sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A tv esperta

Eu sonhava com uma maior que a Alice mas... (assim ainda é maior que o tamanho do rádio...)

Eu estava fartinho da velha televisão. A bicha já tinha mais de 13 anos. Tinha sido comprada quando trabalhava em Nisa e custou-me uns 240 contos caríssimos, nunca mais me hei-de esquecer. Mas tinha um ecrã de 82 centímetros na diagonal e valia então bem a despesa. Era uma máquina, um monstro encantador. Para mim valia o dinheiro porque cá em casa… ou melhor, na casinha de Marvão (onde nos vimos aflitos para a enfiar lá…) era o máximo e por acaso... era eu quem mais gostava dela. Lembro-me que a Leonor ainda não tinha nascido e a Alice... acho que também não.

Tudo tem um fim e agora já estava desertinho que ela rebentasse mas não havia meio. Os anos passavam e hoje era um caixote que parecia um aquário daqueles grandes que há nas marisqueiras.  

Já há anos, num dia de limpezas grandes vi-lhe escorrer um líquido negro por baixo e fiz logo um festim. Pensei: “Ah, cabra que já rebentaste!”. Foi-se a ver e tinha sido uma garrafa de óleo de cedro que lhe tinha caído por trás. Fumo negro.

Os tempos são difíceis e ele não sobeja mas não se podia adiar mais a espera. Não se podia ou não convinha. Não me convinha, vá. As minhas miúdas mereciam uma televisão em condições, ou… o paizinho também já merecia uma coisinha melhor. Junta-se o útil ao agradável e…

Não quis andar a estudar o assunto. Não tendo tempo, nem paciência para fazer um estudo de mercado, fui à Worten e deixei-me apaixonar por uma smart tv da Sony. Eu sonhava com uma televisão fininha e um ecrã gigante. Analisei o que estava exposto e deixei-me apaixonar por uma smart tv. Não tem os 100 e tais cm que eu queria, só tem os 82 cm que tinha a outra mas é fininha, fica a matar na sala e não precisa de mais tamanho porque não vivo num pavilhão. Ela tem razão. Como sempre. Quase.


A smart tv ainda é uma incógnita com muitas potencialidades para descobrir. A Sony, amiga do ambiente, já não imprime manuais e disponibiliza-os online. Assim que tiver tempo hei-de descobri-los. Entretanto, vou indo às apalpadelas. Eu e elas. Uma coisa que já descobriram e sabem bem mais que eu, é a possibilidade de navegarem na internet na televisão. Enquanto terminava o jantar com a mãe, dançavam e cantavam na sala, deixando perceber como é fácil um vídeo tornar-se viral, como este que desfrutaram à exaustão,




Ou perceber que é na net que nascem novas estrelas como Vasco. O rapazinho que apesar de pequeno é gigante como lhe disse ao ouvido em Marvão quando nos cruzámos nas suas gravações do “Sabe ou não sabe?” da RTP1. Acho que elas viram e repetiram estes todos.















A tv já não é tv. É pc/tv. É um mundo. Getting old...



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