quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Os veteranos do GDA abrem o ano 2018 em Campo Maior e...

ao irem mais para dar apoio ao Paulinho... acabam por receber muito mais do que iam dar. Até golos! 
4,2 mil visualizações?!?!?

Da esquerda para a direita, de cima para baixo:
Rui Canuto, Jorge Rosado, capitão José Vaz, Luís Barradas,Pedro Jesus, Carlos Bernardo, Nélson Diabinho, Pedro Vaz, Nélson Nunes, Mário Bugalhão, Mister Fernando Dias:
Sabigol Sobreiro, João Carlos Anselmo, Artur Costa, Pedro Graça, Nuno Costa, Henrique Martins, João Tavares, Paulo David

O relato pelo escriba Artur Costa reza assim:



Campomaiorense - 5 x Arenense - 1

Resumo do Jogo

Entrámos para balneário
Com a tática em papel
Parecia mais um projeto
De construção de Hotel

Começamos o jogo a ganhar
Fizemos para merecê-lo
Eles empataram de canto
Por falta nossa de cabelo

O mister mexeu na equipa
Meteu o Nelson Diabinho
Mas encostado numa ala
Parecia que o perdemos no caminho

Rui Canuto de luxo
Quem mais correu foi Nuno Costa
O Pedro Graça caiu
Deve ter escorregado numa Bosta

Na segunda o mister mexeu
Não teve receio
Mudou o Diabinho
Para a folha do Meio

No meio campo o Artur
É um prazer velo jogar
Já não restam dúvidas
É ele que está a versar

O homem do jogo José Vaz
O nosso capitão
Diz que fez um carrinho
Para mim foi trambolhão

O Nelson caneca
Que grande pulmão
No regresso só dizia
Fico na Pastelaria algodão

Cada um faz o que pode
A mais não é obrigado
O Bomba virou duas garrafinhas
De branco Caiado

Depois jantámos
A seguir altura para discursar
Desta vez foi Pedro Sobreiro
Pôs toda a gente a chorar

Chegou a altura dos Gins
Da gosto vê-los beber
Agora temos de ir embora
Já está a entardecer

Arrancámos nas carrinhas
Direção contrária a Beja
Ao fim de 500 metros
Paragem para cerveja

Fomos para aí uns 16
Se me engano é num ou dois
No regresso carrinhas lotadas
Eram cerca de trinta e dois

Quanto ao discurso para o qual fui nomeado inusitadamente, durante a refeição, saiu... bem. 




Ou no Google:





O nosso Diretor J. C. Anselmo, e o Mister Fernando Dias, solicitaram-me a meio do jantar, que dirigisse algumas palavras ao S. C. Campomaiorense, que tão bem nos estava a receber, e ao Paulinho, em particular, que teve um acidente vascular que o arrastou para o coma, e praticamente o deixou a zero.

Esse jovem, que tão grandes ligações familiares tem com a nossa terra (é sobrinho da D. Maria da Luz, e primo do nosso Mister, por exemplo) e para todos nós um enorme exemplo de vida, que devemos seguir com afinco. Em primeiro lugar, é-o porque o problema de saúde que lhe surgiu de fortuito, e nos pode acontecer a qualquer um de nós, viventes, que nos deitamos para repousar, e do nada, subitamente, em silêncio, somos assolados por aquele tsunami interno, no qual podemos perder quase tudo. Exemplo de vida aqui por nos transmitir que a felicidade e o bem estar são efémeros, e que o povo tem tanta razão quando diz que "ninguém pode dizer que está bem", e que "a vida, são uma férias que a morte nos dá!"

Lição 1 - Nunca devemos deixar nada por dizer, nem nada por fazer, sob pena de não termos amanhã.

Mas o Paulinho, forma carinhosa como é tratado por todos, (e que segundo disse o João Carlos, era um grande jogador de futebol) é um exemplo de vida também, porque tendo ele sido fisioterapeuta, muito ligado à família Nabeiro, sempre conheceu o seu problema, os limites... tem uma força interna, bem como uma capacidade de superação, que a todos contagia.

Se o desafio que me foi feito pelos meus colegas superiores, muito me honrou e alegrou, pela sua sensibilidade para avaliar os nossos dois casos muito similares, de dois sobreviventes ao coma, também muito me preocupou, porque não tendo tomado notas para discursar, e não tendo feito um rascunho, ou um texto de apoio, tive de passar o resto da refeição a abstrair-me do que se passava à volta, e a arquiteturar mentalmente o que teria de dizer.

