Eu
sei que tenho andado afastado disto. E custa-me.
Realmente,
a coisa mais fácil na vida de uma pessoa é banalizar-se. Deixar-se ir. Para quê
dar-se ao trabalho de ler, de pensar, de escrever se o Fernando Mendes no Preço
Certo é tão engraçado e faz a gente rir e esquecer-se deste buraco no abismo em
que vivemos que se chama Portugal? Se esse não presta há outros, dependendo do
tipo de humor que se gosta e até há filmes eróticos no canal do Correio da
Manhã ou o You tube ou o You Porn, dependendo como se quer passar o tempo.
Ser
diferente dá trabalho. Afasta-nos do comodismo e faz-nos optar. Eu podia estar
a dormir com uma das pequenas, mas não quero e elas também não. A mais piquena
quis alugar o porto habitual e a mais crescida já não tá práqui virada. Tass?
Ontem
ouvi numa conversa informal e familiar que o blogue de não sei quem tinha não
sei o quê. E eu pensei: “hum… blogues? Eu também tenho um. Já lá não escrevo há
algum tempo mas tenho de por lá passar. Aquilo faz-me falta. Os últimos posts
têm tido uma aceitação algo difícil e tenho-lhe dado espaço. Mas já é hora de
voltar à vaca fria que deve estar a tremer e bater dente.
Um
regresso musical é o mais adequado. Este vai como os discos pedidos: dedicado à
minha filha Leonor. Eu explico.
Uma avaria interna técnica a que somos alheios, obrigou à colocação desta JukeBox do vosso Tio Sabi. Ora metam lá aqui a moedinha no buraco, ou seja, clicando aqui em baixo na ligação:
A
criança, a pré adolescente, a flausina, a coisinha, vá, não me tem dado
descanso com esta música. Apanha-me um bocadinho distraído e pumba! lá vem ela
a cantar isto. A mania da perseguição é de tal ordem que já lhe fiz uma espécie
de exorcismo caseiro, um “sai mal!, sai mal!”
da cabeça e tenho reclamado em voz alta aos médicos que me tragam a minha
querida filha Leonor de volta porque esta criatura é uma aventesma que vive no
corpinho dela. Até já achei que com esta história da operação à apêndice lhe
devem ter ligado o intestino grosso aos miolos (perdoem-me a brutidade). Mas a
jovem não dá tréguas…
Hoje,
para provar que até sou um cota fixe, vimos o vídeo os dois e gostei do que vi.
Afinal, este Richie é português e faz um som muito fixe e aceitável. Até tem um
vídeo porreirinho com uns pretinhos que têm mais pinta de jamaicanos que de
blacks da Amadora, se é que me faço entender. É de Lisboa e porta-se bem. Ora
ouçam lá e cantem comigo em coro como a minha filha costuma fazer comigo… Digam
“that’s how we ro-o-oll”.
Falta
é o baseado que já marchava mas faz de conta… J
2 comentários:
Aprender com os filhos está nos anais da história recente. Dantes, antigamente, os pais sabiam sempre ensinar os filhos e transmitir. Hoje a evolução é tão rápida que passou aos avós. E sim...Não conhecia. E não é que gostei?! Gostei mesmo.
Tenho como vizinhos do andar de baixo uma pré-adolescente que ouve esta e outras músicas, eu oiço também, por vezes até à exaustão. O que me faça é que gosto.
Um abraço
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