O
próprio pediu-me um texto de apoio. Como ultrapassei as 4 ou 5 linhas que me pediram
e não sei se haverá espaço no papel, na tipografia internetiana do tio Sabi cabe
tudo. Sempre a verdade. A verdade acima de tudo. É certo que é a minha verdade
e pode ser contestada. Mas como ensinam na escola: dos fracos não reza a
história e quem conta tem sempre a sua versão. Por isso, aqui vai:
Conheci
o Carlos Castelinho quando fui o vereador responsável pelo Pelouro da Educação
no Município de Marvão. O Carlos era o responsável pela Escola da Portagem, o
líder da equipa que geria muito bem essa escola. O Carlos não é uma pessoa que
nos arrebate à primeira, que nos conquiste à primeira impressão. Mas com o
tempo revela-se. É muito educado, cordial, afetuoso. Esse afeto que não nasce à
primeira vista, permite que a pessoa se revele e ganhe espaço em nós.
Trabalhámos
muito juntos, sempre com consideração mútua e respeito. Juntos conseguimos que Marvão
funcionasse a uma só voz na educação. Houve mais intervenientes no processo,
mas poucos com o nosso empenho e convição. Não fazia sentido que num concelho
tão pequenino e com cada vez menos crianças, existissem dois agrupamentos de
escolas. Com muitas reuniões e trabalho conseguimos que o Agrupamento de Escolas
de Marvão, com dois pólos, fosse criado. Mas na vida e na política, nem sempre
os que mais trabalham e mais se esforçam chegam a ser os que desfrutam da
glória. Eu saí da política por opção própria. Foi essa mesma política que conseguiu
que nem o presidente da escola da Portagem, nem o presidente da escola de Santo
António das Areias fosse o escolhido para chefiar o agrupamento. Sempre o poder
e a política a caírem nas mãos erradas que nos governam e a revelarem a verdade
das pessoas.
Eu
sei que sou um homem bom, de bons princípios e propósitos. Tu também és um
homem bom, Carlos. Como diz o povo que é sábio: “o azeite vem sempre ao de
cima”. Não sabemos se vai ser já desta vez porque quem está lá no poder joga
baixo, tem os recursos ao seu dispor e um povo amedrontado, com medo de falar e
que vai facilmente em promessas falsas. Agora volta à baila o património
mundial que se anda a arrastar há tanto tempo e a festa do idoso, para adoçar a
boca dos velhinhos, os mais desprotegidos. Mas temos de ser persistentes e ter
fé. Quanto mais não seja, fé em nós, Carlos.
Levas
contigo uma grande equipa, de pessoas lutadoras e com garra de quem sou amigo e
admiro. O Nuno Pires é um amigo que amo como se fosse meu irmão. Homem bom e
honrado que conseguiu pelo seu esforço, tudo o que tem na vida. O Nuno quer
ajudar o seu concelho, o meu concelho, o nosso concelho. Porque já vou longo no
meu testemunho, falo apenas mais sobre a Adelaide mas poderia falar sobre todos.
O teu “exército” como alguém lhe chamou, é de voluntários muito poderosos
porque são bons e humildes. A Adelaide é uma mulher de armas. De fazer. De
trabalhar. De dar tudo aquilo que tem por aquilo que ama. A vida foi-lhe madrasta
mas ela soube reerguer-se das cinzas como se fosse uma fénix deslumbrante. É
uma mulher com M “grande”.
Eu
estou convosco de alma. E coração. Queira Deus que eu ajude a derrubar aquilo
que, ingénuo, de boa fé, ajudei a criar. Eu tenho fé. Tu também?
Pedro
Sobreiro
40
anos
Funcionário
público no concelho de Marvão
Residente no concelho de Marvão
Pai de duas
marvanenses de 3 e12 anos
2 comentários:
Quem escreve assim toca-nos profundamente e enche-nos de esperança para que acreditemos que é possível!
Abraço
O tempo. Sempre o tempo... O dificil passa a ser fácil.O necessário? Ser honesto, coerente e persistente. Mais que o tempo conta a saúde fisica e assim os caminhos ficam definidos.Os retratos da alma ajudam a entender.E um dia... Um dia no futuro vamos saborear o que foi semeado. Há que esperar.
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