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Ah… eu amei tanto que tudo tivesse acabado assim.
É que eu não posso com alemães. Já sei que isto pode não ser justo, que o tempo já passou e blá, blá, blá mais blá, blá, blá, mas sempre que vejo muitos alemães juntos a acenarem com a bandeira fico em pele de galinha, não por medo, mas acho que mais por raiva. Se eles não têm culpa de nada, só podem ser filhos, ou neste caso netos e acaba por ser mais do mesmo.
Depois, não podendo ter a sorte grande, a Espanha é assim uma espécie de Joker. São nossos vizinhos, são latinos, são também filhos do mediterrâneo e é nestes casos que nós gostamos de nos colar e chamar-lhes hermanos. Olé!
Foi também bom ver como conseguiram fintar o próprio destino e provar a todos que eram capazes quando já quase ninguém acreditava que tivessem essa maturidade que é indispensável para chegar ao fim de taça na mão.
É que eu não posso com alemães. Já sei que isto pode não ser justo, que o tempo já passou e blá, blá, blá mais blá, blá, blá, mas sempre que vejo muitos alemães juntos a acenarem com a bandeira fico em pele de galinha, não por medo, mas acho que mais por raiva. Se eles não têm culpa de nada, só podem ser filhos, ou neste caso netos e acaba por ser mais do mesmo.
Depois, não podendo ter a sorte grande, a Espanha é assim uma espécie de Joker. São nossos vizinhos, são latinos, são também filhos do mediterrâneo e é nestes casos que nós gostamos de nos colar e chamar-lhes hermanos. Olé!
Foi também bom ver como conseguiram fintar o próprio destino e provar a todos que eram capazes quando já quase ninguém acreditava que tivessem essa maturidade que é indispensável para chegar ao fim de taça na mão.
Gostei muito que o velhinho tivesse levado a sua avante. Vivemos num tempo em que os suportes tecnológicos fizeram com que as memórias pudessem perdurar para além das pessoas e foi assim que os velhos passaram a ser um peso nas sociedades ditas modernas e deixaram de ser o valioso repositório de sabedoria que eram no passado. Aragonês soube ser o líder que descortinou o caminho que mais ninguém vislumbrou e, deixando as primas-donas em terra, soube orquestrar uma equipa de putos que encantaram a Europa do Futebol. Com quase 70 anos, quando podia passar as tardes a jogar ao Parchis num jardim qualquer, soube ter tomates para desafiar todos os poderes instituídos, incluindo os internos e saiu pela porta grande com duas orelhas e um rabo.
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A Espanha entrou periclitante e denunciou o nervosismo que quase se revelou fatal num atraso mal medido de Ramos, embora tivesse sido Puyol a pedir desculpa ao banco. Os primeiros minutos foram da Alemanha que entrou com a carga toda e soube encostar o adversário às cordas. A bulldozer estava bem calibrada e se a toada se mantivesse, a vitória dificilmente lhe escaparia. Com um futebol rápido e oleado, em sucessivas incursões pela ala esquerda, semearam o pânico na área com raides aéreos que podiam quase sempre ter terminar no fundo da redes hispânicas.
Depois de resistirem a esses demolidores vinte minutos iniciais, os diabólicos baixinhos deram sinal de vida, arranjaram espaço para começar a explanar o seu futebol cerebral e entraram na final com uma cabeçada ao poste de Torres após cruzamento de Sergio Ramos. A partir daí, os germânicos viram-se obrigados a recuar e foi então que os dois motores de busca espanhóis, Iniesta e Xavi, estrategicamente colocados no centro das operações, começaram a inventar espaços e linhas de passe em rasgos impossíveis. Com um impressionante Senna a varrer os estilhaços que ficavam para trás, conseguiram o arrojo e a audácia para carregarem a toda a força.
Foi numa dessas diagonais de um dos médios do Barcelona, que nasceu o golo da Espanha e que golo tipicamente espanhol foi! porque só quem acredita mesmo muito consegue ver aquilo que o miúdo viu e fazer aquilo que ele sonhou fazer. Lahm pecou por excesso de confiança e pensou-se dono do lance até morrer nas mãos de Lehmann mas o puto quis tanto lá chegar que arranjou força para se esticar e rematou pelo buraco da agulha metendo a bola, com um jeitinho precioso, bem dentro da baliza germânica.
