Nota importante do redator: texto
escrito à tarde, apenas revisto e publicado à noite, depois de muitos afazeres mundanos
mas perceberão que vale a pena ler. Ultimamente por aqui tem sido só política e
já farta de tanta conversa sobre o mesmo assunto. Este blogue já vai parecendo
o “Avante!”, jornal oficial da luta do partido comunista, só que não tão à
esquerda, camaradas!
Depois de um dia inteiro de
trabalho que começou bem cedo e só terminou agora, quando já são quase 4 da
tarde, sabem bem parar por aqui, descansar e ver o mundo ou contar ao mundo o
meu viver, depende do vosso ponto de vista. É o meu momento “Agora escolha”, o programa
televisivo na rtp da minha querida Vera Roquette que seguia sempre com grande
afinco.
Durante todo o dia, toda a
família Sobreiro esteve a trabalhar em casa. Eu, a mãe Cristina, a pequena
Alice que queria sempre colaborar em tudo (dando mais trabalho a ser domada do
que a ajudar, apesar da imagem enganadora que lhe roubei pelo telemóvel) e a
Leonor. Sim, leram bem, até a menina Leonor que habitualmente só quer MTV e
facebook, colaborou em tudo e disponibilizou-se a 100%. A minha alma ficou
parva e nem queria acreditar.
Mas, vamos por partes e
analisemos juntos o que fizemos nós durante o dia.
Começámos logo pela jardinagem,
plantando uns cactos na frente da casa. Sob as ordens da engenheira/decoradora
Cristina, colocámos uns exemplares muito bonitos, de diversa variedade que
tiveram várias origens (dados por umas, cedidos por outras, nenhuns gamados! é
bom que se saiba).
Terminado este serviço, passámos
para a zona ao lado, ainda no quintal, para o domínio da relva que estava mesmo
a necessitar uma esfrega. Só passado o período chuvoso, tendo este tempo
magnífico com muito sol e calor, nos apeteceu desfrutar destas actividades em
pleno.
A questão da relva foi dura e deu
mais trabalho do que parecia à primeira análise. Tive que a cortar e aparar mas
a mestre botânica Cris teve antes de a pentear integralmente com um pequeno
ancinho porque o musgo era muito, não deixava a respirar e crescer. Umas horas
depois, o tapete parecia outro. Na minha opinião, a relva ainda é capaz de se aguentar.
Por enquanto ainda não sucumbe ao tratamento do meu vizinho Mário que arrancou
a sua toda e a substituiu por cactos floridos. Aquele rapaz é do mais jeitoso
que pode haver e sabe fazer quase tudo bem (ginjinha, pão, cozinhados diversos,
enfim…) mas prefiro dar primeiro mais uma oportunidade à minha relvinha e ver antes
se o projeto dele cresce e fica bem, antes de avançar com o mesmo para mim.
Tratada a parte ligada ao verde,
passámos para uma área minha: a lavagem e limpeza dos carros da família. Aqui
contámos com o apoio precioso da minha filha Leonor que aqui me surpreendeu e
muito. Ainda conseguimos lavar o bolinhas antes de almoço.
Com as energias já repostas,
avancei para o Astra enquanto a Leonor ficou de limpar e aspirar o Twingo. E
não é que fez tudo bem? No final, pediu-me a nota que lhe dava pelo trabalho. Atribui-lhe
um 8 numa escala até 10. Expliquei-lhe a nota falando no jardim, para riso do
meu vizinho do outro lado da rua que ouviu a conversa. 10 era demais e não lhe
poderia atribuir tanto na primeira avaliação porque isso significava que tinha
sido perfeita. A nota 9 também era demais porque colocava a fasquia muito alta.
Como ainda que tive de dar uns retoques na limpeza do interior (aqui para nós
que ninguém nos ouve, a mãe dela também se chateia comigo porque diz que demoro
muito e também sou picuinhas nas minhas limpezas), dei-lhe um 8 e foi bem merecido
porque estava mesmo muito bem. Esta miúda vai longe.
O que realmente quero dizer é que
a minha Leonor, bonita e trabalhadora como se está a fazer vai tornar a vida do
pai, um tormento. Faço aquilo que costumo dizer sempre: mato o primeiro
pretendente e espero que a notícia se espalhe depressa. E eles dizem: “Ui, é
muita bonita mas o velho é muita mau”. Matar é melhor não porque é coisa para
dar xilindró mas dou uma malha no primeiro. Uma surra com a fivela do cinto
como se fazia dantes. Ai se dou! Mas para isto ainda é cedo porque a Leonor gosta
muito de brincar com bonecas. A recompensa que me pediu hoje pelo trabalho foi a
nova caderneta das Monster High. Bem, ela já completou a outra caderneta das
mesmas bonecas mas enquanto vai pedindo isto, não pede outras coisas mais
rocambolescas como ir ao Optimus Alive ver os Green Day, propósito para o qual
já deitou a escada. Eu já fui com ela ao Rock in Rio ver a Hannah Montana e por
ela, sou capaz disso e muito mais. Mas a questão da cadernetazinha é mais simples.
Prefiro assim. Basta ir ali à loja da Ana Boto e a questão fica resolvida.
Venha então a caderneta que a piquena
fez por merecê-la. Quem trabalha merece ser recompensado e isso é que
interessa.
2 comentários:
Lá há-de chegar o dia para a Leonor e para si também, para a mãe e nessa altura vão confiar e acreditar que a educação e o amor que lhe deram fazem-vos estar tranquilos. Com Sábados desses e com os outros tantos, de sempre, de todos os dias em que a Leonor vê esforço, trabalho, afectos, risos e brincadeiras, amor e sentido de família não há que ter que matar algum, ou só ameaçar, pronto.
Bom fim de semana.
Um abraço
Foi um sábado à maneira daqueles que cansa o físico, mas renova a mente.A família é o que fica em evidência na vida de todos nós.
Que bom estarem juntos, em equipa.Por "recochete" o meu dia vai ser cheio de sol.
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