segunda-feira, 21 de maio de 2018

Pai Nosso... TU EXISTES!

Este foi o "grito" que quiseram dar no final da música (tudo da sua cabeça):
"PAI NOSSO... TU EXISTES!"





Ontem vivi um dos dias mais felizes, nos 44 anos que tenho de vida.

Celebrou-se, na igreja da minha terra, a cerimónia do "Pai Nosso". A cerimónia dos alunos do 2º ano, entre os quais conta a minha Alice, dos quais sou catequista.

Se me tivessem dito, antes do grave acidente que sofri, e me haverá de marcar toda a existência, que viria a ser catequista um dia… mais cedo acreditava que me iria sair o Euromilhões, no qual raramente jogo. No entanto, aqui estou, ali estive, ali estava, e aquele era o sítio onde queria estar. Ora se isto não é obra de uma força que nos transcende, se não é obra do Espírito Santo, que por portas e travessas, nos coloca onde quer que estejamos, e não onde queremos estar; não serei o que poderá ser.

Por não me querer limitar a entregar um diploma, que o amigo Marcelino, nosso pároco, me providenciou; quis fazer algo diferente. Em conversa com ele, ao falar-lhe na intenção de cantar, tocar algo, fazer inédito, deixar marca (lema de vida) foi-me proposto o “Pai Nosso Galego”.



Não conhecia, mas descobri uma música lindíssima, com uma letra profunda, que cedo nos entrou, e os meus meninos logo gostaram. À viola, tive de (re)aprender quase tudo: desde a sequência das cordas, aos acordes (que tinha esquecido, na minha estranha; até para mim!, negação ao instrumento, após o acidente relacionado com ele, de fundo).

Ensaiámos muito, para que nada falhasse. Aprimorámos a letra, a forma de cantar, a posição dos (seus) corpinhos, os gestos, tudo ao maior detalhe, para que nada falhasse, e criasse a maior boa impressão possível.

Eu à viola… 7 anos depois, com este coro, esta envolvência, este ambiente e este motivo… foi algo… muito importante para mim. E espero que para eles, para todos também.


Tentámos fazer conforme a sua sugestão, cada um a cantar sozinho os seus versos, mas… naaaaaaa. Só com os 3 ao mesmo tempo, se aumentava a cadência, se acertava a métrica, se tornava tudo muito mais impactante.

Aprendemos e dissecámos, cada verso da oração que o Pai nos ensinou, e creio que ficou.

Eles sabem que o catequista é muito outsider, fora da linha, pouco escolástico, muito pragmático. Eles sabem que, para mim, e sobretudo para  o nosso senhor, a nossa força; tudo se resume a uma palavra: AMOR.

Amor por Cristo, Deus feito gente; amor pelo próximo, como se fosse por nós; e precisamente, amor a nós mesmos.

Vejo em cada um deles, um filho: a Eva, o Tiago, e claro, a Alice. Espero, sonho, que consigamos manter sempre esta ligação, ao longo da nossa vida.

A Alice Lança Sobreiro

A Eva Sofia Viegas Picado

O Tiago Batista Magro

Não quero frases feitas, decoradas, ditas sem pensar. Não quero orações repetidas ao estilo papagaio. Quero que sejam conscientes, respeitadores, amigos, que saibam ser irmãos dos próximos.

Obrigado (por tudo).

Foi, e será sempre, um prazer.


Pai Nosso galego (Junto ao mar)

[Acção de graças, Pai Nosso]


Junto ao mGar eu hoje ouvi,
Senhor, Tua vEmoz que me chamou
e me pedCiu que me entregAmasse a meus irmDãos.
Essa voz me transformou,
a minha vida ela mudou
e só penso agora, Senhor, em repetir-Te.
Pai nosso, em Ti cremos, Pai nosso, Te oferecemos,
Pai nosso, nossas mãos de irmãos (bis)
Quando vá para outros lugares
terei eu que abandonar
minha família e meus amigos por seguir-Te.
Mas eu sei que assim, um dia,
irei ensinar Tua verdade
a meus irmãos e, junto deles, repetir-Te.

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