Daí para a frente o jogo perdeu estratégia, ganhou calor humano, acelerou e rodopiou e entusiasmou quem gosta disto e esteve mesmo bom. Os alemães, sempre que podiam chegavam à área só para um cheirinho mas a noite era do futebol espanhol, mais inteligente e colado à relva, que brilhou como se de um bailado se tratasse. Com passes curtos e certeiros, uma óptima circulação de bola, uma pressão imediata sobre o ataque, jogando a toda a linha e traçando avenidas de magia nas costas do adversário, os espanhóis foram os artífices da sua própria audácia e saíram premiados porque apesar da nítida mas aparente desvantagem física, conseguiram gelar os já por si frios alemães com uma táctica apurada e de filigrana.
O descanso não alterou o rumo da primeira parte. A Espanha agora entrou por cima e teve diversas oportunidades para dar a estocada final, mas não é menos verdade que os alemães tentaram sempre a sua sorte e chegaram a dar um ar da sua graça a meio deste segundo tempo. Löw sacou um Kuranyi pouco eficaz da cartola, o experiente seleccionador espanhol refrescou o meio campo com Xabi Alonso, apostou na ala com um Cazorla fresquinho e nada temeu quando colocou Güiza na linha da frente na substituição do jovem príncipe.
Bem podiam as bancadas cantar o hino alemão que nada havia a fazer. Os espanhóis estavam prontos a dar banho e por duas vezes, uma de cabeça por Ramos e outra, escandalosa por Senna, estiveram para matar a partida.
Depois foi aguentar até ao fim, fazer uma eficaz gestão do esférico e celebrar. O árbitro ainda ajudou um bocadinho num ou outro lance mais duvidoso (uma mão na área e uma falta fantasma no final) mas ninguém dúvida da legitimidade do vencedor.
Foi a loucura e a festa total e a Espanha mereceu. Foi lindo ver tanta cor e tanto vermelho nas bancadas e os de branco mansinhos e quietinhos, nas cadeirinhas e na relva.
E eu só me lembrava dos filhos da puta que estavam à minha frente no bar em França quando caímos aos seus pés nos quartos-de-final. Gostava de ver se aquele ar de superioridade (eu não digo?) sempre se transformou num sorriso mais que amarelo. Bem feita!
Que regalo! E eu só me apetecia meter-me no carro e ir daqui para Valência ajudar a fazer a festa mas é melhor não que amanhã é dia de escola e é bom a gente ficar contente mas é mau apropriarmo-nos do que não é nosso.
Gostei muito de ver o abraço do rei Juan Carlos ao Casillas, mandando à fava todo e qualquer protocolo. Até a rainha Sofia, que é da Grécia, não fugiu aos dois beijinhos na face suada do capitão. É bonito isto assim, pá!
Bem… amigos mios: que vos aproveche! Um abraço muito grande a todos os meus leitores espanhóis e às minhas estimadas amigas de Valência, San Vicente e Badajoz. Acreditem que fiquei feliz por todos vós!
Que desfrutem!
E que VIVA ESPANHA!
Depois de resistirem a esses demolidores vinte minutos iniciais, os diabólicos baixinhos deram sinal de vida, arranjaram espaço para começar a explanar o seu futebol cerebral e entraram na final com uma cabeçada ao poste de Torres após cruzamento de Sergio Ramos. A partir daí, os germânicos viram-se obrigados a recuar e foi então que os dois motores de busca espanhóis, Iniesta e Xavi, estrategicamente colocados no centro das operações, começaram a inventar espaços e linhas de passe em rasgos impossíveis. Com um impressionante Senna a varrer os estilhaços que ficavam para trás, conseguiram o arrojo e a audácia para carregarem a toda a força.
Foi numa dessas diagonais de um dos médios do Barcelona, que nasceu o golo da Espanha e que golo tipicamente espanhol foi! porque só quem acredita mesmo muito consegue ver aquilo que o miúdo viu e fazer aquilo que ele sonhou fazer. Lahm pecou por excesso de confiança e pensou-se dono do lance até morrer nas mãos de Lehmann mas o puto quis tanto lá chegar que arranjou força para se esticar e rematou pelo buraco da agulha metendo a bola, com um jeitinho precioso, bem dentro da baliza germânica.
