quinta-feira, 16 de maio de 2013

Esperança contra a maldição




Algumas boas horas depois… depois de muita quebra de luz, muita falha de internet, muito frio e quando já é noite (sem nada! Não temos nada. Parece que estamos na sibéria!), acho que já quero escrever sobre a bola de ontem. Eu quero falar e quem vem aqui à minha tasca virtual quer ler. Quem quer um carapulo tinto cheio até ao cimo aprochegue-se. Enquanto sirvo o copo, vou metendo os couratos e falando. Hoje acordei bem cedo e vi os telejornais de abertura nos canais gerais. As imagens mostravam as centenas de adeptos que esperavam a equipa do Benfica e fizeram a festa como se tivessem ganho a taça. A minha primeira palavra, o meu primeiro sentimento foi orgulho. Orgulho de pertencer a esta família benfiquista, a este clube. Não é do Benfica quem quer. É do Benfica quem merece!

Gravei três palavras no telemóvel que me serve de bloco de notas para descrever o jogo de ontem: cruel, trágico, impressionante. Creio que não preciso dizer mais nada.

Toda a equipa esteve muito bem. O Artur esteve um monstro ao parar um remate do Lampard que tinha o selo de golo. O Cardozo foi de gelo ao não falhar o penálti. A equipa falhou pouco e quando falhou…. pagou caro. Ao se esquecerem de duas pedras importantes, deixaram a baliza disponível para o cheque mate. Mas estiveram muito bem. Isso foi reconhecido por jogadores do Chelsea e até pelo próprio Platini que confidenciou ao Jesus que tinham perdido os melhores. Mas o futebol é assim mesmo e quando a França nos ganhou num europeu com o próprio Platini quando eu era puto, já assim era.

O Jesus esteve em grande e como defendeu o David Luiz do Chelsea que há-de sempre ser o nosso David “é um grande treinador que devolveu a mística ao clube”. Concordo totalmente com o Vieira quando defende que ele é o treinador certo. Tem erros mas os erros são humanos. Há que segurá-lo. Aprenderá com o tempo. A merda é que desde sábado, as tragédias têm-se sucedido em catadupa. Há que ter coragem, há que ter garra, fé e força.

E ainda falam na maldição do Bela Gutman! O raio desse judeu húngaro foi apenas um treinador que vociferou uma ameaça. Palavras. Palavras leva-as o vento. Nos últimos dias, a maldição pode ser é a dos últimos minutos dos descontos. Mas as maldições matam-se com êxitos.

A diferença entre a família benfiquista e as outras é que esta a escolhemos! Somos nós que queremos pertencer a esta. Somos por vontade, por querer. O que nos distingue de todos os outros adeptos é que nós nunca desistimos. Acreditamos sempre até ao fim. Ainda acredito no campeonato. Posso ser louco que sou, mas acredito. Como acredito muito na taça de Portugal. Sonho muito com esse troféu por ser aquele que é mais alcançável. Queremos muito a taça e iremos saboreá-la como o JJ que sonha ganhá-la por ter memória de a ir ver com o avô quando era miúdo. Queremos ganha-la e nós, que somos Benfica, não estamos tristes, não estamos abatidos, estamos sim esperançados e convictos de que podemos. Caso não a ganhemos não é o fim mas antes a esperança renovada em que poderemos alcança-la no futuro. O Benfiquista nunca desiste.

Como disse um adepto à reportagem: “é nas derrotas que podemos ver quem é verdadeiramente benfiquista”. Nas vitórias é fácil. Os verdadeiros, os bons estão cá nos maus momentos a acalentar, a dar aconchego e esperança como os que esperaram ontem a equipa no aeroporto.

BENFICA SEMPRE! BENFICA ATÉ MORRER!


Uma nota final para felicitar o Grupo Desportivo Arenense pela iniciativa de colocar uma tela gratuita na sua sala principal para que os sócios e interessados pudessem ver este jogo. Uma iniciativa que se vai repetir na final da liga dos campeões e na taça de Portugal. Uma tela gigante que que não é mais que um tecido esticado que recebe as imagens de um projetor emprestado. Uma medida económica mas muito inteligente. Parabéns ao nosso presidente Luís Barradas e a toda a sua direcção, da qual também faço parte! Falar verdade não é puxar pelos galões. Mas como não me envergonho de nada do que faço, aqui até me orgulho. Sou um 2º secretário, um cargo pequenino, mas sou! Também trabalhei para a legalização da sede e também apareço nas fotos do jornal Alto Alentejo, no artigo que escrevi para que a memória futura não esqueça quem esteve por trás deste importante acto. Vê-se pouco e mal porque a fotografia foi tirada pelo meu telemóvel, pela minha querida cunhada Paula Lança mas eu sei que lá estou e isso é que interessa. Viva o Grupo Desportivo Arenense! Já agora e porque vem a talho de foice: Viva o Benfica!

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Até a mim me doeu, quanto mais aos benfiquistas.

Bom fim de semana.

Um abraço