quinta-feira, 14 de abril de 2016

Cair... de PÉ! (como as árvores)




Em relação a futebol, e em particular, ao jogo de hoje, só trabalho com dados objetivos. Isto porque a questão da emoção, entra no domínio da paixão e essa, por mim e para mim, é por demais por todos conhecida.

Então vamos a eles.

O Benfica envergonhou?
Não envergonhou. Chegou a deslumbrar e a encher-nos a todos nós de esperança quando o improvável titular Jiménez, saltou entre 3 torres germânicas e bateu o gigante Neuer, Kaiser titularíssimo da seleção alemã.


A luz, repleta de papoilas saltitantes, (entre as quais estavam os meus parceiros de sempre, que daqui foram de excursão ter com o diretor financeiro da Casa do Benfica de Vendas Novas, o meu querido Dr. Felino, para almoçar,) voltou a acreditar.

Eu não fui porque tenho a experiência da última vez que a ressaca não se deve só ao álcool, mas também aos abusos do físico e da viagem tão longa e cansativa. Depois, à carteira, também não me dava muito jeito ir e para quem tem duas filhas em idade escolar, a mais velha com aparelhos de ajustes à cremalheira algo avultados, estas veleidades são excêntridades incomportáveis.

Eles tiveram certamente pena de não irem acompanhados da minha loucura bem disposta e para mim… foi um dia algo difícil de passar.

Ao primeiro golo, quando a esperança se reacendeu, o meu mano Dias disse-me por sms que “à meia não me falhas cá”. Eu respondi, “claro que sim!”, mas a passagem ter-me-ia metido num imbróglio algo difícil de resolver porque o meu colega que me chefia, me prometeu que me levava lá.


É... os gajos não brincam...

Aguentá-mo-nos... sempre firmes e hirtos

O desfecho acabou por resolver a questão. Acho que foi assim, por isso. Para me descomplicar a vida.

Diga-se de passagem que a massa adepta, que tive oportunidade de apreciar na televisão, foi absolutamente impressionante e por demais evidente, na força que tem para impelir os jogadores para a frente.

O bom do Eliseu, que não deixa de ser um grande cepozorro, apesar do majestático centro que fez para o primeiro golo, influiu no lance do 1º deles e borrou a pintura toda.




Se com o 0-1 que tínhamos trazido da Alemanha, era difícil resistir, com o 1-1 cá, o filme de horror era brutal.

Se mau era, com o 2-1, impressionante a forma como é consentido, ficava tridimensional. Mesmo mau demais.

Tudo aquilo que antevi, quando fui à do meu Choca tomar não a imperial babosa, como era hábito, mas a média preta sem álcool, como tem de ser sempre agora: biberão sem chumbo. Sem Gaitán, sem Jonas, sem Barba de Chibato, mas a gente joga com quem contra este letal submarino. Com o Pietra?

A equipa mostrou uma personalidade e uma postura de ser… uma grande equipa. Não estão os habituais grandes mas está o Zé e o Maneli (do outro) e o Benfica está lá, entre as 8 melhores equipas da Europa. Em 1º da sua 1ª divisão e ainda assim, entre os 8 mais grandes do velho continente.



Rui Vitória mexeu na equipa e lançou o menino que tinha andado a comer das lixeiras que fez um golo, de levantar o estádio e eu imagino a noite de glória e esperança que viveram os meus amigos nesses momentos.

Infelizmente não chegou mas a minha equipa morreu como as árvores: de pé.

Com 500.000 € mais no bolso. Sempre dá para ir comprar umas bifanas à rulote da Casa de banho na 2ª circular, mais acima.

Dos outros? Dos fracos? Desses não reza a história. Já lá estiveram mas… os outros, com bigode de visconde… gostavam. Eu sei. Mas não é para quem quer. É para quem consegue.

Olhem, quem se amola é o meu amigo Romaninga que apostou comigo que a minha equipa passava e, se assim fosse, eu ficava de lhe pagar 3 empadas do “Mimo da Aldeia” para beber o branquinho amanhã.

Mas eu vou surpreendê-lo. Vou ligar para o João Paulo amanhã e pedir-lhe que lhes leve lá as ditas cujas que à tarde faço contas com ele. A bola é apenas um convívio salutar para brincarmos. Nunca para gerarmos ódios que a vida é tão curta e difícil.

O meu Benfica perdeu bem. Viva o Benfica!





Post dedicado aos meus companheiros que agora vêm em viagem. Que Deus os proteja.

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