Daí para a frente o jogo perdeu estratégia, ganhou calor humano, acelerou e rodopiou e entusiasmou quem gosta disto e esteve mesmo bom. Os alemães, sempre que podiam chegavam à área só para um cheirinho mas a noite era do futebol espanhol, mais inteligente e colado à relva, que brilhou como se de um bailado se tratasse. Com passes curtos e certeiros, uma óptima circulação de bola, uma pressão imediata sobre o ataque, jogando a toda a linha e traçando avenidas de magia nas costas do adversário, os espanhóis foram os artífices da sua própria audácia e saíram premiados porque apesar da nítida mas aparente desvantagem física, conseguiram gelar os já por si frios alemães com uma táctica apurada e de filigrana.
O descanso não alterou o rumo da primeira parte. A Espanha agora entrou por cima e teve diversas oportunidades para dar a estocada final, mas não é menos verdade que os alemães tentaram sempre a sua sorte e chegaram a dar um ar da sua graça a meio deste segundo tempo. Löw sacou um Kuranyi pouco eficaz da cartola, o experiente seleccionador espanhol refrescou o meio campo com Xabi Alonso, apostou na ala com um Cazorla fresquinho e nada temeu quando colocou Güiza na linha da frente na substituição do jovem príncipe.
Bem podiam as bancadas cantar o hino alemão que nada havia a fazer. Os espanhóis estavam prontos a dar banho e por duas vezes, uma de cabeça por Ramos e outra, escandalosa por Senna, estiveram para matar a partida.
Depois foi aguentar até ao fim, fazer uma eficaz gestão do esférico e celebrar. O árbitro ainda ajudou um bocadinho num ou outro lance mais duvidoso (uma mão na área e uma falta fantasma no final) mas ninguém dúvida da legitimidade do vencedor.
Foi a loucura e a festa total e a Espanha mereceu. Foi lindo ver tanta cor e tanto vermelho nas bancadas e os de branco mansinhos e quietinhos, nas cadeirinhas e na relva.
E eu só me lembrava dos filhos da puta que estavam à minha frente no bar em França quando caímos aos seus pés nos quartos-de-final. Gostava de ver se aquele ar de superioridade (eu não digo?) sempre se transformou num sorriso mais que amarelo. Bem feita!
Que regalo! E eu só me apetecia meter-me no carro e ir daqui para Valência ajudar a fazer a festa mas é melhor não que amanhã é dia de escola e é bom a gente ficar contente mas é mau apropriarmo-nos do que não é nosso.
Gostei muito de ver o abraço do rei Juan Carlos ao Casillas, mandando à fava todo e qualquer protocolo. Até a rainha Sofia, que é da Grécia, não fugiu aos dois beijinhos na face suada do capitão. É bonito isto assim, pá!
Bem… amigos mios: que vos aproveche! Um abraço muito grande a todos os meus leitores espanhóis e às minhas estimadas amigas de Valência, San Vicente e Badajoz. Acreditem que fiquei feliz por todos vós!
Que desfrutem!
E que VIVA ESPANHA!
PS: O meu Benfica também se sagrou campeão de futsal numa final electrizante com o Belenenses. Deixe lá, meu sogro, desde que nos vamos safando nas modalidades, temos a certeza de que não morremos de desgosto. Antes isto que nada, não é?
4 comentários:
Muito Obrigado. El gran Plácido Domingo estaba en el Palco "torciendo" por el Combinado Español y Latino.
Ab.
Que viva España!!!!
lá rá lá lá la´la lá lá
lá rá lá lá lá la
España es la mejor!
Tram ram tam tam tam tram tam tam!
Amigo, deixo aqui um link muito bem feito e com muito fair play.
VIVA O BENFICA
http://br.youtube.com/watch?v=BH8ADuPrmOw
uisssssssssssssssss!!!!!!!!!!!!!!!
da emoção ne me saem as palavras!!!
Foi muito muito muito muito bom....!!!! Até ofereci a minha bandeirinha de espanha a o sr do bar de montecarvalho....o prometido.... Gema Serrano
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