Uma das minhas grande preocupações enquanto Vereador da Cultura e da Juventude é arranjar ocupação para os miúdos nos Tempos Livres. È por esse motivo que introduzimos o Judo, o Ballet, o Hip-Hop. É essa a razão porque duplicámos os alunos da Escola de Música. É por isso que divulgamos o Arenense, criámos uma aula específica de introdução à natação e fizemos no passado domingo um Workshop de Teatro.
É muito importante que os miúdos saiam de casa, larguem as Playstations e os Pcs, deixem os bares e os cafés e se recriem e convivam uns com os outros.
Porquê um workshop de Teatro? A vontade secreta por detrás desta apresentação era conseguir um número de pessoas suficiente e suficientemente motivadas para dar início a um grupo de teatro amador em Marvão.
Esta era uma que eu já tinha fisgada há muito tempo. Numa reunião que tive com a Susana Teixeira, actriz profissional do Teatro de Portalegre e residente no concelho, lancei-lhe o desafio e ela aceitou. Esperámos meses para a altura certa e esse momento foi no domingo passado.
Distribuímos folhetos por todo o concelho, demos um a cada aluno das nossas escolas e fizemos a divulgação possível, incluindo via net.
Mas nem ela, nem eu sabíamos ao certo para o que íamos e o que nos esperava em termos de aceitação.
Compareceram mais de 30 interessados, sobretudo jovens em idade escolar e uma rapariga que já é mãe e chefe de família e que eu não esperava nada encontrar ali.
A Susana, sempre simpática e bem disposta, mandou-os sentar à nossa volta e distribuiu uma ficha para colocarem os seus elementos pessoais e para responderem a uma pergunta: o Teatro porquê?
Uns responderam: porque sim. Outros: porque gosto. Outros ainda: porque deve de ser bom. A essa rapariga, a Susana perguntou pessoalmente: “porquê?”.
E ela respondeu que o teatro é a grande paixão da sua vida. Que já tinha feito cursos e estudado nessa área com actores da nossa região e depois engravidou e casou e veio para Santo António e o teatro ficou para trás.
A Susana quis ir mais fundo. “Gostas mesmo muito?”. E ela respondeu com os olhos a brilhar “mesmo muito”. E a Susana disse-lhe “não me digas isso com esse ar que eu comovo-me”. Ela respondeu: “eu já estou”.
E eu, que estava ali ao lado, senti um arrepio na espinha.
Aquilo fez-me lembrar “O Clube dos Poetas Mortos” e pensar que quantas pessoas não haverá aqui à nossa volta com paixões assim por resolver e vivem oprimidas e reclusas das vidas que se apoderaram delas.
O resto não ajudou muito. Os horários dos miúdos não batem certo com o dela e nós tivemos que nos adaptar à maioria. Mas a Susana tranquilizou-a e disse-lhe que ia arranjar maneira de ela não ficar de fora. Eu também fiquei mais descansado.
Só desejo mesmo muito que este grupo avance, se solidifique e cresça. Que venham ainda mais pessoas e que mostrem o seu trabalho assim que possível. Quero tanto que isto dê frutos e se possível que ela tenha o papel com que sempre sonhou, que brilhe bem alto e seja feliz como nunca a fazer o que mesmo gosta.
Assim vale a pena!
É muito importante que os miúdos saiam de casa, larguem as Playstations e os Pcs, deixem os bares e os cafés e se recriem e convivam uns com os outros.
Porquê um workshop de Teatro? A vontade secreta por detrás desta apresentação era conseguir um número de pessoas suficiente e suficientemente motivadas para dar início a um grupo de teatro amador em Marvão.
Esta era uma que eu já tinha fisgada há muito tempo. Numa reunião que tive com a Susana Teixeira, actriz profissional do Teatro de Portalegre e residente no concelho, lancei-lhe o desafio e ela aceitou. Esperámos meses para a altura certa e esse momento foi no domingo passado.
Distribuímos folhetos por todo o concelho, demos um a cada aluno das nossas escolas e fizemos a divulgação possível, incluindo via net.
Mas nem ela, nem eu sabíamos ao certo para o que íamos e o que nos esperava em termos de aceitação.
Compareceram mais de 30 interessados, sobretudo jovens em idade escolar e uma rapariga que já é mãe e chefe de família e que eu não esperava nada encontrar ali.
A Susana, sempre simpática e bem disposta, mandou-os sentar à nossa volta e distribuiu uma ficha para colocarem os seus elementos pessoais e para responderem a uma pergunta: o Teatro porquê?
Uns responderam: porque sim. Outros: porque gosto. Outros ainda: porque deve de ser bom. A essa rapariga, a Susana perguntou pessoalmente: “porquê?”.
E ela respondeu que o teatro é a grande paixão da sua vida. Que já tinha feito cursos e estudado nessa área com actores da nossa região e depois engravidou e casou e veio para Santo António e o teatro ficou para trás.
A Susana quis ir mais fundo. “Gostas mesmo muito?”. E ela respondeu com os olhos a brilhar “mesmo muito”. E a Susana disse-lhe “não me digas isso com esse ar que eu comovo-me”. Ela respondeu: “eu já estou”.
E eu, que estava ali ao lado, senti um arrepio na espinha.
Aquilo fez-me lembrar “O Clube dos Poetas Mortos” e pensar que quantas pessoas não haverá aqui à nossa volta com paixões assim por resolver e vivem oprimidas e reclusas das vidas que se apoderaram delas.
