terça-feira, 26 de abril de 2016

Não custa nada, ser bem educado, ser bem educado, ser bem educadooooooo





Num jantar de domingo do São Marcos 2016, comigo e com a mãe, depois de a ir apanhar à garraiada a que foi acompanhada com a mãe do amigo António (que eu ainda tolero touradas a sério, mas não tenho a mais menor paciência para ir ver meia dúzia de “valentes”? a esgarrarem da vaca), ela insistia em comer o franguinho assado que fomos buscar à velhaca (D.ª Estrela algarvia do snack bar “O Adro”) com os talheres trocados:

- Alice, filha… o pai já te disse muitas vezes que os talheres não se usam assim. O garfinho fica na mão esquerda e na direita, a faquinha…

De pé automaticamente, com pose fleumática e intempestiva:

- TU… OUTRA VEZ COM AS TUAS MANIAS! JÁ VENS COM AS TUAS COISAS!!!

A mãe Cristina: “Alice, o pai está a ensinar-te! Tu não queres aprender?

- OLHA! FICAS SABENDO QUE EU COMO SEMPRE ASSIM!!! DESDE OS MEUS 3 ANOS!!!!

E sai-me porta fora para a sala, a abanar os caracóis…

Eu boquiaberto, olho sem ação para a mãe. Fico sem força…

A Alice regressa escassos minutos depois.

(Vem pedir desculpa, por certo!)

Com ar zangado, enche a mão com um punhado de bayatas fritas e sai para a sala. A comer como se fosse um pequeno animal selvagem.

Aí desliguei o fusível e já foi a mãe, que trata da roupa e da lavagem dos pijamas e das nódoas, a gritar.

Alice, este cavalinho selvagem com apenas 6 anos. E com mais 10?


Medo!


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