sexta-feira, 19 de abril de 2013

A guerra sexy (para saber qual é a mais)


Agora, para desanuviar, uma publicação sobre música. Depois da política e da família, uma coisinha diferente, da qual eu gosto muito: sonido!

Ao tempo que ando para escrever sobre isto mas de hoje, porque ouvi o tema, não poderia passar. Já era para ter sido ontem porque ouvi a música de manhã em casa, na rádio comercial, como tem sido hábito nos últimos tempos. Enquanto ouvia a música, a minha Leonor entrou-me pela casa de banho adentro, a dançar assim de uma forma (deixa cá ver como é que posso dizer isto sem ser mal interpretado… de uma forma… lasciva. Prontos, já está!) Entrou-me pelo WC adentro e abanou-se toda ao som daquilo. Ancas e tudo! Nunca tinha visto tal coisa e achei estranho. Bem, um pai tem de ser ir habituando a estes andamentos porque a idade dela já o permite e os miúdos… cala-te boca que já escreveste sobre este assunto.

Eu já conhecia a música. Já a tinha ouvido uma série de vezes, de dias, de manhãs na rádio comercial e achava estranho que os animadores apresentassem aquilo como uma música sexy.

Sexy?!?!?!? Mas qual sexy? Bem, a música até é engraçada e tem o músico Pharrel Williams (cliquem no nome para conhecerem melhor quem é) por trás, o que é muito bom e a garantia de um selo de qualidade. O Pharrel sofre do sindroma de Midas (um sindroma que criei em “linguagem Tio Sabi” para definir todos aqueles que transformam em ouro tudo aquilo em que tocam. O Mourinho é do género. Ainda bem que este “toque de Midas” em linguajar Sabi é seletivo e só se aplica nas coisas boas, que valem realmente a pena. Não se aplica quando eles tocam no papel higiénico e querem limpar o dito cujo. O ouro aqui não deve dar mais jeito que o bom do papel higiénico… J).

Bem, vamos à música que um gajo começa a falar e vai por aí fora e nunca mais o apanham! A música é boa, é orelhuda mas não tem nada a ver com a música sexy do meu tempo que é o “Addicted to love” do Robert Palmer. Isto se falarmos apenas na música porque se falarmos no videoclip… comparar o vídeo do meu tempo com este, comparar o antigo e o recente é como comparar uma coisa que eu cá sei com a feira das Galveias. São coisas que não têm mesmo nada a ver!

Eu não percebia bem o nome da música e sempre me disse que assim que pudesse e me lembrasse iria ver do vídeo à internet. Quando essa oportunidade surgiu e me lembrei, andei por aqui, procurei bem e lá dei com ela no itunes. O nome é difícil de perceber: blurred lines. Um nome que parece que o apresentador se engana ou engasga ao dizê-lo. O título pode ser traduzido como linhas esborratadas, indefinidas. Linhas que não são linhas, que não são precisas, vamos lá.

Lá dei com ela e achei que o vídeo é poucochinho. Nada sexy, vá. A música é boa, dançável, trauteável, até sexy mas o vídeo… O vídeo é fraquinho. Neste assunto, a imagem reforça muito o som. Eu imaginava para esta música um vídeo com umas mulas, umas tipas mesmo muito boas, de cortar a respiração e parar o trânsito, mas não. Não sei se me estou a fazer entender mas o vídeo desiludiu-me.

Ao ouvir os primeiros acordes da guitarra do “Addicted to love” vêem –me logo à cabeça a imagem daquele vídeo e sobretudo, sobretudo mesmo! das mulheres daquele vídeo, meu Deus. Todas lindas e todas muito sexys. Ainda hoje que já tenho 40 anos, sempre que vejo uma mulher vestida com um vestido preto, de meias pretas (atenção que não precisam ser de renda!) que fico logo em pele de galinha. Se for bonita e tiver o cabelinho apanhado, soma pontos. Se tiver os lábios pintados de vermelhão e uma sombra preta nos olhos, então… fica tudo muito mais sério e mais não digo porque amo muito a minha Cristina e se revelo mais fico assim fácil de engatar, como se fosse uma cabrona. Isto é um blogue. Não é um diário, pelas razões que já aqui vos expliquei. Não posso revelar no blogue muito de mim. Isto não vos parece óbvio?  

