quinta-feira, 2 de abril de 2009

Diário de bordo de um esquimó - Parte IV (Agora com vídeo exclusivo!)

What can I do? I'm a ladies man... I'm a gentleman... It's nice!
I know how to behave...
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(Zézé Camarinha's style!")

Mais um, meus amigos e amiguinhas… mais um! Mais um quê? Mais um dia extraordinário e para sempre recordar, que coisa tão boa!

De manhãzinha fomos directos para a Käylä Elementary School, situada a cerca de 45 minutos, numa área já considerada remota, onde o Prof. Kimmo Huttu nos falou acerca da sua extraordinária e vasta experiência em e-learning. Explicou-nos detalhadamente o seu programa “e-desk Kuusamo – learning environment development project” que recebeu o “National Quality Award” do National Board of Education em 2004 e cujo objectivo é desenvolver e testar novos ambientes de aprendizagem suportados pela internet em redes de escolas primárias. O processo integra ferramentas básicas como a comunicação através da net; a preparação e partilha de material de estudo online incluindo documentos; a edição de imagem, voz e vídeo; a exploração de ferramentas para escrever e calcular e o apoio concreto dos alunos mais velhos no estudo dos mais novos, ganhando os mais pequenos confiança por saberem que os de mais idade se preocupam com eles e saindo também estes vencedores por se fazerem ouvir e testarem o que já aprenderam. Simples? Funciona! (parece o Uri Geller).

Plataformas como o Moodle, o Skype e programas como o “Sumo Paint” passaram assim a ser muito vulgares no dia-a-dia de crianças que se habituaram a tratar a tecnologia por tu e que a colocam ao seu serviço. O governo não deu certamente os 140 mil euros de orçamento por mal empregue e a educação deu um passo de gigante face ao futuro.
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O excelente Jyrki, Vice-Director e fabuloso guia, demonstra a todos como se toca o instrumento nacional do país, o Kantele, que era utilizado para contar a história épica da Finlândia


O pequenito louro e silencioso com quem lancei umas bolas ao cesto. Era bom! Vejam como encesta!


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O almoço, como já vai sendo habitual, foi servido às 11h e dali seguimos para a “Oulanka Research Station”, onde a directora nos falou das actividades desta instituição, muito ligada à Universidade de Oulu e que basicamente faz o mesmo que o nosso Parque Natural da Serra de São Mamede, a nível de pesquisa e funcionamento mas também no que se refere a instalações com o seu equipamento de investigação, dormitório, livraria, auditório e laboratório. Ainda assim, pudemos fazer o gosto ao slogan e “respirámos o ar mais fresco do mundo”, como eles dizem.

Tivemos oportunidade de trocar impressões e ficaram os contactos para exploração e intercâmbios futuros. Bom também de saber que estivemos a apenas cerca de 20 quilómetros do círculo polar ártico e a escassos da fronteira com a Rússia. Brrrrrr…


Assistindo a uma palestra dada pela própria directora do centro
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Destaque (até então...) do dia, no regresso com a passagem obrigatória pela maior e mais famosa estância de ski da Finlândia centrada em Ruka. Oportunidade única de entrar num igloo gigante onde funciona um bar muito... fresquinho, sacar algumas fotos das redondezas e tomar a tal cerveja enorme que para eles é normal. Muito boa!
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Are you talking to me?
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Tal e qual como nas revistas...
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O regresso foi bastante rápido ao hotel para terminarmos o relatório de grupo e já toda a gente tinha o pensamento no mergulho no buraco no gelo. Faziam-se rezas e promessas quando o autocarro arrancou e o que vos posso dizer é que é verdadeiramente muito duro. A temperatura estava centrada nos 5 abaixo de zero e tudo à volta arrepia, pelo que… o óbvio era a malta negar-se mas a verdade é que tirando 2 ou 3, ninguém ficou para trás.

Mr. Pekka teve a gentileza de se juntar a nós e lá entrámos… eu, ele, o checo, o grego e o polaco. Foi então que percebi que uma coisa é fazer uma sauna no hotel com o resto do pessoal e outra coisa é metermo-nos com um homem finlandês, sobretudo com este que é profissional e não parava de atiçar as pedras com água. O calor era tanto que eu já não conseguia pensar e nunca tive a sensação tão clara de estar dentro de um forno. Percebi como nunca antes o estado de espírito do perú no meu forno pelo Natal. Pobre animal... Terrível! Depois… bem… depois acho que as imagens dizem tudo.

Repetir a proeza de entrar numa sauna a quase 80 graus para depois irmos desnudados mergulhar para um lago gelado é obra! Repetir a façanha 3 vezes seguidas... ainda mais! E foi mesmo bom ouvir o nosso honorável director Pekka confidenciar-nos que estava orgulhoso de nós por termos participado quase todos em bloco e por sermos tão bravos.

A sensação é de ressureição. De 80 a mais para 6 a menos, de repente, a sova é tão grande que parece mesmo que nascemos outra vez. O corpinho fica limpo de todas as toxinas. Se vivesse por aqui, seria um entusiasta da modalidade, garanto-vos!

Depois... vocês já sabem como eu sou…entusiasmei-me com aquilo e já mergulhava de cabeça quando um velhinho que por ali anda há mais de 30 anos me disse “de cabeça não, jovem… o choque é forte demais. És capaz de arranjar um problema e maneira da tua esposa ficar a chorar em Portugal!". Olá!
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Se o avôzinho o diz… talvez seja mehlor parar... mas que bem que soube…










Foi lindo e grandioso!
Amanhã… encerramento e tarde radical…

A coisa promete… -
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2 comentários:

Pousadas disse...

Com aquele banhinho deve ter ficado tão pequenina meu tarequinho!!! nem as loiras de 1.90 o deviam arrebitar!!

JoaQUIM disse...

Meu gatinho persa todo arrepiadinho, vê lá se não te acautelas, cuidado que o turco ainda te faz a folha.