domingo, 26 de janeiro de 2014

RAP renascido (na série Miranda)



Nota de rodapé a 27/01/2013, no dia que o regresso era para acontecer. A vontade de acordar com o homem era tanta que me baralhei. Pensei que era já hoje que voltava e em vez da esperada alegria,acordei com desilusão. Afinal, ainda tenho de penar mais uma semana. Mas tudo o que escrevi é válido e mantêm-se. O tio Cavaco é que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava. Também, por isso chegou a ser o manda chuva desta coisa chamada país. Eu não tenho um nível tão alto e e vez em quando espalho-me. Mi disculpa. Valeu? Morou?


Amanhã, de certeza que vai ser um dia feliz porque vou acordar com um homem.

Calma! Um dia feliz porque se trata de um tipo a quem quero muito, como humorista. Pensava que o tinha perdido de vez e ele voltou. Depois de alguns soslaios, num quarteto em que costumava aparecer, entrou agora na minha vida do nada, pelo éter. Habituei-me a ele, criei o hábito como se fosse uma droga. Acordei com a graça de ver o mundo pelos seus olhos. Tem o dom de olhar o que o rodeia sempre de uma forma inédita, com um humor tremendo que tudo transforma e transmite pela rádio. O seu trabalho, que menospreza e acha uma miudeza, tem uma acutilância extrema que revela uma noção clara do que é ser português no mundo em que vivemos. Um português inteligente, muito culto, grande benfiquista, com uma noção de timing perfeita e que domina a língua como um mestre.

Enquanto a série durar, os dias vão acordar mais felizes, enquanto tomo duche na primeira edição e quando chego ao serviço, na repetição, para reforçar.


Ainda bem que acedeu aos pedidos dos ouvintes e aceitou regressar à Rádio Comercial. Faço votos que depois desta série venha outra e outra e outra e vá editando em livro o trabalho para que fique. A minha Leonor venera-o e tem a mesma opinião destes parceiros (e atentem bem a quem eles são, de Presidentes da República e do Benfica, passando por grandes escritores e jornalistas) que aqui divulgo num testemunho de rara profundidade. Benvindo Ricardo!

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