domingo, 18 de novembro de 2018

A tecnologia… (como dá alegria!) - convite geral para "Remeber the 80's n' "A CAVE", neste sábado que vem


Tenho de reconhecer que sou um individuo com muita sorte, abençoado, ou lá como lhe queiram chamar. Poderia estar aqui a escrever até me cansar, a dissertar sobre as minhas mulheres, a família, a vida, os amigos, enfim, tanta coisa, que o mais certo era aborrecer, gerar inveja e algum repúdio, que é precisamente o que quero evitar, a todo o custo, diria eu.


Mas hoje, como o meu intuito é promover um evento que me foi proposto por um amigo daqueles que tenho pena de a vida não nos ter feito mais próximos, vou falar apenas de uma faceta da minha sorte/felicidade: poder viver com música sempre a meu lado.

Não vou dizer graças a Deus, porque senão vocês pensam que sou beato (e quem me conhece bem, sabe que isso não corresponde, de todo, à realidade), mas de verdade que penso isto que vou dizer: por isso, graças a Deus que tive inteligência e o apoio da minha família para estudar. À razão disso, consegui arranjar um bom emprego, do Estado, a ganhar menos mal, num escritório, sem ser à chuva, ou a carregar baldes de massa, ou longe de casa. Não é o meu emprego de sonho, mas isso não há, na verdade; e este tem tudo para ser perfeito: a 5 minutos de casa, sem trânsito, nem atropelos; na vila mais linda de Portugal, com muito bons colegas no meu ofício, e nos espaços públicos do edifício... ali, sou feliz.

Fundamental para isso, tem sido a abertura que tenho tido da parte das chefias para poder trabalhar com um rádio ligado. Baixinho, mas ligado. A acompanhar.
Toda a minha vida, toda a minha vida, e quando digo toda, digo mesmo toda, desde os tempo da faculdade, tenho passado os dias sempre acompanhado por um pequeno rádio. Rádio é música, é notícia, é tempo, é pessoas, é companhia, é VIDA! Enquanto tenho essa companhia, nunca me sinto só. Até tremo só de pensar no dia inteiro em silêncio, sem ouvir uma mosca. Seria mau demais para ser verdade.

Comecei por ouvir há muitos, muitos anos, a Antena 3. Era a estação mais jovem, a que passava música que eu mais curtia, e recordo-me de uma vez, quando trabalhava em Nisa, para aí há… espera lá!!!! quase 20 anos!!!, ter ido a Monforte, terra do José Carlos Malato, assistir a um programa da manhã daquela rádio, com o meu irmão Miguel, onde ali já estavam os cromos todos: o Pedro Ribeiro, o Nuno Markl, a Ana Lamy, e afins. Ouvi muitos anos aquela estação. Depois, quando o Ribeiro se mudou para revolucionar a Rádio Comercial, fui atrás dele, e lá tenho ficado desde então. Não que não me apetecesse apanhar outros ares um dia mas… não podia.

O meu querido amigo e colega tesoureiro João “Finanças” fazia o favor de curtir a mesma música que eu, e "partilhava” o rádio grande que tinha lá no serviço, que era para aí desde o tempo da 2ª grande guerra, mas que dava um som impecável.


No entanto, quando se reformou, bastante mais cedo do que eu estava à espera, e bem mais tarde do que ele quereria, mas estava fartinho disto tudo, o pobre; levou-me o pio, deixado-me só e abandonado, em plena altura de contenção da Troika. Aí pensei: “que fazer?”, perante a contenção da austeridade geral. Como o rádio Sony que tinha comprado em Castelo Branco, há mais de 20 anos atrás, continuava novo e fazia falta cá em casa, lembrei-me daquele castelo das princesas que as minhas filhas já tinham deportado para o sótão.

Lembrei-me… em boa hora! Funcionava de forma perfeita, que o som teria de ser sempre baixo, e de ambiente, mas tinha um terrível senão, e não!, não era a cor e o estilo, que toda a gente já me conhece de ginjeira, e sabe bem do extrovertido e “louco” que sou. O problema era o sintonizador que…. não se via!!!! Não se percebia, estava encoberto, e por ser assim, a sintonia tinha sempre de ser às apalpadelas! Tentei a frequência… pensei que deveria de ser… por ali, e… achei! mas… ficou âncora! Era Comercial das 9h às 16h, que funcionamos em horário contínuo e estamos sempre abertos. Abria com a turma das manhãs, que é sempre de grande alegria, gargalhada e alvoroço, apoiados pelo gigante Ricardo Araújo Pereira, ou pelo não mais pequeno Amílcar (Bruno Nogueira), de Setúbal, que saem sempre de mansinho às 11h. Depois era a Rita Rugeroni, o Wilson Honrado, o Diogo Beja e a Joana Azevedo no “Já se faz tarde”, tudo muito fixe, e com a malta muito animada, mas… sempre as mesmas playlists, as mesmas músicas, a mesma coisa. Estava preso ao sistema!

Mas um certo dia, a minha Senhora foi às compras a Portalegre, e pedi-lhe que me trouxesse um carregador para o pc, que o meu VAIO já leva um bom par de anos, e necessita estar permanentemente ligado à corrente. Ela, influenciada pelo vendedor da loja, que sugeriu que nem todos poderiam ser compatíveis, acabou por trazer um aparelho que considerei muito dispendioso, para aquilo que eu tinha sondado de preços que eram praticados. Assim que tive oportunidade de por lá passar para trocar, trouxe um pela metade do valor, que rondava os 20 euróis, e com a outra metade, comprei um transístor que permite memorizar as estações!!!!! EH LÉCAS!!!! Abriu-se uma nova era na minha relação com o transístor e agora, é assim:


7h-11h: levo com os meus malucos favoritos desde a casa de banho até à cozinha, depois passo para o carro que me leva até ao trabalho (fazem este trajeto nos diferente meios que utilizo), e continuo lá.