O resto não ajudou muito. Os horários dos miúdos não batem certo com o dela e nós tivemos que nos adaptar à maioria. Mas a Susana tranquilizou-a e disse-lhe que ia arranjar maneira de ela não ficar de fora. Eu também fiquei mais descansado.
Só desejo mesmo muito que este grupo avance, se solidifique e cresça. Que venham ainda mais pessoas e que mostrem o seu trabalho assim que possível. Quero tanto que isto dê frutos e se possível que ela tenha o papel com que sempre sonhou, que brilhe bem alto e seja feliz como nunca a fazer o que mesmo gosta.
Assim vale a pena!
5 comentários:
eh lá!
excelente iniciativa! agora guardem a emotividade para o que faz falta, que é interpretar, dirigir, representar. qt ao resto ajam com método e com alguma frieza. para que a coisa agarre mesmo, e o teatro possa ser tb uma mais valia da cultura do concelho.
abraço. vais ver que tudo se há-de compor a preceito, e um dia destes até conseguem uma programação regular de teatro em Marvão.
Viva. O bicho picou outra vez e cá apareço eu a pregar. A motivação para este comentário surgiu enquanto via um magnifico documentário no Canal 2 sobre kuduro em Luanda. Pode parecer estranho mas a minha mente levantou voo ao som do ritmo frenético desta música, e os dançarinos que via na televisão (crianças e outras criaturas singulares, mas com mais nível do aqueles que o Herman levava ao programa)aterraram no palco do Marvão Rockfest, onde assisti à actuação dos Nigga Poison. Percebi que estes são dignos executantes desta manifestação popular africana, que vai contagiando a malta muiticolor de todo o mundo. Esta viagem estupenda levou-me a recordar que queria ler o blog do Amigo, de quem desde essa noite só tenho notícias por esta via.
E ainda bem que o fiz. Fiquei muito feliz ao ler este texto. O teatro, é mais magnifica das artes. Para quem faz e para quem vê. Uma peça de teatro pode resumir todas as linguagens, todas as artes e todos os ofícios. Uma aposta em criar um grupo de teatro amador ou uma classe de teatro na escola são decisões muito acertadas. Não faltarão nos dias que correm artistas para as necessidades de montar um projecto destes. Havendo condições mínimas e o apoio de profissionais acho que é tudo uma questão de ânimo. Seria magnifico reescrever páginas bonitas da história do Concelho, contadas em dias de estreia de peças com dois actos e interlúdio musical.
Um abraço do Jaime Miranda
E eu que amo Marvão, acredito que lá do alto se avista o mundo.. Bendita sensação de liberdade.um abraço.
A “MARCA MARVÃO…”
Pois é meus amigos, parece que não é apenas este espaço, que parece ter “ideias”…
Hoje ao consultar o “da Guarita”, Blog oficial do municio de Marvão, deparei-me com o seguinte “post”, que não quis deixar de partilhar com os “clientes” aqui da “tasca do ti Sabi”, por me parecer que tem sido uma das ideias aqui abordadas. Portanto com as desculpas aos autores do Blog supra citado, aqui vai para conhecimento da clientela cá da casa:
A MARCA MARVÃO - NOVA IMAGEM DO MUNICÍPIO DE MARVÃO
A Câmara Municipal de Marvão deu início, em parceria com a EVOL – Design Global, à criação e concepção da marca Marvão.
A criação da marca Marvão tem como objectivo promover o Concelho em todo o seu esplendor. A Vila de Marvão comporta características muito singulares que devem ser conhecidas e reconhecidas. É objectivo da marca Marvão envolver não só a comunidade local, como valorizar o património natural e histórico do qual os marvanenses se orgulham e sempre lutaram por preservar.
“Marvão é uma vila de sonhos, de histórias antigas, sábias gentes e de um património inigualável.”, diz o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Marvão, Eng.º Victor Frutuoso. “Pelo nosso passado, presente e futuro, afirmamos ser importante uma imagem que defina Marvão e que promova o Município, nacional e internacionalmente”, conclui.
Marvão, uma vila de património autêntico, quase tocada pelos céus, incólume aos momentos históricos que viveu, pretende mostrar-se agora em todas as suas vertentes.
Segundo André Rocha, Director Criativo da EVOL – Design Global, “A EVOL encara este projecto como uma excelente oportunidade de consolidação da experiência acumulada em trabalho institucional”. O mesmo refere ainda que “É um privilégio trabalhar com a equipa do Município, tão empenhada em potenciar sustentavelmente um dos mais preservados tesouros de Portugal”.
A marca Marvão encontra-se nesta fase em preparação de conceito e imagem, sendo que se prevê o seu lançamento para o início de 2008
João Bugalhão
acrescento eu,
a EVOL não brinca em serviço, e Marvão, não tarda nada, é património mundial ou da humanidade ou outra qq designação importante (sinceramente) atribuída pela UNESCO.
tb a EVOL tem vantagens em associar o seu nome a Marvão. e é por aí que se pode ver, também, a importância da marca Marvão. para os marvanenses e para os portugueses.
bom coment tio. será por isso que somos 'meio irmões'?
cumps
ps. mas não vamos, neste post, começar outra vez, pois não?
bute p'ró blog de Marvão, enfegar a coisa?
ou estamos a brincar com coisas sérias?
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