O 38° Festival de Folclore de Santo António das Areias, foi um motivo de regozijo, e orgulho. Em tempos massificados, uniformizados, tecnologicamente evoluídos; poder acolher grupos de homens e mulheres, rapazes e raparigas de todo o país, que aqui nos vêm mostrar as suas tradições; é sempre algo notável.
Para mim, que tenho a caçulinha Alice integrada no corpo infantil, envergando o traje que a mãe Fernanda Sobreiro, há 35 anos, utilizava para fazer o mesmo (uma verdadeira relíquia de família), senti—me de tal maneira feliz, que cheguei a questionar—me se seria possível.
Pois logo na eucaristia, à tarde; a Alice leu, pela mão da Esperança Rosado, a oração dos fiéis, e conquistou—me logo ali. Esteve muito concentrada, segura (embora acossada pelos naturais nervos. São 8 anos, e tanta gente à frente...), bem disposta. As modas que dançou, cujo registo deixo aqui para a posteridade, mostraram bem a dedicação, e o empenho que investe nesta empreitada, são realmente muito bem empregues.
Se todos os presentes queriam era ver dançar, cultura e animação, o que não percebo é porque é que teve de haver 20 minutos (!!!) de discursos de diversas entidades envolvidas, numa tremenda feira de vaidades. Desnecessário, digo eu. Mas eu, sou eu, travesso e incómodo q. b., já me conhecem. Este vício... aí!, este feitio! de dizer sempre as verdades... tem que se lhe diga!
Por falar nisso, também não percebo (mas isso é apenas a minha opinião, e por isso, vale o que vale), como é que os ranchos mais distantes, não são os primeiros a atuar; o que, pelo menos, até por uma questão de cortesia, seria o mais sensato.
O 1° rancho adulto (que os pequeninos abriram logo a investida ) começou com meia hora depois do previsto, e o atraso, foi—se repercutindo, claro!, porque o tempo jamais foi recuperado.
Pelo que vi, foi bom, tocante, e vibrante; podendo ser ainda mais, se quem organiza (que muito parabenizo pelo feito), tivesse a coragem de limpar, as gorduras de que falei.
Para o ano, seja como for, cá estaremos, se Deus assim o quiser.
Oxalá assim seja.
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