quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sobre ser-se feliz

Há dias, a minha Leonor veio a correr para mim do recreio da escola e disse-me: “Pai, fiz um desenho para ti”.


“Mas um desenho porquê?”.


“Olha… porque me apeteceu…”.


“Fizeste numa aulinha ou durante as actividades?”.


“Fui fazendo…”.


O desenho era este.




Ela oferece-me montes de desenhos mas este foi feito sem ter uma época festiva (Dia do pai, Natal…) que o justificasse. Fê-lo porque sim. Porque lhe apeteceu. Acho que porque me queria dizer algo.


E eu fiquei ali rendido a tudo aquilo… o olho de cada cor, as tantas vezes que a palavra pai foi escrita, a camisola do Benfica, o tanto cabelo a mais… e a expressão dela: “O meu pai é o maior”.


Eu sei que não é assim. Eu sei que estou a muitas mihas da perfeição e que ser o melhor pai do mundo é coisa que não existe a não ser para cada filho que vê o seu assim. O melhor pai do mundo para mim também estava muito longe da perfeição mas ainda assim o era. Era o meu. Há gestos e desenhos que fazem tudo valer a pena…


Entretanto fiz anos. 38. Ontem. Não tenho hábito de por aqui postar datas festivas pessoais por serem isso mesmo: tão pessoais quanto desinteressantes para as restantes pessoas. Mas desta vez terá de ser até porque tenho de fazer alguns agradecimentos que não saíram na hora e são da maior justiça:


Em primeiro lugar agradecer a todos os amigos que me felicitaram neste dia via sms, chamada, mail, Facebook (tantos!) ou presencialmente;


Agradecer à minha Cris que me ajudou como sempre numa maratona de culinária/arrumações para receber todos da forma que merecem… a melhor. Sem ti não dava…;


Agradecer à minha sogra que se esfalfou a trabalhar graciosamente, só porque sim e me fez o melhor bolo de sempre embora eu não tenha percebido a decoração da Mini Sagres de chocolate quando eu tinha pedido um motivo do Faísca Mcqueen. Tudo bem…;




Agradecer à Troika (mãe/cunhados/sogros) que me deram um/o presente de sonho;


Semi-acústica, com um som belíssimo, com afinador incorporado, com amplificador... Ai eu...

Agradecer a todos os amigos que passaram a tarde/noite comigo e ainda por cima me mimaram com presentes;


Agradecer às minhas tias pelos queijinhos frescos e pela paciência… os anos já vão sendo muitos para tanta confusão… eu sei…


Agradecer a Deus, a quem gere esta cena toda, por me dar a graça de poder passar dias assim, cheios de amigos, alegria e saúde.


Bem hajam!

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Bem bonito o desenho da Leonor e a mensagem é muito ternurenta.

Parabéns e muitas felicidades.

Um abraço