sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O horror inominável


Fez-me lembrar os 7 secos do Celta de Vigo…

A mesma secura na alma, o mesmo sabor a fel.


E assim se destrói o prestígio que os ídolos do passado levaram décadas a construir.


Já não me admiro se daqui para a frente, quando do outro lado da Europa se falar no Benfica, não seja conhecido pelo glorioso das Taças dos Campeões, pelo clube do Eusébio, mas antes aquele que mamou 5 dum Olímpiacos qualquer.


Tristeza…

Que mais, meu Deus, que mais?


PS: Quique: “Joder, macho! Porque?”

Nota do director desta espelunca: Este estabelecimento está de luto e interdito a lagartos e tripeiros durante 3 dias.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Dar


Sábado foi dia de dar sangue e há muito poucas coisas na vida que me façam sentir tão bem como dar sangue.

Depois de dar sangue, sinto sempre uma estranha sensação de alívio, de bem-estar, de ter cedido um pouco de mim que pode significar mesmo muito para alguém e isso tranquiliza-me.

Ao contrário do que muitos pensam, dar sangue não custa nada. É certo que há uma pica para analisar a qualidade do produto, é certo que há que medir tensões, ver umas batas brancas que assustam sempre o pessoal (a equipa é ultra-simpática e uma autêntica família), mas isso passa num instante e depois, o acto em si, é extremamente simples. Passa por mais uma pica e em poucos minutos, está o serviço feito. Depois, o nosso fabuloso organismo encarrega-se de em cerca de 4 horas repor o que faltam para os 5 litros que a máquina gasta aos 100.

Esta perspectiva descentralizadora da Associação de Dadores do Distrito de Portalegre, numa de “se o Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé”, é de louvar e ajuda a bater recordes. Fico sempre muito satisfeito por saber que o concelho de Marvão é, com as suas 4 recolhas (duas de cada lado da encosta por ano), aquele que em proporção, mais dádivas regista no distrito.

Apesar disso, podíamos sempre ser muitos mais e é precisamente aí que faço o meu apelo: para a próxima vez, para a próxima colheita na nossa terra, façam um esforço para vencer o imobilismo e o egoísmo, e ajudem. Isto dito por quem já sentiu na pele a dura realidade de ter alguém nosso que tanto precisou e nesse então, como é bom poder receber… Acreditem que vale mesmo muito a pena.
Para já não falar de recompensas que às vezes não se esperam... Conheço mais do que um caso de pessoas que hoje estão saudáveis e entre nós porque tiveram problemas que foram diagnosticados atempadamente neste gesto tão nobre...

Uma última palavra de agradecimento ao Senhor Eustáquio, um homem que dedicou uma vida a esta causa, num espírito abnegado e de missão. Um homem que é muito maior que a estatura que apresenta, um homem cujo esforço e cujo prestígio se estendem muito para além das fronteiras do distrito e alcançam uma dimensão tão extraordinária quanto merecida.

Se ele compreendeu e deu tanto de si, o que representam umas gotas para nós?



Na cidade...

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Neste fim-de-semana, o Município de Marvão aceitou o convite / desafio da Câmara de Portalegre para dinamizar o Convento de São Bernardo e animar o espaço envolvente da magnífica exposição “Do Palácio de Belém”.
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Foi uma operação de charme que resultou em pleno e permitiu levar à cidade um pouco de nós, do melhor que a nossa terra tem para dar. Durante estes dois dias, houve artesanato com a nossa “mestra” Joaquina Coelho e o nosso mais recente talento, um mago das madeiras que deixou os Algarves e escolheu Marvão para viver; houve queijos, enchidos e boleimas; houve castanhas assadas e houve música e dança com o Rancho Folclórico da Casa do Povo e a Escola de Música da Acasm.
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Foram tardes bonitas, cheias de luz, movimento e sorrisos.
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Quem lá esteve diz que foi bonito.
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Quem participou disse que valeu a pena.
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Marvão agradece.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O melhor de nós...

O acompanhamento institucional da comitiva de Castelo do Piaui nas diversas recepções dos municípios vizinhos e amigos que visitámos, permitiu-me ficar ainda mais próximo das pessoas e perceber que há ainda muito de belo por descobrir à nossa volta.

Ainda antes da Feira da Castanha, no calor dos últimos preparativos, perdi Castelo de Vide e a visita bem guiada por Carolino Tapadejo. Acompanhando à distância, lamentei a falta de presença do executivo e o “não” a uma refeição de cortesia. A lamentar mesmo muito.

