Os hilariantes Mike e Sully, profissionais do susto na obra-prima da Pixar, "Monstros e Companhia", um dos meus filmes favoritos de sempre. Se todos fossem assim tão cómicos...
Mas depois a mãe queixa-se que dorme mal… que não descansa…
A coisa não podia continuar, sobretudo agora que vem aí a pequena Alice…
Nesta semana decidi intervir e fui eu a avançar.
Acompanhei-a e deitei-me junto a ela. Como o sono não vinha… passámos ao diálogo, sentados na cama. Deu noitada. Das 4h às 6 e meia, tentando desmontar cada sonho mau, tentando explicar que nada daquilo fazia sentido, que já tem 8 anos, que vem aí a mana e tem de ajudar a tomar conta dela… até que cedeu ao cansaço e os carinhos no cabelo.
No dia a seguir disse-me: “Olha… afinal… até dormi bem!”.
E eu a pensar para com os meus botões: “Ai sim? Eu nem por isso… mas antes assim”.
Para que não esqueça o combinado e para que o soninho nunca falte, fiz-lhe uns versos, que não são bem uma oração porque eu de santidade não tenho nada, mas que pretendem surtir o mesmo efeito.
Como sei que este é um fenómeno que é extensivo a muitos outros lares, fica a dica. Caso vejam interesse, podem sempre utilizá-los, fazendo as respectivas alterações. Eu abdico dos direitos de autor como forma de apoio à causa.
Sendo assim:
A meio da noite, é frequente ouvir os passinhos dela entrando pelo quarto adentro, chamando a mãe em sussurro para junto de si. É uma daquelas concessões que os pais vão fazendo ao longo dos tempos e ganham força de hábito. Dá pena e… vai-se deixando.
Mas depois a mãe queixa-se que dorme mal… que não descansa…
A coisa não podia continuar, sobretudo agora que vem aí a pequena Alice…
Nesta semana decidi intervir e fui eu a avançar.
Acompanhei-a e deitei-me junto a ela. Como o sono não vinha… passámos ao diálogo, sentados na cama. Deu noitada. Das 4h às 6 e meia, tentando desmontar cada sonho mau, tentando explicar que nada daquilo fazia sentido, que já tem 8 anos, que vem aí a mana e tem de ajudar a tomar conta dela… até que cedeu ao cansaço e os carinhos no cabelo.
No dia a seguir disse-me: “Olha… afinal… até dormi bem!”.
E eu a pensar para com os meus botões: “Ai sim? Eu nem por isso… mas antes assim”.
Para que não esqueça o combinado e para que o soninho nunca falte, fiz-lhe uns versos, que não são bem uma oração porque eu de santidade não tenho nada, mas que pretendem surtir o mesmo efeito.
Como sei que este é um fenómeno que é extensivo a muitos outros lares, fica a dica. Caso vejam interesse, podem sempre utilizá-los, fazendo as respectivas alterações. Eu abdico dos direitos de autor como forma de apoio à causa.
Sendo assim:
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Para a Leonor dormir descansada…
Cansadinha que estou,
Chegada ao final de mais um dia,
Já só penso na minha caminha,
E na minha doce companhia.
O ursinho e a Aurora,
Guardiães do meu quartinho,
Protegem-me e olham por mim,
Quando me embala o soninho.
Dormindo, eu descanso,
Reponho as energias,
Recarrego as baterias,
Para as minhas correrias.
Eu sei que o pai e a mãe,
Estarão sempre junto a mim,
Já sei que se precisar deles,
Hão-de sempre dizer-me que sim.
Se acordar a meio da noite,
E for só para fazer xixi,
Volto logo para a caminha,
Recuperar o tempo que perdi.
Se acordar por sonhos maus,
O pai disse-me para o chamar,
Ele vai-me fazer festinhas,
Dar carinho e acalmar.
Eu não devo ter medo,
Que me venham cá roubar,
Portas e janelas estão bem fechadas,
Ninguém vai conseguir entrar.
O pai tem uma espingarda,
Com um cartucho bem carregado,
Se o ladrão quiser cá vir,
Vai levar um tiro no rabo.
Os monstros não existem,
Só na nossa imaginação,
Se eu quiser mando-os embora,
Não passam de pura ilusão.
Os fantasmas não são de verdade,
Não existe coisa tal,
Só mesmo no Halloween,
E nos bailes de Carnaval.
Os pesadelos são parvoíces,
São coisas sem sentido,
Que só me querem chatear,
Dar o soninho por perdido.