Tive a alegria de no final, muita gente Arenense e Campomaiorense, me ter vindo agradecer as palavras, alguns dos quais revelando alguma comoção, mas completamente satisfeitos, o que me deixou tremendamente feliz e realizado.
Mas eu, que sou um juíz muito duro comigo próprio, comecei logo a lamentar não ter dito isto, realçado aquilo, ou abordado aquele outro aspeto.
Mas a impressão que deve prevalecer é sempre a dos demais, e essa... deixou-me muito feliz.

Se o meu caso de traumatismo craniano foi muito duro (6 na escala de Glasgow, de 3 a 15, em que com 3, 80% já não regressam), mas que se deveu a mim próprio e a mais ninguém, segundo se sabe; o do Paulo, bem mais grave, foi inesperado e pode acontecer a qualquer um, a qualquer hora. Por isso, disse no discurso, se deve valorizar tanto a felicidade de momentos como aquele.

Vi o Paulo ao jantar, muitas vezes, "virado" para dentro, a "olhar" para si próprio, e em silêncio, enquanto os demais se divertiram, comiam, bebiam, e conviviam. O movimento dele a partir a sua carne no prato, era tão esforçado, deveria ter sido tão ensaiado, era tão sofrido, que era um verdadeiro hino à vida, ao esforço, ao querer, e à vontade.

Vontade de o beijar, era só o que me apetecia!

Imaginei-o deslocado da sua zona de conforto, do seu habitat natural, embora estivesse a gostar muito de estar ali, como no jogo, que viu na íntegra. Mas ao fim de tantas horas, estaria certamente exausto, deserto de se encostar.

A ele, e a todos os companheirões do Campomaiorense, contra os quais é sempre tão salutar, e feliz jogar; só temos, e queremos agradecer, a fantástica receção, a qualidade do repasto, e o tão magnífico convívio.

O recado, é o que lá vos deixei: no dia 18 de Maio cá estaremos para vos receber de braços abertos!

Quanto ao jogo, que é o de somenos importância para quem quer fazer desporto e conviver, fica para a história o empate a 1 bola durante a 1a parte, e os 4-0 limpos na 2a, o que resultou num 5-1 final, mais do que óbvio!

Os meus amigos têm um passado imenso e glorioso no futebol, e umas instalações de 1a água! Sabem jogar, treinam com frequência, são companheiros e alegres e nós... temos umas grandes armas XXXL, uns largos quilogramas a mais em muitas unidades, a dupla de pandas que vai dar a nova mascote dos Veteranos Arenense (não é Artur?), uma prenda como eu que só joguei à bola... nos "Couve-Rôxa" , e... nas Velhas Guardas!; mais 2 ou 3 que sim jogam, e um guarda - redes que ou pára tudo!!!, ou... se lhe pára a boneca, como ele diz!

Mas o que guardamos mesmo e trazermos de recordação, foi um dia extraordinário passado numa grande companhia!

Sempre de braços abertos, cá vos esperamos! Até à próxima, rapaziada! 

A pedido do Sr. Presidente Luís Miguel Barradas, aqui deixo o vídeo do discurso, que ele próprio filmou! , quando apenas lhe pedi uma ou outra foto para ilustrar a visita!

Obrigado, meu irmão!


Fica então para recordação deste momento único, graças a Deus, grande Paulo!

E a banda sonora, no transporte até lá, incorporada por Pedro Vaz, no balneário, no jogo e após foi...






E ficam as fotos...

Junto a estes... é sempre chato...


Pagaste bem, de certeza! o 10?!?!?!?

Só dá para rir...
E até dá para desmaiar...




Silêncio que se estava a dar a tática...

Que nem por todos foi percebida...
Hotel na Portagem?!?!? 








Cuidado ao esticar... Tui! Não estiques até rasgar... :D


Quem é que falou que a nossa mascote não seriam galgos, como em Campo Maior, mas sim pandas?!?!?!?
Logo 2?!?!?!?


Um banco de luxo de... sonho!





Com o "homenageado", grande Paulinho

O grande Diretor e o... estojo dos lápis do Faísca McQueen!



Tudo certo!




O fato M ficou... serviu! Ainda o presidente Luís queria que fosse um XL...
De tanto pedinchar...é melhor que nada!
Gordinho para médio... mas a caber!


O nosso Capitão a lutar contra a desidratação!



O Usain Bolt aprendeu comigo!













@Tallentus Káfé Bar, Campo Maior


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