quarta-feira, 16 de outubro de 2013

That's how we ro-o-oll

Eu sei que tenho andado afastado disto. E custa-me.

Realmente, a coisa mais fácil na vida de uma pessoa é banalizar-se. Deixar-se ir. Para quê dar-se ao trabalho de ler, de pensar, de escrever se o Fernando Mendes no Preço Certo é tão engraçado e faz a gente rir e esquecer-se deste buraco no abismo em que vivemos que se chama Portugal? Se esse não presta há outros, dependendo do tipo de humor que se gosta e até há filmes eróticos no canal do Correio da Manhã ou o You tube ou o You Porn, dependendo como se quer passar o tempo. 

Ser diferente dá trabalho. Afasta-nos do comodismo e faz-nos optar. Eu podia estar a dormir com uma das pequenas, mas não quero e elas também não. A mais piquena quis alugar o porto habitual e a mais crescida já não tá práqui virada. Tass?

Ontem ouvi numa conversa informal e familiar que o blogue de não sei quem tinha não sei o quê. E eu pensei: “hum… blogues? Eu também tenho um. Já lá não escrevo há algum tempo mas tenho de por lá passar. Aquilo faz-me falta. Os últimos posts têm tido uma aceitação algo difícil e tenho-lhe dado espaço. Mas já é hora de voltar à vaca fria que deve estar a tremer e bater dente.

Um regresso musical é o mais adequado. Este vai como os discos pedidos: dedicado à minha filha Leonor. Eu explico.


Uma avaria interna técnica a que somos alheios, obrigou à colocação desta JukeBox do vosso Tio Sabi. Ora metam lá aqui a moedinha no buraco, ou seja, clicando aqui em baixo na ligação: 

A criança, a pré adolescente, a flausina, a coisinha, vá, não me tem dado descanso com esta música. Apanha-me um bocadinho distraído e pumba! lá vem ela a cantar isto. A mania da perseguição é de tal ordem que já lhe fiz uma espécie de exorcismo caseiro, um “sai mal!, sai mal!”  da cabeça e tenho reclamado em voz alta aos médicos que me tragam a minha querida filha Leonor de volta porque esta criatura é uma aventesma que vive no corpinho dela. Até já achei que com esta história da operação à apêndice lhe devem ter ligado o intestino grosso aos miolos (perdoem-me a brutidade). Mas a jovem não dá tréguas…

Hoje, para provar que até sou um cota fixe, vimos o vídeo os dois e gostei do que vi. Afinal, este Richie é português e faz um som muito fixe e aceitável. Até tem um vídeo porreirinho com uns pretinhos que têm mais pinta de jamaicanos que de blacks da Amadora, se é que me faço entender. É de Lisboa e porta-se bem. Ora ouçam lá e cantem comigo em coro como a minha filha costuma fazer comigo… Digam “that’s how we ro-o-oll”.



Falta é o baseado que já marchava mas faz de conta… J

2 comentários:

zira disse...

Aprender com os filhos está nos anais da história recente. Dantes, antigamente, os pais sabiam sempre ensinar os filhos e transmitir. Hoje a evolução é tão rápida que passou aos avós. E sim...Não conhecia. E não é que gostei?! Gostei mesmo.

Helena Barreta disse...

Tenho como vizinhos do andar de baixo uma pré-adolescente que ouve esta e outras músicas, eu oiço também, por vezes até à exaustão. O que me faça é que gosto.

Um abraço