quinta-feira, 23 de abril de 2009

Os cães do meu bairro

Um dos Rambos do Manuel Pedro da Paz em plena acção. Rauuuf!
Está caladinho bóchita!



Os cães do meu bairro,
Ladram noite e dia sem parar,
Os cães do meu bairro,
Não me deixam descansar.

Não escolhem momento, nem hora,
Para incomodarem o pessoal,
Num abrir e fechar de olhos,
Montam um tremendo arraial.

De viver descansado,
Já perdi a esperança,
Quem é que consegue estar tranquilo?
Com a canzoada por vizinhança?

E não há casinha que se preze,
Que não tenha o seu Lulu,
Agora multipliquem por vinte e muitas,
Imaginem o sururu…

Isto para não falar do cheiro,
Que salta muros e quintais,
Empesta tudo à volta,
Assusta até os pardais.

Mas, os cães do meu bairro,
Não são de estimação,
Para isso falta-lhes carinho,
Amor e atenção.

Passam os dias amarrados,
Presos, sem poderem sair,
Andam tristes e sozinhos,
Por isso fartam-se de ganir.

E podia ser tudo tão calmo,
Uma paz… um sossego,
Se todos trocassem os bóbis,
Por um peixinho ou um borrego.

(que só fazem mééé de quando em quando)

Calma!

É claro que como em tudo na vida,
Também tem de haver excepções,
Há alguns bem comportados,
Que não mijam nos portões.

E é por isso que a carapuça,
Só serve ao cão que a enfiar,
Os outros, se não estiverem de acordo,
Podem sempre continuar a ladrar.

4 comentários:

Joaquim Carita disse...

Vais ter que aderir ao Valium!
Se não não dormes...

Isabel I disse...

Num assunto tão sensivel para mim, não podia deixar de participar. É claro que a excepção a que se refere só pode ser o meu Popov, o principe dos cães, que só perde a compustura em questões... românticas??? E estou de acordo no resto. Para que é que as pessoas querem os cães sempre presos a uma árvore, sózinhos, sujos e mal alimentados? Antes a morte que tal sorte. Devia haver multas pesadas para quem trata assim os animais. Isabel I

Catarina disse...

Tens toda a razão, vizinho
É um arraial nos Outeiros
Mas a culpa não é dos cães
Os donos é que são foleiros

Eu não trocava o meu Popov
Tenho que lhe aguentar os (poucos) latidos
Não quero peixinhos nem borregos
O meu cão é meu amigo

Dá-lhes uns dias e a coisa melhora
As cadelas andam alvoraçadas
Se não te deixassem namorar
Diz lá se também não choravas…

Clarimundo Lança disse...

Os cães aqui referidos
são de outra categoria animal
dormem nas caminhas ron-ron
têm duas patas andam na vertical