quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Bilhete triplo para o Brasil (em 1ª Classe)







Em boa hora decidi ver o jogo com amigos, num ambiente verdadeiramente familiar, na resistente Real Tertúlia do Camarão de Marvão, agora adaptada aos ventos de suão da Troika. Tertúlia resistente apesar dos difíceis novos tempos.

O jogo começou com espaços, a medo, com as equipas a medirem-se à distância.

Depois o Ronaldo marcou e tudo ficou mais fácil. Parecia que iria ser tranquilo até ao final. Bastava deixar o tempo passar.

Depois o gigante Ibrahimovic fez das suas e ameaçou o nosso sonho brazuca. Começámos a ficar piquininos, sem pio, a respirar fininho só pelo canto da boca. A medo… 

"Tu queres ver?... Ai..."

Até que rompeu um Cristiano Ronaldo demolidor. Uma força avassaladora que tudo arrasou. Desfez um estádio, um país e uma campanha ridícula de uma multinacional de refrigerantes que teve um erro lamentável e inadmissível.

Enquanto me encaminhava a pé para “O Adro” fui pensando na noite fria que os grandes homens vêem-se nos grandes momentos. Ou estão à altura, ou ficam pelo caminho. 

Assim foi.

Não tendo que provar nada a ninguém, Ronaldo reconquistou o Brasil, 500 anos depois do meu homónimo. Em apenas 90 minutos, numa exibição de sonho que lhe valeu a classificação máxima de “A BOLA” (nota 10/10 que poucas vezes me lembro de ter visto…), reconquistou o respeito de todo o mundo do futebol, fez crescer imenso a auto estima de um país (desgraçado que tem andado pelas ruas da amargura) e escreveu uma das mais belas páginas de ouro da história do nosso  futebol.

Grande gaiatão. Belo rapagão. Em vez deste nome renhónhó que a Tia Dolores lhe deu para homenagear a eleição do presidente Reagan (Ronald Reagan), haveria era de se chamar Viriato, para fazer bater o nome com a sua figura e performance.

Contudo, este é o melhor dos Cristianos Ronaldos, com 66 golos em 55 jogos. Veremos se a alcunha de “Comandante” chega para “a pulga” argentina.


Este é Cristiano é o melhor do Mundo. (ponto final). 

Venha a bola de Ouro! (ou a porra e ou os gajos são cegos?!?!?”)

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