quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ai S. Marcos da minha devoção!


Eu sei que o nosso S. Marcos pode parecer uma romaria pobrezinha aos olhos de outros (menos bem intencionados). Mas para nós, que somos daqui… é do melhor que pode haver! Desculpamos a falta de artistas de nomeada e de grandes aparatos com a escolha orgulhosa da prata da casa e assim tapamos com arte a falta de substância financeira.

Primamos pela diferença logo na calendarização… Enquanto os outros preferem o Verão, os meses quentes de Julho e Agosto, a malta avança logo em Abril, quando muitas vezes chove e ainda faz frio, que isto não está para hesitações.

Como os tintos que alguém gostava de servir… “pequeninos mas bastinhos!”.

O S. Marcos tem os indianos que trazem os últimos gritos da moda em grandes carripanas cheias de caixotes de cartão velho e sorriem de cada vez que passamos, tem os carrinhos de choque, tem gelados de gelo e barracas de torrão, tem massa frita e quermesse, tem a roulote do Lino e algodão doce. O S. Marcos é um santo que nestes dias tem missa e procissão e direito a passear o seu bezerrinho pelas ruas. O S. Marcos tem foguetes, tem pompa e circunstância e há até quem diga que a revolução do 25 de Abril ocorreu por sua obra e graça. O S. Marcos nunca é igual e é por isso que é sempre diferente. Neste ano houve uma Meia Maratona que foi pela primeira vez! O S. Marcos tem actuações de alunos da terra que apesar do palmo e meio cantam sem ser em playback, tem uma discoteca que anima a malta nova pela noite fora, tem espectáculos musicais de artistas nascidos e criados na terra, tem touradas e garraiadas, porra! Tem montes de coisas! Ainda são capazes de dizer que não? Até o tempo parece que é pouco!


Para além de tudo isto… no S. Marcos revemos os amigos, a família e até as coisas boas que cá temos durante o ano todo nos parecem melhores.

Se foi bom? Foi exxxcelente, pá! Ninguém se magoou!
-
E é por isso que no meu álbum multimédia virtual vou guardar estas memórias do S. Marcos que passou:

Isto é o que eu chamo começar uma festa em grande

O line up da Chuva de Estrelas prometia...

Os mais pequenitos derreteram os corações mais empedernidos...


E a minha Leonor sempre levou a sua avante! Sozinha em palco, sem rede, umas boas notas acima do tom, soube dar ao litro para não deixar o Variações ficar mal visto. De casaco de cabedal, com uma t-shirt do pai (que subia, subia...) e com as botas oficiais da Hannah Montana... toda ela foi confiança.
Meu Deus... como o tempo passa...
-

A minha estreia como aprendiz de guitarrista no seio da turminha de música da terra também foi legal, como dizem os brasileiros. Na falta de registo próprio, tive de me apropriar deste do blogue da Catarina, esperando que ela não leve a mal. Certinhos, ãh? E a voz da Mafaldinha? Uma surpresa, a piquena. Parece a escola de artes do FAMA...
-
-
-
Claro que uma bisnaga semi-automática de fazer bolas de sabão era a recompensa-mínima por tanto arrojo...

Eu... como pai babado, também me permiti uma excêntricidade e em plena discoteca arrematei ao meu amigo Rashid a última moda em óculos de sol com lanternas incorporadas. O modelo "Michael Jackson" com três níveis diferentes de iluminação por 5 euros com uma rosa incluída foi uma verdadeira pechincha. Só foi pena foi a minha Cris não me ter deixado dormir com eles ligados. Enfim... não se pode ter tudo... Minas da Panasqueira... Aí vou eu!

A açorda de marisco da minha Santa Sogra no dia seguinte foi de cortar a respiração. Esta foto merecia estar no Prado ou no Louvre. E saborosa que estava... com um verde geladinho... Ai eu...
-
O meu filho tanto me chateou que tive de lhe fazer o gosto ao pé! E não é que passou com distinção? Ora atentem...
-
-

- -
-
Um geladinho a meio da tarde cai sempre... bem, vá!

