segunda-feira, 7 de maio de 2018

Sr. Sizzle Lança Sobreiro… Parabéns!!!! (a encantar desde 2015)




Reconheço que esta carta, não só nunca será entendida por quem eu queria (bem sei que cão, não percebe a estupidez do nosso linguajar), como o mais certo, é ser considerada uma tonteria, pelos demais bípedes, colegas humanos. Contudo, a mim apetece-me, dá-me gosto, prazer, e como estou certo que há quem me compreenda, e goste também… cá vai:


A habitual cena de despedida de casa, antes de ir trabalhar...
De plantão. Ao portão.


Na caminhada do GDA, espalhando charme...

Aprendendo a lavar o carro, à distância...





Senhor Sizzle, meu caro Senhor Sizzle,

Muitos parabéns pelo teus três aninhos (contados a 3 de Maio).

Isto para te dizer que é um prazer enorme poder partilhar a vida contigo. Sabes que eu sempre quis ter um cão. Cães… o meu pai sempre teve mas… eram de caça. Bem sabes que naquele então, cães de caça… não estavam em casa, como tu. Estavam no quintal da minha avózinha Joaquina, ao pé das galinhas. Hoje, o que eu queria, era um cãozinho amigo, ao qual pudesse fazer festinhas, sem estar com a fobia de ir lavar as mãos a correr, por causa das doenças (sabes que o don.. não! Dono não! Que eu  não sou dono de nada, nem ninguém. Sabes que o teu amigo Pedro, é um pouco hipocondríaco).

Já tinha tentado muitas vezes namorar a minha Cris, para que me deixasse ter um cão. Ela, que cresceu ao lado do Diguidog (aportuguesismo do nome Dinky Dog = cão pequeno), na casa dos avós, nunca me deixou ter esse prazer.

Diversas tentativas, fiz eu. Mais pequenos, mais tarecos, branquinhos… por todo lado eu tentei, mas nada! Até que o meu amigo Bruno Fonseca (para sempre grato, irmão!), do Porto da Espada, quando trabalhava n’ “O Castelo”, me prometeu um. Depois de aceite, após as férias da praia, chegaste ao montado.

Recordo esses tempos tão felizes, em que choravas de noite, e as mulheres faziam à vez para não te deixarem sozinho na sala. Na sala! Porque tu nunca chegaste sequer a pernoitar uma vez na casinha da lenha, onde te preparei uma caminha tão jeitosa, com um estrado que me ofereceu o meu amigo Abílio Baldeiras.

No início, eras tão aprendiz de vida, que roeste móveis, reviraste canteiros à patroa, chegaste ao ponto de nos fazeres investir na proteção desse espaço, com redes apropriadas. Por ti e para ti, tivemos de recorrer aos préstimos do meu amigo Alfredo Efe, o Senhor “Faz tudo”, que colocou uma rede de metal, e enfiou na calçada, uns pilares de ferro, para meter as grades.

Recordo-me tão bem, quando íamos beber café lá abaixo, e tínhamos de te trazer ao colinho, meu bebé.

Tu ganhaste um espaço aqui em casa, que é teu, e de mais nada, nem ninguém. O mulherio idolatra-te, e eu, algo afrontado por uma inveja de macho, não consigo evitar deixar de me sentir. Mas foi a minha solidariedade de género, que foi algo beliscada por essa diferença de tratamento para com os machos cá de casa, a que te safou da castração imposta pelas ladies do montado, e me levou a levar-te a visitar a cadelinha que a vizinha Tânia. A tal que ela comprou no mesmo tom marron, e com a qual passaste uma tarde louca e febril de devaneios, que te garantiu uma resma de filhotes, que estão por aí algures.

Estando os dois em casa, quando as vejo entrar apressadas, de mochilas às costas, a desfazerem-se para ti em… “então bebé!!”, “ó meu amor lindo, dá cá miminhos”, enquanto se viram para mim, antes de subirem e largam um misericordioso ”então pai?”, percebo que… “Já fui!”

Por ter querer tanto, fiquei completamente arrasado quando, por displicência, deixei que fosses atropelado por uma carrinha strakar, num dos tempos mais difíceis que me lembro ultimamente.


