segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ir a jogo!



Por estes dias tomei a decisão de não voltar a falar na minha saúde, na minha convalescença, neste problema que me afetou e pelo qual estou a passar. Ponto final sobre o assunto pelo simples motivo de que não me traz nada de novo ou de melhor. Não vale a pena bater mais no ceguinho e assim sendo, há que caminhar e andar para a frente. Quando nasceu, este blogue era também o meu caderninho de notas digital, o bloquinho de papel que eu trazia no bolso de trás dos calções onde tomava nota de tudo e assim foi até agora mas eu nunca pensei que as coisas escurecessem tanto. Fazendo o ponto da situação, o melhor é separar as águas e meter o blogue num patamar e deixar os pensamentos e as dúvidas, noutro. Nunca antes tinha pensado nisso mas é melhor assim. No blogue escrevo aquilo que os outros podem ler, aquilo que posso tornar público e sempre que eu preciso escrever algo mais pessoal, tenho de arranjar maneira criando um diário daqueles pequenino que têm uma chave e tudo. As coisas ficam mais limitadas assim, esta “tabanca” fica reduzida a ser um miradouro de onde apenas posso escrever e pensar sobre aquilo que me rodeia e vejo. “De dentro para fora” e não o contrário para assim blindar a carroçaria e tornar a couraça mais homogénea. Não quero que quem me quer bem fique mais preocupado comigo, a pensar se as coisas estarão bem, se estou mais preocupado ou taciturno. Eu quero é um “virar de página”. O que foi, foi e não se ganha nada em escamotear as coisas, em dar voltas e mais voltas. O que sucedeu, sucedeu e há que seguir em frente.


Eu digo limitado porque nunca vim para aqui “vender jogo”, contar mentiras ou armar-me ao “pingarelho” mas tenho de me cingir ao que me rodeia, ao que está à volta e o meu universo agora cinge-se a ver o mundo não de binóculos porque se não estrago a vista, mas à vista desarmada. É o que há! Quem quiser compra, quem não gostar pode meter para o lado e comer só as batatas fritas.


Agora apetece-me falar e escrever sobre o estado político da nação porque é um assunto muito atual que nos preenche os noticiários e vai enchendo as páginas dos jornais. Ainda na sexta-feira passada li no Público, uma crónica do Vasco Pulido Valente que se referia ao “fantasma” do Sócrates e eu concordo com ele porque penso que o gajo ganhou um estatuto e uma projeção que assombrou não só o partido socialista mas até o próprio país. Fez uma política de terra queimada que depois dele não deixou nada. Pedro Passos Coelho é um bom homem, um homem sério, um homem que se esforça por conduzir o país, um homem que tenta dentro das enormes limitações que são impostas pela Europa, traçar o melhor dos cenários mas não é fácil porque Portugal é um país periférico que está muito arredado dos grandes centros de decisão que passam muito pela Alemanha e até por França. Apesar de tudo, tenta ser um timoneiro e um resistente, alguém que não baixa a guarda. Já António José Seguro e a sua rapaziada do PS, fazem a triste figura de alguém que diz mal só por dizer e fazem oposição só para não estarem calados, o que confunde quem está a ver e não ajuda em nada porque trata-se de uma oposição retórica. Eu acho piada porque até os antigos rapazes do séquito, agora são os primeiros a dizer que de Sócrates não querem nada e são os que se destacam do grosso da coluna em primeiro lugar. Rei posto… rei morto, e isso é algo que se constata todos os dias.

3 comentários:

Helena Barreta disse...

Se, ao não falar da sua saúde e do caminho que tem de percorrer até à total recuperação, lhe faz bem, pois que seja.

Com ou sem palavras sobre o seu estado de saúde eu vou continuar a ser fiel seguidora deste blogue, pois gosto do que aqui leio.

Continuação das melhoras. Uma Páscoa feliz.

Um abraço

Jorge Aragão disse...

Pedro:
Para te poder mandar uma cópia digital com as caras da turma do teu 6º ano, dá-me o teu mail para o endereço:
aragao.jorge@gmail.com

Depois podemos conversar melhor.

Trabalhei dois anos na Escola de Castelo de Vide e tu foste meu aluno...Estudos Sociais / História, penso...5º/6º Ano...

Encontramo-nos pela ultima vez numa vinda vossa, uns anos mais tarde, cá ao Porto, numa pensão na Rua entreparedes onde voces ficaram hospedados, não sei como, conseguiram o meu contacto, e eu fui lá fazer uma curta visita...
Não estou certo se terá sido o Prof Abafa - lembras-te dele? - a dar-vos o meu telefone...fixo.. que telele ainda não havia, lol...

Agora, encontro de novo, mas nas modernices...tecnológicas...

De alunos de Marvão, lembro-me bem do Serrano, por exemplo...

Manda lá isso. Abraço.

Jorge Aragão disse...

Pedro:
Para te poder mandar uma cópia digital com as caras da turma do teu 6º ano, dá-me o teu mail para o endereço:
aragao.jorge@gmail.com

Depois podemos conversar melhor.

Trabalhei dois anos na Escola de Castelo de Vide e tu foste meu aluno...Estudos Sociais / História, penso...5º/6º Ano...

Encontramo-nos pela ultima vez numa vinda vossa, uns anos mais tarde, cá ao Porto, numa pensão na Rua entreparedes onde voces ficaram hospedados, não sei como, conseguiram o meu contacto, e eu fui lá fazer uma curta visita...
Não estou certo se terá sido o Prof Abafa - lembras-te dele? - a dar-vos o meu telefone...fixo.. que telele ainda não havia, lol...

Agora, encontro de novo, mas nas modernices...tecnológicas...

De alunos de Marvão, lembro-me bem do Serrano, por exemplo...

Manda lá isso. Abraço.