O que me trouxe aqui foi a música. E os vídeos, vá, também. Como este novo mundo da internet é mesmo admirável, muito admirável mesmo, vejam os vídeos que deixo aqui de seguida para os meus meninos e meninas compararem.

Depois, digam o que pensam sobre o que viram. Digam aqui no blogue, no meu facebook procurando Pedro Sobreiro ou como agora vem aí o S. Marcos, podem-me dizer pessoalmente quando me encontrarem lá pela festa, a comer uma fartura, a comprar pipocas ou a beber uma fresquinha maravilhosa num copo gelado no meu querido amigo Chocolate, o Zé Manel da Pastelaria S. Marcos. Uma imperial. Só uma! Quando muito, duas, vá que agora é festa. Já não posso beber muitas como gostava dantes porque depois do meu acidente em que tive uma grave lesão cerebral difusa, bebo 5 e fico como se tivesse bebido 50 antes. 50 não porque eu não sei se alguma vez bebi tanto. Mesmo antigamente, nunca bebi tantas, num dia inteiro que fosse. Se bebesse mais que 20 já nem me lembrava onde era a minha casa, quanto mais quantas cervejas tinha bebido. Olhem, graças a Deus não fiquei em estado vegetativo e as únicas coisas que me marcam do acidente, com as quais tenho de lidar todos os dias é a questão de não poder dobrar o braço direito e esta do álcool que me surge muito, muito espontaneamente. Muito raramente bebo álcool. Bebo um tintinho às refeições que não dispenso, gosto mesmo muito, sabe-me melhor que sumo e faz bem ao coração. Um tintinho ou uma imperial no S. Marcos é suficiente e chegam.

Olhem, graças a Deus fiquei a escrever e a pensar como dantes, não acham?

Vá, digam lá mas é da vossa justiça sobre o vídeo que foi para isso que vim aqui. Vá, mandem…
  
O SEXY MODERNO



O SEXY ANTIGO AS I LIKE


7 comentários:

Helena Barreta disse...

Para mim, a música e vídeos do meu tempo, tal como esta do Robert Palmer, não têm comparação com as músicas de hoje, principalmente as letras batem aos pontos as de agora. Hoje há umas batidas giras, músicas porreiras para ouvir no ginásio, mas, quanto a mim, mais nada. São músicas e vídeos que não ficam para a história.

É mesmo Pedro, ficou a pensar e a escrever como dantes e, com certeza, a valorizar ainda mais o que tem de melhor.

Bom fim de semana, boa música e bom S. Marcos.

Um abraço

Helena Barreta disse...

Para mim, a música e vídeos do meu tempo, tal como esta do Robert Palmer, não têm comparação com as músicas de hoje, principalmente as letras batem aos pontos as de agora. Hoje há umas batidas giras, músicas porreiras para ouvir no ginásio, mas, quanto a mim, mais nada. São músicas e vídeos que não ficam para a história.

É mesmo Pedro, ficou a pensar e a escrever como dantes e, com certeza, a valorizar ainda mais o que tem de melhor.

Bom fim de semana, boa música e bom S. Marcos.

Um abraço

Catarina disse...

Cá vai o meu top:


1. Wicked game, Chris Isaak
2. Crying dos Aerosmith
3. Addicted to love,Robert Palmer
4. I'm a slave for U, Britney
5. Eric Prydz, Call on Me

(esta ultima custou mesmo a identificar, só tinha na cabeça o vídeo)

Catarina disse...

ainda me lembrei de outro:
Robbie Williams e Nicole Kidman, Somethin' Stupid

Pedro Sobreiro disse...

Não é meu hábito responder aos comentários das minhas publicações. É um “diz que disse” que mais me parece conversa da “casinha da má língua”.


