quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O nevão de Marvão













































Em 40 anos de vida nunca tinha visto um nevão assim tão grande em Marvão.

Eu sei que agora ando sempre a escrever sobre a minha idade, a falar na idade mas isto é próprio da própria idade. Estou a ficar velho e caquético, o que é que vocês querem?

Mais um chato para aturar. Tenham lá paciência. Olhem, quem não gosta que meta a carne para o lado e coma só as batatinhas, vá. E o esparregado também que é muito bom, saudável e gosto tanto dele. Feito pela minha patroa, pela minha princesa-mor, pela minha mulher, a partir de couves do campo que ela coze e miga e tempera com muito azeite e vinagre… hummmm… que delícia.

Hoje de manhã estava tudo fechado em Marvão. Tudo. Tudo de porta fechada. Câmara fechada. Conservatória fechada. Tudo vá!

Para verem como são as coisas e quem trabalha de verdade, quem trabalha para o país ir para a frente, para o país sair da crise, saibam que as finanças de Marvão trabalharam. O Serviço de Finanças de Marvão esteve hoje aberto. Logo a partir das 9 horas.

Se o meu dono Vítor Gaspar tivesse facebook, mesmo agora lhe mandava uma mensagem para ele poder fazer like. De certeza que ele fazia.

O meu colega e chefe adjunto, o João Correia ligou-me logo para o telemóvel a dizer para ter cuidado com a estrada até chegar ao emprego porque ele já lá estava, de porta aberta. Tinha lá chegado! Com muito custo mas tinha deixado o carro no parque de estacionamento junto à Santa Casa da Misericórdia e já lá estava. Quando me telefonou já tinha feito trabalho para o público que mesmo assim lá foi pagar uns antigos selos como as pessoas lhe chamavam, do imposto único de circulação.

Claro que fui trabalhar, com todo o gosto. Com todo o orgulho por ter o meu trabalho, o meu lugar que tanto, tanto, tanto estudo me requereu para conquistar. Conquistei no concurso que foi o maior concurso aberto ao público de que há memória na história do nosso país. Creio que mais de 80 mil a concorrerem para o lugar de técnico das finanças. E eu, vejam bem como são estas coisas da memória, fiquei classificado no país em 2 mil e 53 entre mais de 80 mil candidatos, nunca mais me esqueço do número da posição.

Esta classificação numa prova de cultura geral que abarcava todos os domínios: português, matemática, geografia, lógica, cultura mesmo e outros que já não me recordo. Só faltou mesmo foi fazerem perguntas sobre mecânica e trabalhos oficinais. ;)

E assim lá vim eu hoje sob a neve, feliz e dando graças a Deus por ter o meu emprego nestes tempos tão difíceis para os portugueses. Tempos que me agoniam tanto de cada vez que vejo as notícias sobre esta situação ou leio jornais.

Mas não falemos de coisas tristes. Falemos antes de coisas únicas e lindíssimas: Marvão.

Marvão é muito, muito bonito. Todo nevado é ainda mais lindo. Imagens lindas de morrer. Claro que me fartei de tirar fotografias com meu telemóvel Samsung de 40 euros comprado nos saldos da internet da tmn.

Pois o meu novo telemóvel, carregado com o cartão de memória micro sd é uma bomba. Cartão de memória que comprei na loja do chinês em Portalegre por barato, barato, barato, como eles dizem (7 euros, realmente não é muito caro para a possibilidade que tem) e tem uma capacidade de não sei quantos gigabites que dá para captar 900 e tal imagens.

Assim tirei, não tantas mas muitas para ficar para sempre com um Marvão lindo como eu nunca vi.

Coloco aqui algumas para vocês verem que eu não sou mentiroso. Nunca fui e não gosto deles. Para verem como é verdade e concordarem, laikarem (fazerem like no meu linguajar facebook), não laikarem ou fazerem como vos apetece.

Eu meto e prontos! Muitos beijinhos. Frios, nevados… mas beijinhos.

2 comentários:

Helena Barreta disse...

Lindo, lindo, lindo.

Nunca tive o privilégio de ver Marvão assim, ainda mais branquinha e bonita. Agradeço as fotos.

Bom fim de semana

Um abraço

Ilda disse...

Fotografias lindas!
Quando cheguei a fonte da pipa por volta das 7 e 45 nao nós deixaram passar!