A primeira vez que vi a Nena coincidiu com a primeira vez que me senti mesmo homem. Foi também a primeira vez que senti que um dia havia de engravidar alguém. Tinha 10 anos.
Ainda hoje me aparece fugazmente em sonhos e ainda hoje não consigo explicar o que vejo na mulher mas não lhe consigo resistir. Não sei se são os olhos, as argolas de prata, o penteado ou a penugem debaixo dos braços mas há algo ali de puro fascínio feminino.
Reparem no vídeo e na forma como dança ao som do baixo, meneando as ancas dentro das calcinhas de cabedal preto, batendo os pezinhos e desafiando os colegas. Eu não me aguentaria um segundo…
A Nena era sempre capa da Bravo que eu comprava nas papelarias da Carreira de Cima. A Bravo era uma revista alemã da qual não conseguíamos compreender uma beata mas isso não importava nada desde que trouxesse os posters e os autocolantes. Eu tinha um da Nena no quarto, bem gigante e antes de adormecer, aqueles lábios carnudos e vermelhos dirigiam-se a mim e beijavam-me como prelúdio dos sonhos mais cor-de-rosa.
Se aquela mulher me aparecesse à frente nessa altura, eu tinha largado a escola e fugido com ela para o rio como os casais faziam na altura quando os pais não aprovavam o namoro. Fugiam, desapareciam durante dois ou três dias e depois casavam-se. Era tipo uma prova de sobrevivência. Se fugissem e não morressem de fome ou frio, ganhavam o direito a casar. Puro Neolítico!
A Nena, a Nena, a Nena… Acho que quem de nós tinha o disco era o meu amigo Zé do Pop que nessa altura ainda não tinha assim sido baptizado pelo meu pai. Nessa altura era só Zé Dias e eu invejava-o não só por este disco mas também porque tinha o “Amadeus” do Falco. Outra pérola absoluta embora eu, entre a Nena e o Falco, porra! Era sem espinhas!
Os anos 80 eram assim… absolutamente irrepetíveis e só nos anos 80 era possível que uma música sobre 99 balões vermelhos rebentasse com todos os tops da Europa. Na altura eu não percebia um camandro da letra mas o que interessava mesmo era o ritmo. E que linha de baixo! Que sintetizador! Descobri anos depois que aquilo tinha a ver com a guerra nuclear e mais não sei quê mas isso em nada acrescentou à história.
A Nena, a Kim Wilde (boa!) e a Samantha Fox (bellíssima!) foram as tigresas da minha pré-adolescência.
Volúpia e desejo.
Gggggggggggrrrrrrrraaaaaaaaaaauuuuuuuuu!
O senhor esteja convosco e que nunca vos falte nada.
Maravilhosas!
Neste fim-de-semana… Top Disco com “Nena” e “99 Red Ballons”.
Salut! Les copins.
Ainda hoje me aparece fugazmente em sonhos e ainda hoje não consigo explicar o que vejo na mulher mas não lhe consigo resistir. Não sei se são os olhos, as argolas de prata, o penteado ou a penugem debaixo dos braços mas há algo ali de puro fascínio feminino.
Reparem no vídeo e na forma como dança ao som do baixo, meneando as ancas dentro das calcinhas de cabedal preto, batendo os pezinhos e desafiando os colegas. Eu não me aguentaria um segundo…
A Nena era sempre capa da Bravo que eu comprava nas papelarias da Carreira de Cima. A Bravo era uma revista alemã da qual não conseguíamos compreender uma beata mas isso não importava nada desde que trouxesse os posters e os autocolantes. Eu tinha um da Nena no quarto, bem gigante e antes de adormecer, aqueles lábios carnudos e vermelhos dirigiam-se a mim e beijavam-me como prelúdio dos sonhos mais cor-de-rosa.
Se aquela mulher me aparecesse à frente nessa altura, eu tinha largado a escola e fugido com ela para o rio como os casais faziam na altura quando os pais não aprovavam o namoro. Fugiam, desapareciam durante dois ou três dias e depois casavam-se. Era tipo uma prova de sobrevivência. Se fugissem e não morressem de fome ou frio, ganhavam o direito a casar. Puro Neolítico!
A Nena, a Nena, a Nena… Acho que quem de nós tinha o disco era o meu amigo Zé do Pop que nessa altura ainda não tinha assim sido baptizado pelo meu pai. Nessa altura era só Zé Dias e eu invejava-o não só por este disco mas também porque tinha o “Amadeus” do Falco. Outra pérola absoluta embora eu, entre a Nena e o Falco, porra! Era sem espinhas!
Os anos 80 eram assim… absolutamente irrepetíveis e só nos anos 80 era possível que uma música sobre 99 balões vermelhos rebentasse com todos os tops da Europa. Na altura eu não percebia um camandro da letra mas o que interessava mesmo era o ritmo. E que linha de baixo! Que sintetizador! Descobri anos depois que aquilo tinha a ver com a guerra nuclear e mais não sei quê mas isso em nada acrescentou à história.
A Nena, a Kim Wilde (boa!) e a Samantha Fox (bellíssima!) foram as tigresas da minha pré-adolescência.
Volúpia e desejo.
Gggggggggggrrrrrrrraaaaaaaaaaauuuuuuuuu!
O senhor esteja convosco e que nunca vos falte nada.
Maravilhosas!
Neste fim-de-semana… Top Disco com “Nena” e “99 Red Ballons”.
Salut! Les copins.
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