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Os Buraka Som Sistema são os mais recentes e poderosos embaixadores da música moderna portuguesa além-fronteiras. Praticantes de uma variante progressiva do Kuduro angolano souberam dar-lhe uma roupagem mais electrónica e visonária que o resgatou das ruas de Luanda e o teletransportou para as mais influentes pistas de dança de todo o mundo, onde são actualmente consagrados.
O som que produzem não se explica nem se desmonta, antes se sente e se vibra, apelando à nossa matriz mais selvagem, levando-nos de volta ao berço africano.
Este colectivo de composição flexível e irregular, orquestrado pelo cientista sonoro e mestre maquineiro Lil’ John, conta com a colaboração outras jovens glórias nacionais como é o caso de Kalaf, um poeta urbano que tem estado ligado a alguns dos mais interessantes projectos lusos dos últimos anos.
Depois do EP de lançamento profeticamente designado de ”From Buraka to the world” rebentam agora com o cd “Black Diamond” (uma maravilha!) que vai seguramente dar ainda muito, muito que falar.
Toda esta conversa porque folheava eu avidamente o semanário britânico New Musical Express que me chega com uma semana de atraso ao meu dealer de jornais local, quando sou surpreendido pelos meus compatriotas com uma notável nota, passo a redundância, de 7 em 10. A prosa diz mais ou menos isto:
Nacionalidade preciosa
O som que produzem não se explica nem se desmonta, antes se sente e se vibra, apelando à nossa matriz mais selvagem, levando-nos de volta ao berço africano.
Este colectivo de composição flexível e irregular, orquestrado pelo cientista sonoro e mestre maquineiro Lil’ John, conta com a colaboração outras jovens glórias nacionais como é o caso de Kalaf, um poeta urbano que tem estado ligado a alguns dos mais interessantes projectos lusos dos últimos anos.
Depois do EP de lançamento profeticamente designado de ”From Buraka to the world” rebentam agora com o cd “Black Diamond” (uma maravilha!) que vai seguramente dar ainda muito, muito que falar.
Toda esta conversa porque folheava eu avidamente o semanário britânico New Musical Express que me chega com uma semana de atraso ao meu dealer de jornais local, quando sou surpreendido pelos meus compatriotas com uma notável nota, passo a redundância, de 7 em 10. A prosa diz mais ou menos isto:
Nacionalidade preciosa
(Tradução livre do taberneiro)
Buraka Som Sistema
Black Diamond (Diamante Negro)
A maior exportação angolana via Lisboa. E adivinhem o quê? A MIA está lá…
Não são apenas os vocalistas reformados da pop britânica e os marrões da liga universitária americana que têm descoberto as grandes novidades deste ano. Graças a nomes com DJ Mujava e Esau Mwamwaya, alguns dos mais ferozes hinos das pistas de dança têm ricocheteado do Corno de África para os clubes britânicos.
Os Buraka Som Sistema são, na verdade, de Lisboa, mas são os principais embaixadores internacionais do género angolano do Kuduro. Em português, significa literalmente “rabo rijo” e se tens visto os clips do You Tube com putos nas ruas de Luanda fazendo acrobacias com as pernas e caindo abruptamente sobre os calcanhares, saberás o que é.
As batidas carnavalescas de partir o pescoço, as fanfarras vacilantes e os estrondos electrónicos rudimentares dos Buraka soam exactamente àquilo com o que a MIA se poderia envolver. O cliente favorito da empresa financeira Travelex, aparece na faixa “Sound of Kuduro” gritando “é de prestígio, irmão!” por nenhuma outra razão que por puro gozo. Noutros momentos, vocalizações excitantes são providenciadas por senhoras chamadas Petty e Pongolove, cujas rimas provavelmente não fariam muito mais sentido ainda que as pudesses traduzir.
Se o “Black Diamond”- e o kuduro em geral – têm uma energia maníaca e nervosa, radica muito provavelmente no facto de Angola só recentemente ter emergido de uma guerra civil viciosa de 25 anos. Mesmo quando mediatizada por um grupo de camaradas portugueses atarracados, isto é música festiva com um autêntico e violento sentido de libertação. Recomenda-se o revestimento dos traseiros.
Sam Richards
Download: 1) “Tiroza”; 2) “Yah”; 3) “Sound of Kuduro”
Buraka Som Sistema
Black Diamond (Diamante Negro)
A maior exportação angolana via Lisboa. E adivinhem o quê? A MIA está lá…
Não são apenas os vocalistas reformados da pop britânica e os marrões da liga universitária americana que têm descoberto as grandes novidades deste ano. Graças a nomes com DJ Mujava e Esau Mwamwaya, alguns dos mais ferozes hinos das pistas de dança têm ricocheteado do Corno de África para os clubes britânicos.
Os Buraka Som Sistema são, na verdade, de Lisboa, mas são os principais embaixadores internacionais do género angolano do Kuduro. Em português, significa literalmente “rabo rijo” e se tens visto os clips do You Tube com putos nas ruas de Luanda fazendo acrobacias com as pernas e caindo abruptamente sobre os calcanhares, saberás o que é.
As batidas carnavalescas de partir o pescoço, as fanfarras vacilantes e os estrondos electrónicos rudimentares dos Buraka soam exactamente àquilo com o que a MIA se poderia envolver. O cliente favorito da empresa financeira Travelex, aparece na faixa “Sound of Kuduro” gritando “é de prestígio, irmão!” por nenhuma outra razão que por puro gozo. Noutros momentos, vocalizações excitantes são providenciadas por senhoras chamadas Petty e Pongolove, cujas rimas provavelmente não fariam muito mais sentido ainda que as pudesses traduzir.
Se o “Black Diamond”- e o kuduro em geral – têm uma energia maníaca e nervosa, radica muito provavelmente no facto de Angola só recentemente ter emergido de uma guerra civil viciosa de 25 anos. Mesmo quando mediatizada por um grupo de camaradas portugueses atarracados, isto é música festiva com um autêntico e violento sentido de libertação. Recomenda-se o revestimento dos traseiros.
Sam Richards
Download: 1) “Tiroza”; 2) “Yah”; 3) “Sound of Kuduro”
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Tocá bombar!
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Buraka Som Sistema - Sound of Kuduro (video oficial)
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Buraka Som Sistema - Sound of Kuduro (video oficial)
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Buraka Som Sistema - Wegue Wegue (video oficial)
Buraka Som Sistema - Wegue Wegue (video oficial)
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