nisto! Que categoria! 
A Associação de Moradores dos Outeiros, agradece a todos os voluntários, a todos os benevolentes, que ajudaram a meter este "circo" de pé!
Amanhã à tarde/noite, haverá leitão frito, frangos e sardinhas assadas, o belo do entrecosto e entremeada assados, minis geladas, e a diva do "arrembimbaomalho", a fabulosa Cristina Trindade, para animar a malta.
Ajunta—te ó pá!!!


Não é patrão quem quer. Ou se é, ou...




595 pessoas alcançadas, deixavam antever que poderia vir alguém...



Bonito pórtico que mencionava todos os nosso patrocinadores, criado pelo nosso designer de serviço, o grande Gilberto Ribeirinho





Cheiiiinho de Orgulho, e Alegria, com o meu querido amigo e vizinho, Joaquim Rosa Fernandes, morador nos Outeiros há 40 anos, quando eu só cá estou há 15, na inauguração das Festas da Associação de Moradores dos Outeiros!!! Haja saúde e alegria!!!!!! 
















Gerações à mesa, a Relva presente e a dar apoio


Segurança Krav Maga








Recordando a noite de sábado, no domingo de manhã




















APITA O COMBOOOOOOIO NOS OUTEIROS
Video com 1000 e 200 visualizações
Muito poucos gostos!, a nossa terra, afinal















Domingo - 30 de Junho










1° — Caixadas e Adelino Miguens

2° — João Carlos Freire e José Vaz

3° — André Barradas e Manuel Branco

4 — José Henrique e Joaquim Agostinho

6° — Manuel João e Cláudio Gordo










Os primeiros convivas


O verdadeiro jogador de cartas, joga de óculos escuros,
para conseguir esconder os sentimentos na expressão facial quando vê o jogo. Vem nos livros.


Uma foto de geração

CAMPANEEEERRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...
(com o meu querido Amigo Carroça, pai de um inesquecível, que já está à nossa espera, porque a morte o levou cedo demais...
Saudades, meu velho!)



Na íntegra, rezava assim: "A Associação de Moradores dos Outeiros quer, antes de mais, pedir desculpa a todos, pela forma abruta, como deixou de comunicar convosco, no último dia de festejos, sábado, 31.

Pois acontece que aconteceu (passo a redundância), uma avaria técnica no smartphone encarregue pelas publicações, que impediu de continuar a divulgar o que por lá se passava. O aparelho em questão faleceu, fortuitamente, do nada (sem quedas, sem transtornos líquidos), o que causou grande incómodo, e algum desnorte ao jornalista de serviço, que se viu assim incapacitado de continuar esta vertente do seu trabalho (entre muitos outros, sendo o principal, servir os 30 frequentadores da festa, sentados na mesa n° 6).

O aparelho anda permanece a aguardar recuperação, mas entretanto foi encontrada uma nova forma para se chegar ao bom contato convosco, conforme se verifica.

Falhou de vez, ou seja, berrou, durante o leilão das oferendas, magnificamente orientado pelo Sr. Dionísio Gordo, e não mais deu cor de si.

Por não estar apto, perdeu-se, por exemplo, o discurso (histórico, por se acreditar que será o 1° de muitos), do Presidente Francisco Nunes, que discursou como se fosse um verdadeiro homem de letras. Sem vacilar, agradeceu em primeiro lugar, a todos os moradores dos Outeiros (os da parte mais antiga, pré- fabricada; e os da parte mais recente, do bairro Manuel Pedro da Paz, todos por igual, lado a lado, em equipa e harmonia), por terem corporizado o seu sonho (e o de muitos), de conseguirem dar a Santo António das Areias, umas festas de Verão condignas. Agradeceu às mulheres e aos homens, que desde logo perceberam, que se queriam festa no bairro, teriam de dar tudo de si, e não poderiam ficar apenas comodamente sentados à comer, e a beber, como de resto prefeririam.

Depois, agradeceu ao Município de Marvão, nas pessoas dos seus presidente, e vereadores, por tanto terem ajudado, sobretudo na parte monetária e logística; e à Freguesia de Santo António das Areias, sempre disponível e atenciosa.

Não finalizou, agradeceu do fundo do coração, a todos os patrocinadores de Santo António das Areias, comércios e indústrias, que colaboraram; em especial ao Sr. Henrique Junceiro, de Castelo de Vide, que emprestou a câmara frigorífica, indispensável para manter as carnes nas melhores condições.

Se o Francisco Nunes esteve sempre impecável, e foi, de facto, a pedra à volta da qual tudo rodou (razão pela qual só ele poderia ser o Presidente da Direção, até porque a ideia inicial de tudo isto foi sua! Ele tudo orientou, definiu, esquematizou...), não menos impecável esteve o Sr. António Machado, que após o discurso deste, de rompante, venceu a sua natural timidez, sacou o micro, e elogiou o Homem, mais conhecido por Chico Barril. Foi um momento muito bonito, e inesquecível.

E a maior, e única pena de tudo isto... foi não ter havido um único aparelho, capaz de registar este momento para todo o sempre. Mas bem, sempre fica este relato, que vale o que vale, mas sempre vale mais que nada.

A Associação de Moradores dos Outeiros, imaginava que tudo isto daria muito trabalho, mas nunca imaginou que desse tanto;
como imaginava que, caso o tempo ajudasse, poderia ser um sucesso, mas nunca pensou que fosse um sucesso tão grande. :D

Felizes, orgulhosos, satisfeitos, e confiantes, teremos agora tempo para analisar tudo o que se passou, com calma e tranquilidade, por forma a agilizarmos procedimentos, e acertarmos detalhes para que para o ano, seja ainda tudo melhor. Porque é na edição de 2019 que já estamos a trabalhar! :D

Obrigado pelo voto de confiança de todos!

Foi todo um prazer servir-vos!!!"

JÁ ESTAMOS A TRABALHAR PARA O ANO!!!!


Pel'Associação de moradores dos Outeiros
Santo António das Areias
“Marvão”

Corpos dirigentes

Assembleia geral
Presidente: João Bengala
Vice-Presidente: Cláudio Gordo
Secretário: Luís Barradas

DIREÇÃO
Presidente: Francisco Nunes
Vice-Presidente: António Machado
Tesoureiro: José Farinha
Secretário: Cristina Sobreiro
Vogal: Ana Joanes


CONSELHO FISCAL
Presidente: Pedro Sobreiro
Vice-Presidente: Joaquim Sérvulo
Secretário: José Vitorino Pires

Sem comentários: