Fui convidado para ser mandatário concelhio da candidatura da Dr.ª Manuela Ferreira Leite à presidência do Partido Social Democrata e foi nessa qualidade que me desloquei ao Museu das Tapeçarias de Portalegre, para assistir à sessão pública de Sexta-Feira.
Quando já no átrio, uma menina de óculos de massa preta acompanhada de um cameraman pergunta-me o porquê do meu apoio e eu digo-lhe que a Dr.ª Ferreira Leite é, de todos os candidatos, a única que confere ao partido a credibilidade necessária para poder fazer frente à hegemonia socialista.
Depois do óbvio erro de casting de Menezes, depois da cinzenta prestação de Marques Mendes, depois do delírio Santanista e da fuga de Barroso, o partido precisava de alguém assim como de pão para a boca.
O seu precioso legado governativo, a intocável honestidade, o profundo sentido de estado, a imagem de seriedade e o enorme pragmatismo promoveram-na ao estatuto de potencial salvadora não só de um partido em escombros mas também do próprio país.
Muitos perguntarão ainda, mas que raio faz este gajo ali.
A minha relação com o PSD é de toda a vida e esta paixão, como as próprias devoções clubísticas, foi-me passada no seio familiar, sobretudo pela minha querida tia Cali que sempre acalentou uma admiração muito particular pelo partido.
Lembro-me bem do Sá Carneiro, lembro-me bem das notícias na noite da sua morte, lembro-me bem da Aliança Democrática com o CDS e o PPM, e desde então, eu e o partido, temos sido contemporâneos e crescemos lado a lado.
Recordo-me dos autocolantes do Mota Pinto, do Balsemão e da louca campanha às Presidenciais do Freitas do Amaral. Curiosamente, no período dourado do Cavaquismo, foi quando menos me senti próximo e quando andei mais arredado pelos lados mais à esquerda. Hoje sei olhar para trás e ver a importância do toque do professor que teve a particularidade mudar radicalmente a face do país.
Depois veio o Guterres, bom no início, justificando a transição, terrível no final. Após a célebre caída nas autárquicas parecia que voltaríamos ao de cima mas tudo foi por água abaixo com as deambulações que todos conhecemos de ginjeira.
Em termos locais, apoiei sempre Presidente Andrade, trabalhei imenso na candidatura de Joaquim Barbas em 2002, e candidatei-me como independente com o actual presidente, tendo chegado à Vice-Presidência com 32 anos.
Quando passou um ano da eleição, nesse preciso dia, tomei uma decisão: telefonei ao nosso Cabo-Chefe Simão, pedi-lhe uma ficha de inscrição e tornei-me militante. Reflecti muito sobre isso e decidi que dali não havia volta a dar e era hora de oficializar este casamento.
Apesar de não me rever nas manobras e jogadas actuais da Concelhia, mantenho-me como ser pensante e militante de pleno direito, com as quotas em dia, vivendo o meu partido com consciência.
Persiste hoje em dia uma ideia extremamente estereotipada daquilo que é ser de direita e de esquerda.
Eu digo que quando de extremos, tão má é uma como é outra e para tal basta metermos o Hitler de um lado do balancé e o Estaline do outro e estamos conversados.
Como as políticas estão hoje tão esbatidas, eu prefiro falar em social democracia e digo sempre que o MEU PSD, O MEU PSD, não é o do Alberto João Jardim, nem o do Isaltino Morais, nem o do Valentim Loureiro.
O MEU PSD é o PSD do Sá Carneiro, é aquele que é fiel à lógica inicial e tive hoje a certeza, é também o PSD da Manuela Ferreira Leite.
Num tom quase em família e com o sentido prático que lhe é de resto unanimemente reconhecido, provou a todos os presentes que quase enchiam o Auditório, porque razão o futura laranja passa inevitavelmente por ela.
Depois de analisar o crítico cenário político interno em que nos encontramos, enunciou as razões porque decidiu avançar e qual a linha orientadora da sua actuação, não contrária mas sim divergente da dos restantes candidatos.
A melhor notícia é que com Ferreira Leite, o PSD regressa ao espírito inicial e à pureza da Social Democracia, com a visão de um Estado longínquo do actual totalitarismo, que sabe incentivar e respeitar a iniciativa privada indispensável para uma economia florescente, que se preocupa sobretudo com os mais carenciados e os mais desfavorecidos.
Com Manuela Ferreira Leite o PSD afirma-se como um partido inter-classista, transversal a todos os extractos e a todas as facções da sociedade, repudiando visões de elites e minorias e bebendo da força de todos os que se congregam à sua volta.
Com este novo “velho” PSD, o indivíduo volta a estar no centro das políticas e o bem- estar do País sobrepõe-se a todas as outras realidades.
No contacto directo com a assistência, reconheceu que os governos, todos os Governos falharam nas políticas de gestão do território que resultaram nas actuais assimetrias; assegurou que caso vença irá trabalhar com todos os que estiverem disponíveis e que a solução de uma empreitada desta ordem de grandeza só se faz com equipas bem preparadas e motivadas.
Como corolário, uma frase que me ficou: “eu quero provar, nem que seja para experimentar, que também se ganham eleições dizendo sempre a verdade!”.
A sua frágil fisionomia solta uma mulher de garra e verdade que vai certamente, quando por sua conta e risco, dar muito que falar.
Nota de destaque para a apresentação brilhante de um António Borges pleno de carisma e confiança, com uma segurança contagiante apesar do aparatoso acidente de automóvel de que fora vítima nessa tarde, digno de deixar qualquer um a abanar mas que mal passou por ele. Notável!
Quanto a ti, será que é desta, Manuela? Será que é desta, PSD?
Quando já no átrio, uma menina de óculos de massa preta acompanhada de um cameraman pergunta-me o porquê do meu apoio e eu digo-lhe que a Dr.ª Ferreira Leite é, de todos os candidatos, a única que confere ao partido a credibilidade necessária para poder fazer frente à hegemonia socialista.
Depois do óbvio erro de casting de Menezes, depois da cinzenta prestação de Marques Mendes, depois do delírio Santanista e da fuga de Barroso, o partido precisava de alguém assim como de pão para a boca.
O seu precioso legado governativo, a intocável honestidade, o profundo sentido de estado, a imagem de seriedade e o enorme pragmatismo promoveram-na ao estatuto de potencial salvadora não só de um partido em escombros mas também do próprio país.
Muitos perguntarão ainda, mas que raio faz este gajo ali.
A minha relação com o PSD é de toda a vida e esta paixão, como as próprias devoções clubísticas, foi-me passada no seio familiar, sobretudo pela minha querida tia Cali que sempre acalentou uma admiração muito particular pelo partido.
Lembro-me bem do Sá Carneiro, lembro-me bem das notícias na noite da sua morte, lembro-me bem da Aliança Democrática com o CDS e o PPM, e desde então, eu e o partido, temos sido contemporâneos e crescemos lado a lado.
Recordo-me dos autocolantes do Mota Pinto, do Balsemão e da louca campanha às Presidenciais do Freitas do Amaral. Curiosamente, no período dourado do Cavaquismo, foi quando menos me senti próximo e quando andei mais arredado pelos lados mais à esquerda. Hoje sei olhar para trás e ver a importância do toque do professor que teve a particularidade mudar radicalmente a face do país.
Depois veio o Guterres, bom no início, justificando a transição, terrível no final. Após a célebre caída nas autárquicas parecia que voltaríamos ao de cima mas tudo foi por água abaixo com as deambulações que todos conhecemos de ginjeira.
Em termos locais, apoiei sempre Presidente Andrade, trabalhei imenso na candidatura de Joaquim Barbas em 2002, e candidatei-me como independente com o actual presidente, tendo chegado à Vice-Presidência com 32 anos.
Quando passou um ano da eleição, nesse preciso dia, tomei uma decisão: telefonei ao nosso Cabo-Chefe Simão, pedi-lhe uma ficha de inscrição e tornei-me militante. Reflecti muito sobre isso e decidi que dali não havia volta a dar e era hora de oficializar este casamento.
Apesar de não me rever nas manobras e jogadas actuais da Concelhia, mantenho-me como ser pensante e militante de pleno direito, com as quotas em dia, vivendo o meu partido com consciência.
Persiste hoje em dia uma ideia extremamente estereotipada daquilo que é ser de direita e de esquerda.
Eu digo que quando de extremos, tão má é uma como é outra e para tal basta metermos o Hitler de um lado do balancé e o Estaline do outro e estamos conversados.
Como as políticas estão hoje tão esbatidas, eu prefiro falar em social democracia e digo sempre que o MEU PSD, O MEU PSD, não é o do Alberto João Jardim, nem o do Isaltino Morais, nem o do Valentim Loureiro.
O MEU PSD é o PSD do Sá Carneiro, é aquele que é fiel à lógica inicial e tive hoje a certeza, é também o PSD da Manuela Ferreira Leite.
Num tom quase em família e com o sentido prático que lhe é de resto unanimemente reconhecido, provou a todos os presentes que quase enchiam o Auditório, porque razão o futura laranja passa inevitavelmente por ela.
Depois de analisar o crítico cenário político interno em que nos encontramos, enunciou as razões porque decidiu avançar e qual a linha orientadora da sua actuação, não contrária mas sim divergente da dos restantes candidatos.
A melhor notícia é que com Ferreira Leite, o PSD regressa ao espírito inicial e à pureza da Social Democracia, com a visão de um Estado longínquo do actual totalitarismo, que sabe incentivar e respeitar a iniciativa privada indispensável para uma economia florescente, que se preocupa sobretudo com os mais carenciados e os mais desfavorecidos.
Com Manuela Ferreira Leite o PSD afirma-se como um partido inter-classista, transversal a todos os extractos e a todas as facções da sociedade, repudiando visões de elites e minorias e bebendo da força de todos os que se congregam à sua volta.
Com este novo “velho” PSD, o indivíduo volta a estar no centro das políticas e o bem- estar do País sobrepõe-se a todas as outras realidades.
No contacto directo com a assistência, reconheceu que os governos, todos os Governos falharam nas políticas de gestão do território que resultaram nas actuais assimetrias; assegurou que caso vença irá trabalhar com todos os que estiverem disponíveis e que a solução de uma empreitada desta ordem de grandeza só se faz com equipas bem preparadas e motivadas.
Como corolário, uma frase que me ficou: “eu quero provar, nem que seja para experimentar, que também se ganham eleições dizendo sempre a verdade!”.
A sua frágil fisionomia solta uma mulher de garra e verdade que vai certamente, quando por sua conta e risco, dar muito que falar.
Nota de destaque para a apresentação brilhante de um António Borges pleno de carisma e confiança, com uma segurança contagiante apesar do aparatoso acidente de automóvel de que fora vítima nessa tarde, digno de deixar qualquer um a abanar mas que mal passou por ele. Notável!
Quanto a ti, será que é desta, Manuela? Será que é desta, PSD?
6 comentários:
Desta vez falhaste-me, amigo.
Ela é feia, é má e bate no marido.
Estás a tempo de reconsiderar e ser mandatário da Soraia Chaves, da Merche Romero, ou em última análise da Catarina Furtado.
Essas ladyes sim, são tabaquinho. ;)
Na minha opinião a Manuela Ferreira Leite (MFL) vai ganhar o PSD. Ganha porque é a que tem mais credibilidade e é o concorrente que os militantes pensam que terá mais hipóteses de levar o PSD novamente ao Poder. O Passos Coelho é novo e, ainda, pouco conhecido e o Santana é populista (e de populismo e populistas já estão todos fartos).
Mas, penso, que a MFL será derrotada pelo Sócrates. Porque o passado dela, enquanto ministra, foi de rigor e de combate ao desequilíbrio das contas públicas. Exactamente a mesma estratégia e imagem do PM.
O país (de terceiro mundo a produzir e de primeiro mundo a gastar) manifesta-se contra o governo mas, no fundo, sabe que, independentemente dos erros, o caminho era este: de contenção.
Portanto, não vão trocar o Sócrates por outra figura “idêntica”!
Os portugueses gostariam de um líder da oposição mais “fresco” que lhes fizesse renascer o sonho de que não somos um país “falido”.
Esse líder seria (à falta de um Borges) Passos Coelho. Talvez não ganhasse já em 2009 mas, se mostrasse qualidade, estaria lançado para as próximas.
Eu se fosse militante do PSD votaria Passos Coelho. Não é que não goste do Mandatário da MFL no Concelho (muito pelo contrário), é porque perspectivava, na minha opinião, melhor futuro para o Partido.
