segunda-feira, 19 de março de 2018

Se filho és, pai serás. O meu 16º Dia do Pai









Claro que o Sr. Sizzle tinha de entrar na foto...

De todos os papéis que desempenho na minha vida (marido, filho, genro, cunhado, sobrinho, amigo, colega, benfiquista…” ser pai é aquele que mais valorizo, e dou uma importância maior. As duas criaturas, filhas do amor, que ajudei a colocar nesta bela embrulhada, chamada vida; são, com todos os seus defeitos, e imperfeições, as minhas absolutas obras-primas, sempre em mutação.


Como ele canta magistralmente aqui, são essas pérolas, esses outros “eus”, aos quais podemos transmitir a força das nossa paixões e convicções, que nos permitem pensar que são a forma ideal para dizermos à vida, que esta não é uma perda.

É um prazer tremendo, para quem sempre viveu como pavor de não conseguir ter filhos, ou de estar junto a alguém que fosse incompatível comigo (porque achar quem o fosse, é que foi raro! Tal é o feitio do bízaro…); ter gerado, viver junto, rir com, ver dormir descansadinhas, estas duas princesas.

Agradeço sempre, tanto, todos os dias. E é tão bom…







No passeio desta tarde, com o Sr. Sizzzle

Já vai fazer no dia 3 de Junho, 24 anos que foi na nossa frente. Mas ainda hoje, para mim, pai não sou eu. É ele. E é nessa galeria imensa de saudade, e lamento, que percorro tantas vezes, as memórias, em busca de uma que me faça sorrir, e ficar menos mal com a distância. Dele, o melhor feedback, é o carinho com que o recordam. Sempre bem disposto, cómico, musical (sempre com a viola, ou a harmónica atrás), tinha o dom de, junto a si, ninguém poder estar triste. 



E o comentário, ao seu melhor estilo

Sentado, à direita do condutor...


No gabinete de ajudante despachante, na estação da Beirã, onde trabalhava .
Foto tirada...ontem.
O tempo... é uma voragem.

No seu habitat ideal: à mesa, com amigos, comendo (pouco. Era pisco), bebendo (sempre benzinho, por forma a não passar sede), de cigarrilha nos queixos, e ar triunfante.
Ladeado pelos seus bons e saudosos amigos, já falecidos: Sr. Sabino (à esquerda, de óculos. Um companheirão. Quando era altura das favas, que o meu pai adorava, e a minha mãe, por não gostar, não sabia cozinhar; fazia da casa deste, a sua cantina); o Sr. Duarte de Almeida (entre os dois, a rir. Também ele despachante, e uma classe de homem), e o Sr. Pereira (o único que ainda pertence ao nosso mundo dos vivos.)

Até um dia, pai, Pai, que ambos queremos que seja distante. A eternidade, dará tempo para muita coisa. Sai um sorriso dos teus, por favor. Com tique do bigode, claro está… isso!

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