A piada começava aqui: LOCAL COM AQUECIMENTO. ONDE?!?!? |
Este post tem banda sonora. Mete a moeda aqui em baixo, e deixa a tocare...
Se
vamos ao circo, filha?!?!? MAS É CLARO!!!!! Nem que chovam frigoríficos! Então
a gente tem o maior espetáculo do mundo, aqui estacionado ao pé de casa, junto
à nossa piscina privada, que por acaso também é municipal, e não vamos?!?!?!?
COMO É QUE É IMPOSSIVEL?
Como
tinha uma reunião preparatória para o Crisma, em São Salvador da Aramenha, às
15h; e a hora prevista para o espetáculo começar era às 17, desloquei-me lá
antecipadamente, para me assegurar das horas certas, e de que não deixava
passar o momento.
Dei
voltas, e mais voltas às barracas, às bilheteiras e… nada! Mais uma volta, a
ver se encontrava alguém, e dou com um cachopo, mesmo a meter-se a jeito à
pergunta:
-
Alô, jovem artista! Sempre vai haver circo?
-
????????????????
- Sessão! Circo. Vai haver?
-
?????????????????????... Acho que sim.
-
Tem havido? As outras sessões têm sucedido (para ver se não me planteava um
barrete)
-
Sim, sim!
-
E a que horas, amore?
-
????????????... É ver nos cartazes.
-
(Eina … que categoria! Resposta brilhante, pensei! Estamos perante um ás!) “No cartaz
dizia às 5 e meia”, disse-lhe eu.
-
“Então é isso!”, confirmou o senhor.
Lá
regressado à hora prevista, dei pela enchente de potenciais espetadores, ávidos
de boa arte circense. À cautela, disse à infanta:
-
Alice, olha que isto é um circo local. Não tem nada a ver com a magnitude do
circo Montecarlo, que vemos no Natal, e no ano novo na televisão, ãh?
-
Ó pai! Claro, né! Esses circos são grandes, têm muitos artistas, muitos
animais, e gente de todo o lado. São enormes, de fora, são ricos. E este…
pequenino, e daqui.
-
Isso! (Menos mal, pensei)
E
de resto foi assim: 8 euros para o pai ter direito a sonhar na tenda enorme… 6
para a criança poder entrar. Um ingresso estava escrito em castelhano, vulgo
espanhol. Esperava-se o melhor. O nível mantinha-se altíssimo.
Mayores?!?!? Venga!!!! |
No
momento da aquisição, a empatia da companhia extravasava o guichet:
-
“A sua cara, não me é estranha”, disse a senhora, a tal faz-tudo, enquanto me
fazia o troco.
- É natural, minha querida. Apareço muito na televisão.
-
“Bem me parecia”, sem que a fila que estava trás de mim, lhe desse tempo para
me perguntar onde.
Estava cheíííínho! |
Um
frio de rachar, numa tenda montada no declive da área circundante ao miradouro,
junto à piscina. Como disse, não tendo vislumbrado qualquer animal selvagem, ou
exótico, à exceção de um cão preto que ladrava montes ao meu Senhor Sizzle,
quando lá passávamos; eu esperava o melhor.
O
espetáculo começou sem uma grande abertura, sem um grande opening, um clímax
que colasse as costas aos bancos de plástico. Cedo se percebeu que aquilo era
negócio de família. A senhora que vendia os ingressos, era a apresentadora de
serviço, a fazedora das pipocas, a partenaire do espetáculo de magia, a muleta
cómica do puto que se queria fazer engraçado, ao melhor jeito Tonecas. Eu acho
que ela era a mãe deles todos, à exceção do mágico, que era capaz de ser o
marido. Só podia. Eu penso muito. Posso é estar errado, mas penso.
Começou
então com um número cómico que… peço desculpa, mas não dava para rir. O mais
engraçado foi um arrote mal esgalhado. O miúdo fugia, não percebia,
interrompia, e a senhora só dizia que estava a correr mal. Podia querer.
Depois
houve magia, mesmo muito espetacular, aqui, em que a senhora (muito bem
apessoada, e avantajada, por sinal) FOI LITERALMENTE CORTADA AOS PEDAÇOS!!!!
VERDADEIROS! Do tipo: a cabeça para um lado a mexer, e o resto do corpo, do
outro. O homem é capaz de coisas impossíveis. Não haja dúvidas!
Entretanto,
a notável, claríssima, e mais que necessária pausa para o intervalo, e os
pacotinhos de pipocas a saltarem a dois euros cada um, com grande frequência, e
fluidez, que há que se ajudar a arte.
No
regresso, fantástico momento musical em que o pai.. ai!, o mágico… ai!... o
condutor… ai!... o montador da infra-estrutura, e o condutor, interpretou com
grande nível e maestria, o seguinte tema clássico:
Intemporal!
Depois
houve números de cartas, de adivinhação pura, um extraordinário momento de
variedades, em que o senhor grande, mais velho, vá; foi mágico, foi o ventríloquo, que deu
alma e vida, ao tareco do boneco DONALE… uma coisa tão louca e engraçada que
fez mesmo rir a bom rir! Foi impagável, opá!
Pensam
que acabou a seguire?!?!? AHAHAH, nada disso! Que aquilo passou das 2 horas de
espetáculo, e estava um barbeiro que a p… que o p… deu à luz. A seguir houve…
equilibrismo! Aparece-me um rapazola todo musculado, que deve de ser o filho do
casal de donos mais bem urdido, a bailar na corda que estava suspensa sob as
nossas cabeças. Um nível incrível! Ele mascarado de “The Crow”, fez mossa”
Tinha uns belos bíceps. Foi maravilhoso! Mas qual Montecarlo, qual quê?!?!?
Isto aqui é que é real!
Isto aconteceu mesmo, cá |
Animais…
olhem, agora que falam nisso, vejo que não houve! Mas, na verdade, também não
fizeram lá falta nenhuma. Eu, pelo menos, penso assim. Poderia ter havido
tigres, ursos, leopardos, e leões, mas… não era bem a mesma coisa! Ficávamos
sem tempo real para admirarmos aquilo que era verdadeiramente importante. E a
arte… estava nos artistas! Olhem, como os palhachitos! Tão engraçados! E tocavam clarinete, e tudo! Um festim!
Para
fechar… nada mais, nada menos, que a apoteose total. Um delírio! O rapaz, musculado,
ginasta, atlético, acrobata… (deveria ser ele! Senão quem?!?!?!?) amonta-se-me
numa gilera, e SALTA POR DENTRO DE UM CÍRCULO A ARDERE!!!!!! AI QUE VALHA-MA
DEUS, QUE COISA MAIS IMPOSSÍVEL! Olhem, foi tão lindo que o vosso Drocas Sabis,
registou para todo sempre (clica no link abaixo para veres. E mete o capacete!)! Ficou demais, não ficou?
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