Sempre que eu queira,
Dormir de novo descansada,
Vou pensar em coisas boas,
Que me deixem fascinada:
Vou pensar na mana Alice,
No primo João e na Maria,
Num mundo feito de doces,
Cheio de luz e alegria;
Vou pensar em chocolates,
Em chupas e em gelados,
Em todo o tipo de guloseimas,
Muitas pastilhas e rebuçados;
Vou pensar na Eurodisney,
Na piscina, na praia e no mar,
Em sapatos e em vestidos,
Roupa linda para eu usar;
Vou pensar nas minhas bonecas,
Livros, revistas e afins,
Em todos os meus brinquedos,
Nos meus cds e nos patins.
Vou pensar nas minhas amigas,
Em tardes inteiras a brincar,
Mil aventuras para viver,
Coisas lindas para explorar;
Vou pensar que estou de férias,
De folga o ano inteiro,
Passar os dias a pôr-me bonita,
Num salão de cabeleireiro.
Vou pensar no Disney Channel,
Nos artistas que eu venero,
Que cantam e dançam tão bem,
Que fazem tudo o que eu quero;
Vou pensar na minha família,
Nas pessoas que eu adoro,
Vou pensar que estamos todos juntos,
A dançar e a cantar em coro.
Da próxima vez que acordar de noite,
Por não conseguir dormir,
Vou fechar os olhitos e rir-me
Das coisas boas que hão-de vir a seguir.
Sossegada na minha caminha,
Vou voltar a descansar,
Até ao amanhecer,
Até à hora de acordar.
Cansadinha que estou,
Chegada ao final de mais um dia,
Já só penso na minha caminha,
E na minha doce companhia.
O ursinho e a Aurora,
Guardiães do meu quartinho,
Protegem-me e olham por mim,
Quando me embala o soninho.
Dormindo, eu descanso,
Reponho as energias,
Recarrego as baterias,
Para as minhas correrias.
Eu sei que o pai e a mãe,
Estarão sempre junto a mim,
Já sei que se precisar deles,
Hão-de sempre dizer-me que sim.
Se acordar a meio da noite,
E for só para fazer xixi,
Volto logo para a caminha,
Recuperar o tempo que perdi.
Se acordar por sonhos maus,
O pai disse-me para o chamar,
Ele vai-me fazer festinhas,
Dar carinho e acalmar.
Eu não devo ter medo,
Que me venham cá roubar,
Portas e janelas estão bem fechadas,
Ninguém vai conseguir entrar.
O pai tem uma espingarda,
Com um cartucho bem carregado,
Se o ladrão quiser cá vir,
Vai levar um tiro no rabo.
Os monstros não existem,
Só na nossa imaginação,
Se eu quiser mando-os embora,
Não passam de pura ilusão.
Os fantasmas não são de verdade,
Não existe coisa tal,
Só mesmo no Halloween,
E nos bailes de Carnaval.
Os pesadelos são parvoíces,
São coisas sem sentido,
Que só me querem chatear,
Dar o soninho por perdido.
Sempre que eu queira,
Dormir de novo descansada,
Vou pensar em coisas boas,
Que me deixem fascinada:
Vou pensar na mana Alice,
No primo João e na Maria,
Num mundo feito de doces,
Cheio de luz e alegria;
Vou pensar em chocolates,
Em chupas e em gelados,
Em todo o tipo de guloseimas,
Muitas pastilhas e rebuçados;
Vou pensar na Eurodisney,
Na piscina, na praia e no mar,
Em sapatos e em vestidos,
Roupa linda para eu usar;
Vou pensar nas minhas bonecas,
Livros, revistas e afins,
Em todos os meus brinquedos,
Nos meus cds e nos patins.
Vou pensar nas minhas amigas,
Em tardes inteiras a brincar,
Mil aventuras para viver,
Coisas lindas para explorar;
Vou pensar que estou de férias,
De folga o ano inteiro,
Passar os dias a pôr-me bonita,
Num salão de cabeleireiro.
Vou pensar no Disney Channel,
Nos artistas que eu venero,
Que cantam e dançam tão bem,
Que fazem tudo o que eu quero;
Vou pensar na minha família,
Nas pessoas que eu adoro,
Vou pensar que estamos todos juntos,
A dançar e a cantar em coro.
Da próxima vez que acordar de noite,
Por não conseguir dormir,
Vou fechar os olhitos e rir-me
Das coisas boas que hão-de vir a seguir.
Sossegada na minha caminha,
Vou voltar a descansar,
Até ao amanhecer,
Até à hora de acordar.
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PS: Ela adorou. Riu e chorou ao mesmo tempo quando os leu. Nessa mesma noite, ouvimos os passinhos irem para a casa-de-banho e regressarem de imediato para o quarto. A coisa resulta...
1 comentário:
eu devo dizer:
Ser criança e sonhar
pensar em montros e brincar
é talvez das melhores coisas
que a vida tem para nos dar.
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