11h-12.20h: apanho um bocadinho com a Rita Rugeroni, sempre tão fresquinha e bem disposta

Aqui com o chefe, que casou com ela pela segunda vez
12.20h: Mudo-me para a Antena 1, para me divertir com os deliciosos Manuel Marques e António Machado, no Portugalex...




Onde depois fico para ouvir a informação do desporto, muitas vezes apresentada e conduzida pelo meu querido colega de carteira de liceu, Alexandre Afonso (o valente da camisa azul, lá do fundo), o meu querido Piturrinha, que me costumava pedir autógrafos nos cadernos, porque me dizia que eu um dia, ainda viria a ser um jornalista famoso! AHAHAHAHA… benza-o Deus!


Depois do almoço, vira o disco, e a música de fundo vai para os anos 80, na M80. Aí, apercebo-me como estou a ficar cota. Meu Deus, como me sabem bem ir labutando, e ouvindo ao fundo, ao longe, aquelas músicas que me falam tanto ao coração, por fazerem pate da banda sonora da minha vida

Assim sem ordem de preferência, apenas porque me vou lembrando e porque sim, deixo aqui temas que me têm acompanhado, e que servem de mote à noite que em breve vamos ter na discoteca “A CAVE”, de Santo António das Areias, idealizada pelo grande Zé Luís Felizardo, ao milímetro, tema por tema, em horas e horas da mais pura alegria e diversão.


O Zé... é agente da PSP, em Portalegre. Mas vejam-me bem que olhos felizes tem, de menino,
quando faz aquilo que gosta.
Assim o quero ver, no Sábado!

A ele, o grande mentor do projeto, e um amante de música, desporto, e cultura, sai esta publicação inteiramente dedicada…

Esta "publicação" por ti, meu velho! Que te aproveche!

Assim, num alinhamento tão desalinhado quanto o gosto e a memória ditam, em sequências tão bizarras que incluem Boney M, seguidos de Elton John, e Cure logo de seguida, dando largas à banda sonora da minha ("nossa") vida, sai esta vertigem que pode muito bem, ser ouvida naquela noite.
Embora se chame dos "anos 80", a festa é temática, feita de música boa, "antiga" para os nossos filhos, mas "do nosso tempo" para nós, e pode ser transversal a décadas (antes do 80, e depois do 80).

Será bom de notar que muitas destas músicas, não só não as dançava então, como as achava foleiras, e que escorriam gordura pelas paredes. Hoje, no entanto, dão-me um prazer enorme de ouvir. Ao ponto de imaginar que poder exteriorizar os demónios numa pista de dança ao som disto... deve ser a puta da loucura!, o que é um mistério insondável da vida.
Isso, tal e qual como, a eterna, enorme, e imensa vergonha que os filhos sentem sempre quando vêm os pais dançarem. PPPPOOOOOORRRRRQQQQUUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?!?!?!?!?!
Mesmo com um pai moderno, e estiloso... (desculpem mas, o que eu acho, eu acho. A falsa modéstia é tão arrogante quanto a mania.)

Enfim, mas aquela noite é mais minha que delas. Xixi e... ála que se faz tarde, que o paizinho ficou a fazer horas! (Vá lá uma noite! Vá lá hoje!)






































































 






























 


 
E a surpresa da noite, o artista convidado chegado do Brasil vai ser… o GRANDE...


Observação:

NÃO INTERESSA SE A MALTA NÃO SABE AS LETRAS, E NÃO PERCEBE PATAVINA DE INGLÊS!!!!

O QUE INTERESSA É MIAR BEM!!!!!!

Esta publicação, para além de dedicada ao grande José Luís Felizardo, mentor deste projeto, vai dedicada ao grande Chico da Cavalinha, o maior dançarino de todos os tempos que "A Cave" já conheceu, capaz de dançar até suar a última gota, que sempre e cedo percebeu a minha observação anterior (do inglês); e ao meu querido, já desaparecido Dimás (Leonel da Beirã), que passava a noite de guitarra em punho, de peito feito, sem desafinar... Parece que o vou estar sempre a ver, com o cigarrão a arder nos queixos...
Saudades, meu velho!

2 comentários:

nuno mota disse...

É mesmo um texto à Pedro !!!! Enorme !!!! Só faltou falar no Part-Time, mas ... fica para a próxima !!!! Porque esta vai ser a primeira de muitas ... penso eu .... Um abraço

Zé Domingos disse...

Muito bom, colocaste 100 temas, mas dava para mais umas centenas. Só agora que me meti nisto
fiquei com a verdadeira noção da quantidade de discográfica lançada nesta década, dá para uma festa todos os anos, sem repetir músicas...este ano vão estas, que incluem também os bailaricos de 80....eu até não era dos mais aderentes à dança a par, mas era bom ouvinte e lembro-me perfeitamente do repertório do Part-Time, Original Arenense e outros conjuntos que animavam a malta eh...eh..Como tal decidi incluir alguns temas, a ver se o pessoal se lembra!!