Nota de rodapé a 27/01/2013, no dia que o regresso era para acontecer. A vontade de acordar com o homem era tanta que me baralhei. Pensei que era já hoje que voltava e em vez da esperada alegria,acordei com desilusão. Afinal, ainda tenho de penar mais uma semana. Mas tudo o que escrevi é válido e mantêm-se. O tio Cavaco é que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava. Também, por isso chegou a ser o manda chuva desta coisa chamada país. Eu não tenho um nível tão alto e e vez em quando espalho-me. Mi disculpa. Valeu? Morou?
Amanhã, de certeza que vai ser um dia feliz porque vou acordar com um homem.
Calma!
Um dia feliz porque se trata de um tipo a quem quero muito, como humorista. Pensava
que o tinha perdido de vez e ele voltou. Depois de alguns soslaios, num quarteto
em que costumava aparecer, entrou agora na minha vida do nada, pelo éter. Habituei-me
a ele, criei o hábito como se fosse uma droga. Acordei com a graça de ver o
mundo pelos seus olhos. Tem o dom de olhar o que o rodeia sempre de uma forma
inédita, com um humor tremendo que tudo transforma e transmite pela rádio. O
seu trabalho, que menospreza e acha uma miudeza, tem uma acutilância extrema
que revela uma noção clara do que é ser português no mundo em que vivemos. Um
português inteligente, muito culto, grande benfiquista, com uma noção de timing
perfeita e que domina a língua como um mestre.
Enquanto
a série durar, os dias vão acordar mais felizes, enquanto tomo duche na primeira
edição e quando chego ao serviço, na repetição, para reforçar.
Ainda
bem que acedeu aos pedidos dos ouvintes e aceitou regressar à Rádio Comercial.
Faço votos que depois desta série venha outra e outra e outra e vá editando em
livro o trabalho para que fique. A minha Leonor venera-o e tem a mesma opinião
destes parceiros (e atentem bem a quem eles são, de Presidentes da República e do Benfica, passando por grandes escritores e jornalistas) que aqui divulgo num testemunho de rara profundidade. Benvindo
Ricardo!
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