Na escola ensinaram-me que as instituições são uma realidade que prevalece ao longo das gerações.
Para se ser uma instituição, não basta a designação no nome, é preciso que os anos passem e ela permaneça, como elemento lapidar de uma sociedade.
E as sociedades precisam de instituições como de pão para a boca porque elas são a argamassa que sustenta todo o edifício.
As instituições são um garante de estabilidade, são elementos reguladores do mecanismo social central, são o que fica para lá das convulsões.
Neste preciso momento, duas instituições com as quais me identifico e às quais me sinto umbilicalmente ligado, o Sport Lisboa e Benfica e o Partido Social Democrata, atravessam períodos negros e bastante conturbados da sua história.
O Benfica, incapaz de combater com os argumentos de outros tempos a hegemonia que sopra de norte, é hoje um pálido reflexo do clube que me habituei a adorar. Sem voz de comando, sem uma direcção firme e convicta, sem estratégias para o futuro, sem espinha vertebral interna, é hoje um navio à deriva. A equipa de futebol sénior, aquela que há-de sempre ser o seu rosto, é hoje uma pandilha de almas penadas que vegeta sem rei nem roque, semeando a desilusão por onde quer que passa. Depois de rios de dinheiro gastos em contratações de pura comédia, olhamos para as chuteiras rotas com as mãos cheias de nada, sonhando com o passado e querendo fugir para não ter de aturar o que se avizinha
O PSD, a um ano da ida às urnas, enrola-se aos pés do PS de Sócrates como se fosse um gatinho de estimação, entregando literalmente o ouro ao bandido, revelando-se incapaz de dar resposta cabal, vítima de uma luta fratricida pelo poder interno. Quando era altura de escolher quem é que se chegava à frente para lutar com o calmeirão do bairro, atiraram-se todos para o chão, fingindo-se mortos, à espera que lhe assinassem a derrota na secretaria. Voltas e mais voltas dará na campa o que resta do pequeno grande Sá Carneiro perante tamanha devassa e desorientação. Depois dos três reinados de Cavaco, do interregno guterrista, da reconquista e fuga europeia de Durão, do delírio Santanista e da hegemonia Socrática, resta-nos o vazio.
Não servindo o pequenote esforço do não maior Marques Mendes, saiu-nos na rifa um Presidente de comédia que nem sequer o rabo metia no parlamento. Tocaram os sinos a rebate para o baile dos barões, famintos de carne fresca e hei-nos na rua a tocar acordeão de óculos escuros com a lata à frente.
A esta altura, meia dúzia de canastrões teorizam o inexplicável com a natural sobranceira nos ecrãs do 1º canal.
Vergonha.
Primeiro ensinaram-me que as instituições são aquilo a que nos podemos agarrar quando nos falta o resto.
E agora fazem-me isto…
Com tanta desgraça junta, só me falta chegar a casa depois de um dia de trabalho e apanhar a minha mulher sentada na cozinha a fumar um SG Gigante.
Ele há cada uma…
Para se ser uma instituição, não basta a designação no nome, é preciso que os anos passem e ela permaneça, como elemento lapidar de uma sociedade.
E as sociedades precisam de instituições como de pão para a boca porque elas são a argamassa que sustenta todo o edifício.
As instituições são um garante de estabilidade, são elementos reguladores do mecanismo social central, são o que fica para lá das convulsões.
Neste preciso momento, duas instituições com as quais me identifico e às quais me sinto umbilicalmente ligado, o Sport Lisboa e Benfica e o Partido Social Democrata, atravessam períodos negros e bastante conturbados da sua história.
O Benfica, incapaz de combater com os argumentos de outros tempos a hegemonia que sopra de norte, é hoje um pálido reflexo do clube que me habituei a adorar. Sem voz de comando, sem uma direcção firme e convicta, sem estratégias para o futuro, sem espinha vertebral interna, é hoje um navio à deriva. A equipa de futebol sénior, aquela que há-de sempre ser o seu rosto, é hoje uma pandilha de almas penadas que vegeta sem rei nem roque, semeando a desilusão por onde quer que passa. Depois de rios de dinheiro gastos em contratações de pura comédia, olhamos para as chuteiras rotas com as mãos cheias de nada, sonhando com o passado e querendo fugir para não ter de aturar o que se avizinha
O PSD, a um ano da ida às urnas, enrola-se aos pés do PS de Sócrates como se fosse um gatinho de estimação, entregando literalmente o ouro ao bandido, revelando-se incapaz de dar resposta cabal, vítima de uma luta fratricida pelo poder interno. Quando era altura de escolher quem é que se chegava à frente para lutar com o calmeirão do bairro, atiraram-se todos para o chão, fingindo-se mortos, à espera que lhe assinassem a derrota na secretaria. Voltas e mais voltas dará na campa o que resta do pequeno grande Sá Carneiro perante tamanha devassa e desorientação. Depois dos três reinados de Cavaco, do interregno guterrista, da reconquista e fuga europeia de Durão, do delírio Santanista e da hegemonia Socrática, resta-nos o vazio.
Não servindo o pequenote esforço do não maior Marques Mendes, saiu-nos na rifa um Presidente de comédia que nem sequer o rabo metia no parlamento. Tocaram os sinos a rebate para o baile dos barões, famintos de carne fresca e hei-nos na rua a tocar acordeão de óculos escuros com a lata à frente.
A esta altura, meia dúzia de canastrões teorizam o inexplicável com a natural sobranceira nos ecrãs do 1º canal.
Vergonha.
Primeiro ensinaram-me que as instituições são aquilo a que nos podemos agarrar quando nos falta o resto.
E agora fazem-me isto…
Com tanta desgraça junta, só me falta chegar a casa depois de um dia de trabalho e apanhar a minha mulher sentada na cozinha a fumar um SG Gigante.
Ele há cada uma…
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