quinta-feira, 3 de julho de 2008

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Li num jornal de ontem que estava em cima da arca dos gelados da pastelaria, já amarelecido pelo tempo e gasto por tantos dedos, que o teu caso ia ser arquivado.

A PJ, perante a impossibilidade de conseguir provas evidentes, dá o processo por encerrado.

Dizem que lá para 14 de Julho, quando terminar o segredo de justiça.

Um negro e definitivo ponto final depois de 1 ano e dois meses de longo estertor.

Esvai-se assim o teu sorriso e o teu olhar inocente.

Perdem-se os teus passos no areal frio da Praia da Luz.

Esquece-se o teu segredo no fundo do mar, num poço, num forno, na terra ou numa paragem longínqua pela mão de um estranho que te há-de apagar de ti.

Contigo partiu a minha última réstia de esperança na justiça dos homens.

Sem ti… com um nó na garganta que há-de apertar cada vez que me lembrar.

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