sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Acordem-me (Wake me up)

Há muita coisa para escrever, muita coisa para deitar cá para fora, tanto em que pensar.

Mas enquanto o pau vai e vem, sempre folgam as costas. Tenho saudades disto daqui. Mas nem sempre posso vir cá. Estar vivo e em família dá muito trabalho. Chego ao final do dia quase sempre esgotado. Sem forças. Sem energia. Sem aquela energia que já tive dantes. Como se fosse um super-herói que tem a carga máxima na bateria no início da jornada diária mas que a carga se vai perdendo. No trabalho, nas relações pessoais e o que resta e chega a casa é sugado pela de 11 anos, ou esmifrado pela de 3. Ou pela de 35.


Enquanto não tenho tempo e vagar para dissecar a decisão democrática sobre o futuro do meu concelho, apetece-me falar de música. Sempre ela. Libertadora.

Apetece-me escrever sobre um tema que muitos apelidam como o tema do momento: “Wake me up” do DJ Avicci cantado pelo Aloe Blacc. Eu acho que é um dos temas senão o tema do ano. Uma letra poderosa (do Mike Einziger dos Incubus), uma melodia orelhuda (Avicii) e uma voz soul enternecedora que conhecia a cantar que precisava de um dólar.





Este sucesso tem encabeçado os tops em quase todo o mundo, com justiça.
  
Não querendo parecer o inenarrável Cleiton Basso, palestrante e escritor que me foi dado a conhecer no “Homem que mordeu o cão” do Nuno Markl que se dispõe a traduzir temas emblemáticos sobre os originais, não resisto a fazer uma perninha. A minha perninha. Ora cá vai…



“Acordem-me”

Sentindo o meu caminho pela escuridão,
Guiado pelo coração,
Não consigo dizer onde termina a viagem,
Mas sei onde começa.

Dizem-me que sou muito novo para perceber,
Que estou a viver num sonho,
Mas a vida passará por mim, se não abrir os olhos,
Sei isso bem.

Então acordem-me quando tudo acabar,
Quando for mais sábio e mais velho,
Todo este tempo eu queria descobrir-me,
E não sabia que estava perdido.

Tentei suportar o peso do mundo,
Mas tenho apenas duas mãos,
Espero ter hipótese de viajar,
Mas não tenho quaisquer planos.

Desejava poder ficar assim sempre jovem,
Sem ter medo de fechar os olhos,
A vida é um jogo feito para todos,
E o amor é um prémio.

Então acordem-me quando tudo acabar,
Quando for mais sábio e mais velho,
Todo este tempo queria descobrir-me,

E não sabia que estava perdido.

3 comentários:

zira disse...

"Não estás perdido" e a "vida é um jogo para todos" foi o que me ficou da tua tradução que o meu inglês não dava para traduzir só a ouvir. Se estivesse escrito... ainda vá que não vá... Ao menos pelo sentido ou pelo dicionário. Mas uma coisa é certa para mim expressaste tuuuudo o que te vai na alma. Deixa... o cansaço vai passar aos pouquinhos.Quando batem á nossa porta, perguntamos: Quem é? E tu és o que aqui está definido. Basta interpretar.



zira disse...

Ah!!! Eu traduzia antes pelo sentido AJUDEM-ME A LEVANTAR em vez de acordem-me. Acordado estás tu que dormiste tantos dias.Nós ajudamos a levantar-te. Eu estendo-te a mão e faço força. Tens muitos a quererem-te.Hoje e sempre.

Helena Barreta disse...

É de facto uma bonita canção, gosto muito.

Um abraço