A semana que passou foi rica em acontecimentos nacionais e catástrofes internacionais mas de tudo o que eu vi nas notícias, do que mais gostei, para além da máscara de Carnaval que a Manuel Moura Guedes usa nesta nova encarnação televisiva, foi do episódio do cigarro do Sócrates.
O Sócrates é realmente um tipo fora-de-série e eu até compreendo que os líderes do PSD se auto-aniquilem perante ele. Não deve ser fácil ser oposição com este gajo.
Dizem as crónicas que quando atravessava o Atlântico ruma à Venezuela, o nosso Zé decidiu acender “uma baja” e “esbajear” um cigarrãozão em pleno voo. O rapaz é bem disposto, o rapaz estava à vontade e ia-se lá agora importar que a bordo seguissem também jornalistas e empresários que podiam não achar piada nenhuma a esta libertinagem? Mas o povo é velhaco, a coisa correu mal e alguém deu “com a boca no trombone” colocando o nosso PM em maus lençóis.
Agora vejam bem a ingratidão da coisa! O nosso Zé deu boleia àquela rapaziada toda para que pudessem fazer pela vida, noticiando ou negociando, e os grandes cabrões cuspiram na mão que lhes deu de comer.
Não se faz!
Apanhado neste imbróglio que a muitos assustaria, o nosso Zé jogou com a habitual tranquilidade e foi com cara de menino de coro e com a sua habitual naturalidade que fez o “mea culpa”. Bateu com a mãozita no peito, pediu perdão e deu a estocada final:
Como quem disse, “vejam bem esta pardalada a incomodar-me por causa dos cigarros”, chegou-se aos micros e anunciou: “Caros Portugueses, garanto-vos que nunca mais voltarei a fazer o mesmo porque decidi deixar de fumar”.
Vejam bem o nível! Ai querem guerra? Então fiquem com os cigarros todos! Bem José!
E fez mais! Dias depois, quando chegou com duas horas de atraso a um encontro de militantes socialistas em Braga, por ter passado pelas urgências do Hospital de Santo António no Porto a causa de um estado febril provocado por sintomas pré-gripais; usou uma ironia de fino recorte dizendo que o caso não era de cuidados e que também podiam descansar, uma vez que não se tratava de alguma síndrome de abstinência relativamente ao facto de há cinco dias não fumar.
Espertalhão, o bicho! Fica lá a remoê-las e quando pode, ferra a picada.
O gajo está forte e resiste e da maneira como corre, dificilmente sairá do poleiro como o Salazar. Este é muito pouco provável que caia da cadeira e nem nós queremos isso.
Há que saber lidar com ele, não fazer cedências e muito menos menosprezá-lo porque sabe bem o que anda cá a fazer.
O Sócrates é realmente um tipo fora-de-série e eu até compreendo que os líderes do PSD se auto-aniquilem perante ele. Não deve ser fácil ser oposição com este gajo.
Dizem as crónicas que quando atravessava o Atlântico ruma à Venezuela, o nosso Zé decidiu acender “uma baja” e “esbajear” um cigarrãozão em pleno voo. O rapaz é bem disposto, o rapaz estava à vontade e ia-se lá agora importar que a bordo seguissem também jornalistas e empresários que podiam não achar piada nenhuma a esta libertinagem? Mas o povo é velhaco, a coisa correu mal e alguém deu “com a boca no trombone” colocando o nosso PM em maus lençóis.
Agora vejam bem a ingratidão da coisa! O nosso Zé deu boleia àquela rapaziada toda para que pudessem fazer pela vida, noticiando ou negociando, e os grandes cabrões cuspiram na mão que lhes deu de comer.
Não se faz!
Apanhado neste imbróglio que a muitos assustaria, o nosso Zé jogou com a habitual tranquilidade e foi com cara de menino de coro e com a sua habitual naturalidade que fez o “mea culpa”. Bateu com a mãozita no peito, pediu perdão e deu a estocada final:
Como quem disse, “vejam bem esta pardalada a incomodar-me por causa dos cigarros”, chegou-se aos micros e anunciou: “Caros Portugueses, garanto-vos que nunca mais voltarei a fazer o mesmo porque decidi deixar de fumar”.
Vejam bem o nível! Ai querem guerra? Então fiquem com os cigarros todos! Bem José!
E fez mais! Dias depois, quando chegou com duas horas de atraso a um encontro de militantes socialistas em Braga, por ter passado pelas urgências do Hospital de Santo António no Porto a causa de um estado febril provocado por sintomas pré-gripais; usou uma ironia de fino recorte dizendo que o caso não era de cuidados e que também podiam descansar, uma vez que não se tratava de alguma síndrome de abstinência relativamente ao facto de há cinco dias não fumar.
Espertalhão, o bicho! Fica lá a remoê-las e quando pode, ferra a picada.
O gajo está forte e resiste e da maneira como corre, dificilmente sairá do poleiro como o Salazar. Este é muito pouco provável que caia da cadeira e nem nós queremos isso.
Há que saber lidar com ele, não fazer cedências e muito menos menosprezá-lo porque sabe bem o que anda cá a fazer.
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Bestial o cartoon de António Jorge Gonçalves para o Inimigo Público nº 243
Mamando o ouro negro com a "baja" detrás das costas...
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