Eu hei-de agradecer a cada dia da minha vida, o gosto que o meu sogro me incutiu pela festa brava. Não é que ande por aí armado em Maurício do Vale mas eu adoro aquilo ó pá. Cada vez que penso nos S. Marcos passados em que andei de olhos fechados e não compareci à chamada… só me apetece dar-me palmadas no rabo. Uma tourada é um espectáculo completo. Tem coreografia como nos ballets, tem cenografia e guarda-roupa como nos teatros, tem música como na ópera, tem violência como no boxe, tem assistência como no futebol, tem animais como no circo e até imperiais como nas discotecas! É uma coisa do outro mundo! Faça-se um favor: Vá à tourada que vai ver que gosta!

A minha piquena viu a Sónia Matias e prontes... passou-se!


O raminho de malmequeres que apanhou para atirar à cavaleira também ficou jeitoso...


Comovente homenagem dos forcados de Monforte ao jovem da Ribeira de Nisa que foi vítima de um incapacitante acidente laboral. Bravura e nobreza de espírito.






Domingo foi dia de estreia da 1ª Maratona de Marvão. Que responsabilidade...
Foto de família do Núcleo de Maratonistas de Marvão
Para mais tarde recordar...
Da esq. para a dir.: Bonito Dias, Tio Sabi, Domingos Bucho, Nuno Machado e Carlos Carrapiço
-
Parecia a de Nova Iorque, com direito a foguete e tudo! Uma classe!

Esta obra de arte absoluta é da autoria do meu estimado amigo e vizinho Luís Barradas. Eu tinha acabado de sobreviver à rampa da Pereira com já quase 17 km nas pernas sob um calor abrasador. Preparava-me para entrar na reta do Valongo, para os últimos quilómetros, com algum cansaço acumulado e a precisar de uma hidratação a sério. Vejo o bandido a saltar com a máquina para o outro lado do muro e pensei, "então mas este?". Afinal a ideia resultou. Magnífico.
-
Aproveito para mais uma vez, em nome da organização, agradecer a todas as entidades que nos apoiaram e participaram, e em particular, ao Luís Barradas que foi mais uma vez, o Super-Homem a que já nos habituou. Fez de tudo um pouco e sempre bem. Não bastou estar perfeito na logística como ainda se lembrou de andar de mota a tirar fotos, distribuir águas aos mais aflitos e fazer mais mil e uma coisas. Uma máquina!

Esta devo-a ao treinador João Carlos Correia do Atletismo Clube de Portalegre na esperança que o mister tenha gostado do estilo. Contrato à vista?

Na recta da meta. 1h 51m? 6º na categoria Veteranos I? 19º na Geral em 33 participantes?
Nada mal, jovem...

Mais do que motivo para comemoração em nuvens de algodão doce

À tarde foi vez da garraiada e dos novos valores da terra mostrarem o seu valor

Gula em grande, deixando bem claro porque já é um nome seguro no mundo do toureio

Chave de ouro, como é tradição, com os CantAreias (e esse novo cd? Estamos ansiosos...) e o Rancho folclórico que animaram os muitos populares que aproveitaram a noite quase estival. Os foguetes já foram vistos da caminha que o dia a seguir era de escola.
-
Ai meu S. Marcos padroeiro, até para o ano, meu santinho!

2 comentários:

Helena Barreta disse...

O que eu tenho saudades das touradas a que assisti e participei na Escusa.

O que mais aprecio nas touradas é o esforço e empenho dos forcados, gosto mesmo de ver uma boa pega.

A sua miúda vai longe.

Robson Lima disse...

Amigo Pedro, andei um tanto quanto distante ultimamente, mas já estou de volta. Adorei este post e meu destaque vai para Leonor cantando igualzinho à Xuxa, rsrss. O pai dela também fez bonito como violeiro, kkkk.
Um abraço meu grande amigo.