No “nosso” Porto da Espada, a comovente recepção do Sr. João Carlos, um cavalheiro de uma categoria que não é destes tempos. Mostrando o melhor de uma vida, o seu lagar e a adega.


Acompanhado pelo Prefeito Dr. José Maia e a sua esposa, D. Fabíola

Em Valência, pela mão da Maite e do Manolo (um guia turístico voluntário), visitámos a histórica e belíssima Igreja de Rocamador, a Sinagoga, o Centro de Interpretação e todo o bairro gótico. Acolhimento familiar e muito fraterno pelo alcaide Cândido e pela consejala Charo. Entrañables…

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Em Portalegre, recepção inolvidável com a presença de quase toda a vereação no Centro de Congressos e um Mata Cáceres ao seu melhor estilo, informal, encantador e com discurso que arrebata e desarma qualquer um. Tempo para o Museu das Tapeçarias, a Sé e a parte antiga da cidade, terminando na extraordinária recuperação do castelo para uma infra-estrutura hoteleira de grande qualidade. Impecável. À tarde, a magnífica exposição do Museu da Presidência no Mosteiro de São Bernardo, recordando o meu primeiro emprego como Professor de Inglês da GNR. Ainda hoje me tratam lá por professor. Bons tempos...





Em Campo Maior, a adega de sonho, a Mayor, visão única de uma homem para além do seu tempo. Simplesmente indescritível. Bela, moderna, arrojada, mas respirando Alentejo em cada poro. Nenhum trabalhador intra-muros com mais de 30 anos. Sem palavras…


Em Nisa, o reencontro com amigos, com colegas, com o antigo Serviço de Finanças. Os barros, os bordados, a Praça da República e “A Colmeia”.
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No Gavião, um acolhimento como se de um familiar se tratasse. A amabilidade do vereador Germano, a Tapada da Margalha, a Praia do Alamal e a torre de menagem do Castelo de Belver num pôr-do-sol inesquecível com o Tejo em pano de fundo. A jornada foi selada com chave de ouro, com um convívio num estabelecimento típico, com sabores do rio, muitos sorrisos e dois dedos de conversa em que tiveram oportunidade de conhecer um dos presidentes mais jovens, carismáticos brilhantes do Alentejo.


Os nossos irmãos não se cansaram de o repetir: “superou todas as expectativas. Jamais esqueceremos”.

Eu também.

Ainda e sempre… A Feira da Castanha

Ainda e sempre… a Feira da Castanha.
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Grande, cheia, gloriosa, luminosa, à altura.

Com imagens para sempre recordar…


Na Casa da Cultura com a equipa do "Terra-a-Terra" da TSF, com o amigo Alvarez e o jornalista Carlos Júlio. 2 horas em directo de Marvão para o país inteiro na rádio-jornal. Momento para uma gargalhada sacada de uma piada qualquer
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Os fabulosos Pifaradas, directamente da Serra da Estrela

Num brinde à Feira com dois queridos amigos: o Sr. João Sequeira Carlos e o Sr. António Lourenço
Chegam de todos os pontos, muitos de terras de Espanha e bailam ao som dos CantAreias

As concertinas das Palmeiras de Castelo Branco e o nome maior do acordeonismo do concelho:
Manuel Alpina (com a máquina desligada!)

Faz mal mas sabe tããããão bem.

O meu Gira com um look futurista. Os óculos da Beta ficam-lhe a matar...



"E os jarros nascem assim?..."

Seu Pantaleão no stand do Município irmão do Piaui

A Feira da Castanha ao rubro: uma brasileira e o marroquino Sahid sambam em frente à barraca da Caipirinha

Bailando o Limbo...
Com o meu estimado "Ti Tocinho", o decano dos artesãos alentejanos. Uma máquina de guerra!

Dos autocarros saltam às centenas... aos milhares...

Bombando calçada acima...

O Sócrates e a Ministra da Educação não faltaram...

De San Vicente... La Charanga!

Na Leone enfeirei com um original... pequenino... de Marvão. Sou fã! Comprava tudo!

Com dois belos gaiatões do meu tempo: o meu vizinho João José Bicho, um artista na arte de bem viver, e o amigo Tomás

Estas eram mesmo muito boas...

A turma da Beirã na baiuca do amigo Manuel Ventura. Todos escolhidos a dedo...

No jantar final. Bem hajam e até para o ano... Será?