segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Barbie de Cera

Manter longe do fogo. Material inflamável...


Quem, como eu, teve o azar de ter dado um salto ao noticiário da noite da TVI na sexta-feira passada, só por sorte não morreu de susto. Há muito que eu não via um show de freaks em directo e não fosse o videogravador estar engasgado, tinha ali documento sério para memória futura: de um lado, o Professor Medina Carreira, zarolho e com o seu habitual mau feitio, na qualidade de especialista de coisa qualquer; do outro, a senhora anteriormente conhecida como Manuela Moura Guedes, como suposta entrevistadora. Mas será que lá para os lados de Queluz não há espelhos?!?!?

É que aquilo é um desfile, no mínimo degradante. Bem sei que a moral e os bons costumes nos mandam não criticar o aspecto dos outros mas a rapariga e quem ali a sentou, não devem de estar a bater bem. “Aquilo” é um manual ambulante do que as más plásticas podem fazer, digno de ser colocado num museu de cera ao lado do próprio Michael Jackson. Ali, só o cabelo e os olhos são naturais porque tudo o resto… maçãs do rosto atrofiadas de botox, lábios de sapo sobre-injectados e pálpebras de boneca de porcelana, são requintados desastres modernos.

E isto para já não falar no ar aparvalhado, na falta de ritmo de entrevista, na absoluta ausência de preparação e na ignorância dos timings actuais. Um desastre que só se pode explicar por ser a esposa do Sr. Moniz porque de resto…

Até eu, que não tenho nada a ver com aquilo, fiquei envergonhado.

Ó Manelita, filha, tu não vês que já foste “chão que deu uvas” e que é tão bonito saber envelhecer? Olha-me para um Ruy de Carvalho, uma Eunice Muñoz, um Raul Solnado… não é uma classe quando a idade passa bem por nós?

Deixa-te de invenções e de andares armada em clone do Castelo Branco porque assim, ainda te convidam para apresentar mas é a Arca de Noé…

Foram cardos, foram rosas…

1 comentário:

Jornal Alto Alentejo disse...

Ó Pedro, infelizmente não podia ter mais razão.
Há com cada um!...