E, já agora, o Garraio, a brincar, tem razão: a imagem não a ajuda! E nós sabemos o que vale hoje a imagem. As aparências…
Grande Abraço
Bonito Dias
Eu cá num sei quem é o Passos, mas enquanto o sistema for o sistema nunca será possível ao Trofense ser campeão da I Divisão. Logo, o João Buga está fora do comboio da Europa, pela certa.
Gosto muito do Santana. Acho que é um político bonito (sem vírgulas no meio) e isso retira parte do eleitorado feminino ao Sócrates já que alguns “boateiros” dizem que este até “atraca de popa”. Da outra vez, o Santana foi traído pelo lado conservador da direita, aquela que sempre pode, quando quer, fazer perder as eleições ao PSD, ou pelo menos, a maioria absoluta. O Santana tem, também um poder de oratória notável, o que desenrasca bastante qualquer político que se preze.
Quanto à MFL, não gosto dela. Apesar de se calhar ser a linha séria que nos resta continuar até à depressão final. Não esqueçamos que ela foi a impulsionadora de todas as desgraças que têm sucedido à função pública nos últimos tempos, apesar de isso ainda continuar a ter a sua popularidadezinha. Aqui muito a sério, e sem ânimos graxistas, que não são a minha especialidade, acho que o melhor que a MFL tem é o mandatário por Marvão.
Mas, em quem eu não teria dúvidas em votar seria no João Jardim. Sou quase tão fã do JJ, como do Sargentão. Ele faria de nós um paraíso fiscal, à beira-mar plantado e com o nosso climazinho baril depressa seríamos o Dubai da Europa Ocidental. Em menos de uma década, estariam limadas as grandes diferenças entre o litoral e o interior e por exemplo, no concelho de Marvão, o golfe voltaria a funcionar de imediato, todos os miúdos da escolas teriam aulas grátis, os campeões nacionais naturais de Marvão suceder-se-iam uns aos outros. Abriria outro campo, na serra em frente da fronteira e as ruínas daquele bairro fariam parte de um resort de luxo destinado a albergar jogadores de terceira idade, oriundos dos países nórdicos, com os bolsos bem cheinhos de papel.
A nível de infra-estruturas seriam, desde logo, lançados dois concursos internacionais para fazer um túnel desde a Transnil até à Ponte da Madalena e outro do Xalipas até à praça de Toiros de Santo António, onde enlaçaria com uma auto-estrada para Valência de Alcântara, via Castelhanas ou Moínho da Negra (pormenor indiferente).
Esse sim, vote João Jardim!!!
Beijos e abraços.
Ah, e já me esquecia de um pormenor importantíssimo. Todos esses empreiteiros seriam "convidados" a patrocinar o Benfica, que encaixaria, de uma tacada, arame para contratar o Cróiff, pa treinador, voltava o Simão, comprávamos o CR Ronaldo, o Messi e o Drogba, o Canavaro , o Ricardo Carvalho, o Casillas. O Figo aceitaria fazer a sua última época, nos veteranos do Glorioso. Etc, Etc.
Só vantagens, em suma.
Vou já ligar à Manela a dizer que me baldei e vou ali às páginas amarelas ver do indicativo da Madeira.
Phónix!
Tou convencido!
As minhas desculpas por andar a fazer colagens, mas não me tinha dado conta que a tertúlia aqui estava tão boa...e peço desculpa de trazer a "çorveja e os minuins" ali da outa "tasca", mas tenho que iniciar a minha "Campanha", quanto antes e, nada melhor que atacar o "concorrente" em sua casa.
Eu por mim, se o Sabi se candidatar, peço logo ao Passos para também me baldear e serei o mandatário do Sabi (senão causar "incómados" à estrutura)...e aceito, se sair vencedor um lugarzito de motorista, tanto que, já me inscrevi nos cursos da "VEMER", para aprender a conduzir tipo "prost"!
...e lá estaremos na III caminhada do ti Sabi, se o dito cujo se aguentar com a oposição...é que eu sou mandatário do Passos e vou dar cabo dele.
Mandatário de "damas de ferro"? Para quê...se elas de "carne" são tão boas!
jbuga
Enviar um comentário