Na mesma estrada, ali ao Bolgão, quando se entra em Santo António, vindos da Ponte Velha, já os dois íamos perdendo a vida, em acidentes ocorridos a escassos metros um do outro, apenas a centenas de metros de casa, em momentos separados por 4 anos.

Mas quis Deus que cá continuássemos, e nós agradecemos. Todos os dias, tu acordas a dona com os teus suspiros, assim que a Leonor sai para apanhar o autocarro. Com ela dás as primeiras caminhadas, tu para ires ao WC, ela para fazer desporto, e aspirar a brisa da manhã, que tanto gosta, desde os tempos que o avó a levava para o campo.

Passas o resto do dia a guardar a casa, e ai de quem cá se chegue, sem tu nos veres por perto! A meio da tarde, venho eu, ou a Cris, para o passeio da tarde, embora seja o meu preferido, para a descompressão da pressão laboral, para a cerveja e o segundo cigarrinho do dia.

Todo o ciclo não termina, sem a voltinha após o jantar, para o último gosto às patas.

Eu percebo muito bem aqueles que dizem, “EU VIVER COM UM ANIMAL?!?!?!? NEM PENSAR!!!!!, mas esses esquecem-se que também são um, e garanto-lhes que não há companhia mais fiel, sossegada, tranquila, enturmada, e amiga.

No últimos tempos, já nos pregaste dois sustos, que fazem com que agora, andar à solta, seja só dentro de muros, com os portões fechados. Há dias fugiste-me atrás de uma cadela vadia, das muitas que foram abandonadas, e vivem ali para os canchos/eucaliptos depois dos bombeiros. Ias tão tranquilo, mas deu-te o cheiro a uma coisa que eu cá sei (também sou macho, compreendes?), e ó linhas que cá vai ele. Eu feito tonto “Sr. Sizzle, Sr. Sizzle!!!!”, e tu… “está bem abelha!”

Duas horas por lá andei, por entre as pedras, giestas e eucaliptos, e só o Sérgio, dos Bombeiros, conseguiu dar contigo, sem se poder aproximar, porque tu rosnavas logo. Deve-te ter valido o bem bom!

Dias depois, foi à Cris que vendeste a manta, e nesse caso aí, foi um pouco mais grave, porque chegaste a passar a noite fora. Para o mesmo sítio…
Acordei às 4h ds manhã com uma angústia tão grande, por saber que faltava um elo cá em casa, que não estávamos todos, que assim que se fez de dia, tirei bilhete para o mesmo sítio, e com os pés ainda molhados pelo orvalho da manhã, de osso chamariz na mão, lá te consegui resgatar. A entrada em casa foi triunfal! :D Agora, meu amigo, tens de te adaptar às novas regras… da trela.

Tu fazes cá falta, cão corredor! Quem é que dorme toda a noite, e não chateia ninguém? Quem é que ajuda a Alice a acordar, e arma sempre uma grande rampolia com ela, de brincadeira ao pequeno-almoço? Quem é que defende a casa? Quem é que corre com o dono (10/12 KM)? Quem é eu passeia com a dona? Quem é que come as côdeas do queijo, e os gomos de laranja, e se baba, só de os ver?

Nunca nos fujas! Tem cuidado… Eu sonho que tu dures tanto quanto o Popov, passes dos 10, e estejas sempre connosco… Mim já não sabe viver sem ti.

Sizzle… <3

Obrigado


No dia de anos... uma excentricidade...


Andei a dar a volta ao álbum e... vi que a nossa vida já está cheia de ti!

Jogando às raquetes com a Alice, no quintal dos avós, com dias entre nós...

Sim, Alice! Tem de ficar preso...












BenfIca, Sizzle?!?!?!?!?!? BENFICA!!!!!!

Do you like B-A-N-A-N-A?

TÁTICAS SOBRE GATOS - Ditadas pela Alice, manuscritas pela mãe. Sempre oportunas...






 



















Ai jardinar, é assim?!?!? Também quero!!!!



Vais-te embora, dono?!?!?

Vou ladrar! Olhá aqui!


A favorita da dona

Tanto flash... nem sei para onde me hei-de virar

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