“Casinha da má língua” era o nome como chamavam à paragem do autocarro na minha Beirã natal. A intenção da câmara municipal na sua construção foi boa (creio que no tempo do grande sr. Andrade e da sua grande equipa): quiseram construir um pequeno albergue que protegesse os passageiros da camioneta da carreira em dias de intempérie. A intenção foi boa. A utilização não. A intenção foi boa e compreendida apenas sua utilização pela parte da manhã, sobretudo nos dias gélidos de inverno. Na restante parte do tempo, os homens locais adoptaram a boa intenção camarária num espaço onde pudessem “dar à língua”. Falar de tudo e todos entre os copos de vinho e as minis num verdadeiro rally diário de tabernas. Entre as rodadas, entretinham-se a passar no dito abrigo para falarem de coisas triviais, do que é um desporto no concelho: falar na vida dos outros! Ali lavavam a roupa suja, se é que me faço entender. Coisas que não lhe diziam diretamente respeito. Ali se falava de tudo: do carro novo do sicrano, das dívidas do beltrano, da amante do sicranobeltrano (que deveria ser um gajo sortudo!), enfim…


Fazendo dos comentário do meu blogue a minha “casinha da má língua na internet”, respondo aos comentários da Catarina, dizendo que concordo em tudo no top de músicas sexy que pulicou aqui no seu primeiro comentário. O pior veio depois: ver no “Something Stupid” do Robbie Williams e da Nicole Kidman, a versão de um clássico popularizado pelo Frank Sinatra e pela filha Nancy Sinatra, como uma música sexy… Sexy?!?!?!?… é… fazer justiça ao nome do tema.


Tenho dito. Desculpem a ousadia mas o blogue é meu. Como dono desta… taberna virtual posso fazer o que queira! Pois então: saí uma rodada de tintos para todos que paga aqui o patrão!

Catarina disse...

Pronto, aceito que não aches sexy, eu cá acho, mas enfim, é por isso que o mundo não cai.

No meu top, em termos de música, eu só gosto do Crying do Addicted to love, mas pus o Wicked game em primeiro, não por causa da música, que acho leeeeeenta e chata, mas por causa do vídeo que é belíssimo

E o something stupid....sim que começa devagarinho, fofinho demais, meloso. Um casalinho enfadonho de americanos pré fabricados. Mas e o final?????
Tu viste o vídeo todo até ao fim ou simplesmente não gostas da música e ponto final???

Pedro Sobreiro disse...

Isto já não é a “Casinha da má língua”. Tanta conversa, tanta conversa que parece a “casinha da má língua da revista Maria ou da Nova Gente”. Este blogue está aqui, está a abrir um consultório sentimental. Mas como eu não sou homem de fugir a conversas e gosto de discutir pontos de vista com educação, não me posso calar. Tu perguntas e eu respondo. Eu gosto muito do Robbie Williams. Sempre achei que aquele menino dos Take That fazia parte do grupo porque tinha palminho de cara mas o gajo é um enorme artista pop. É capaz de ser o maior artista da música pop do nosso tempo. Gosto de muitas, muitas músicas dele. O som de que gosto é mais alternativo e não tem nada a ver com o tipo de música que pratica. Mas o Robbie é um gajo que tem feeling, que faz vídeos imensos, grandiosos e boas músicas, mesmo! Dou-te aqui nota de quatro exemplos só para veres como o gajo é bom no que faz e gosto mesmo dele.
http://www.youtube.com/watch?v=ULTtWUZhD9c
http://www.youtube.com/watch?v=4D35vfQ7eZg
http://www.youtube.com/watch?v=tv49bC5xGVY
http://www.youtube.com/watch?v=BJ5uIkJDb6o
Voltando à nossa conversa, também gosto desta versão da música “Somethin stupid”. Esta música foi celebrizada pelo Frank Sinatra e a filha Nancy. Uma música cantada entre um pai e uma filha! Por Deus! Como é que alguém pode achar que esta música pode vir a ser sexy?!?!? Por muito sexy que fosse, morre logo à nascença! Nem hipótese tem! Quando um gajo sabe isto do pai e filha… prontos! Acabou-se! Tira o desejo.:(
O que a Nancy Sinatra fez de melhor foi que cantou o “These boots are made for walking” que adoro e é uma grande malha. http://www.youtube.com/watch?v=SbyAZQ45uww
Também não tem nada sexy, porque nesse então nem sequer havia vídeos mas eu gosto… E por falar em sexy e na conversa que o teu marido me deu no facebook na sexta, uma versão da “These Boots” feita pela Beyoncé até que era… interessante, vá.