segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sporting a cantar de galo


Sporting a cantar de galo
(pouco tempo antes da missa do primo. Numa altura do ano em que já costuma estar tostado depois de ter feito canjinha)


Eu gosto de bola. Curto ver um jogo de futebol, prontos. São 90 minutos bem passados. Quando o jogo é bom, bem disputado, o tempo não custa a passar. Se for à maneira, com as defesas abertas, apostando no ataque, à boa maneira britânica… então é do tipo rollercoaster ride. Sempre à abrir. Se for assim uma cena à italiana, uns fechados lá atrás, outros sempre em bloco… é mais aborrecido. Não sou entendido da matéria, eu sei. Nunca joguei a sério, nunca brilhei. O Bugalhão acusa-me sempre de ter ido ver de mim à Beirã para jogar no Arenense e eu lhe ter dito que “não pá… eu é mais discotecas e música e gaijas” e assim me transformei no Vitor Batista do GDA. O mais longe que cheguei for jogar no torneio estival com os COUVE ROXA dos quais fui fundador, com os refundidos que não eram convidados para jogar em nenhuma outra equipa. Depois fundiram-se com uma congénere do mesmo calibre, os VOLKSWAGEN originando os COUVE SELVAGEM, tipo uma selecção do Resto do Mundo versão pior de Santo António que só durou uma temporada vai lá Deus saber porquê.


Passemos adiante para dizer que hoje, depois de muito tempo, depois de se calhar mais de 1 mês, vi um jogo de futebol com atenção. Calado, a pensar no que via, a tentar ler o jogo, passei assim o período entre as 17.45h e o jantar. Dantes, antes da Troika, era assinante da Sport tv. É certo que aquela merda tinha programas e jogos em demasia. É certo que apenas via o Benfica e pouco mais. Agora que o Benfica tem um canal próprio mais barato, nem a isso chego. Dantes era sócio e dei-lhes dinheiro. Agora nem esse canal barato pago e vejo na Sport tv dos pobres mas espertos, numa palavra que começa pela letra i, termina na letra t e pelo meio tem as letras nterne.


Mas o jogo prometia. Caso ganhasse, o Sporting classificar-se-ia em primeiro lugar isolado no campeonato, 9 anos depois disso ter acontecido pela última vez. Mas para o fazer tinha que vencer um Gil Vicente motivadíssimo que ocupava o 4º lugar e não perdia em casa há sei lá quantas jornadas. Antevia-se um choque duro e entretido de ver.


O Sporting entrou respeitoso, comedido, a espaços, gerindo bem o jogo, controlando-o à distância. Foi dominando lentamente, sem sobressalto e Montero marcou num lance de goleador. Passados 15 minutos aproveitou o oportuno e concretizou. Fez o que se pede a um avançado: mata quando tem de matar.


Os lagart (ai! Desculpem… não é defeito, é feitio…) O Sporting (assim é que é) foi gerindo a magra vantagem sem grandes sobressaltos. Quando o Gil tentou subir, a mais que certa expulsão do gigante cabo verdeano Pecks, partiu a equipa e deitou por terra os sonhos de um mal menor.


Em futebol, quando não se marca… e aqui foi o inevitável Montero, sempre elegante, sempre a desfilar que empurrou as esperanças dos galorôs, num segundo tento em que estava claramente dentro de jogo.


Qual é o balanço do vosso Tio Sabi depois do visionamento deste desafio? É que a equipa portuguesa que está mais perto de se poder vir a sagrar campeã nacional é o Sporting. E porquê? perguntam vocês, sentando-vos no meu colinho.


O Tio explica: O Benfica está queimado. Cada dia que o JJ passa lá a mais, é um dia a mais que passa. O prazo daquele homem já se expirou há 2 ou 3 temporadas e na última chegou mesmo a azedar de tantos resíduos radioativos que contém. Eu quero lá saber se ele ia para o Porto se o despedíssemos ou para o raio que o parta com uma faísca no centro daquela melena desgrenhada. Se eu fosse presidente, chamava-o ao gabinete e apenas lhe dizia: “foste.” Mas o Kaddaffi dos pneus… ...


O Porto não está muito melhor e o problema também passa pelo treinador. O Paulo é bom rapaz, já tem a vacina rábica nortenha dada pelo Pintinho mas vai criando alguns ou muitos anticorpos à volta. Não o querem lá e a coisa começa a complicar. Ou o Papa dos 300 nortenho o mantém lá e adia a desgraça, o que lhe pode arruinar o campeonato, ou concede que errou e aí as coisas podem mudar, mudando de treinador. Tem lá muitos e bons mas levaram-lhe o Moutinho e o James e a meia equipa que eles valem.  


Dois grande estão adiados. O campo está aberto para o 3º grande que corre por fora e diz que não quer ser candidato, o que é o assumir de um low-profile complicado.


O Sporting é A equipa. Equipa com A grande. Competência e combatividade. Jardim dá instruções para os seus soldados no terreno. Dá gosto vê-lo trabalhar porque sabe o que está a fazer. Não se mete aos gritos feita maluca a barafustar sei lá com quem como o nosso; nem se mete a inventar o futebol com rabiscos em folhinhas com os adjuntos como lá o de cima, querendo inventar o que já foi inventado há muito tempo.


Isto promete. É que os ciganos também não gostam de ver bons princípios aos filhos… dos outros!


A reportagem feita com fotos e vídeos por quem sabe e vive disto, aqui:




Em homenagem ao que vi e escrevi, um tema dos Beloved dedicado aos meus sportinguistas do meu coração: um que já cá não está entre nós encorpado, ao meu irmão que lhe sucede na linha dinástica sportinguista, à minha madrinha Fátima e a todos que prezo como amigos: o meu colega João Correia, os manos Costa (José Carlos e Artur), Rui Boto, Cláudio Gordo, o menino Arturzinho e acho que não me esqueci de nenhum porque cada vez são menos… até aqui! A continuar assim…



2 comentários:

John The Revelator disse...

Jogo a jogo... as contas no final. Só faltou dizer que isto tudo se deve a uma pessoa chamada Bruno Carvalho. Graças a ele, o Sporting é nosso outra vez. Abraço.

Helena Barreta disse...

O Sporting está, novamente, no bom caminho.

Um abraço