quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O sítio das coisas selvagens




Por incrível que me pareça, nestes anos todos, nunca tinha ouvido falar no livro.

Movido pela surpresa da adaptação ao cinema, alimentado pelas críticas e comentários, esgravatei por onde podia até chegar à história.

Graças a Deus, ou à net, ou ao todo poderoso qualquer, vivemos num tempo deslumbrante que nos permite ter todo o mundo de conhecimento à distância de um clique.

Primeiro acedi ao livro que me conquistou de imediato por com tão pouco conseguir dizer quase tudo. Afinal, são apenas umas centenas de (mágicas!) palavras, muitas vezes repetidas e umas dezenas de belíssimos desenhos que conseguem tanto…

E por muito que se diga, nunca ninguém conseguirá traduzir a experiência do visionamento deste filme. “O sítio das coisas selvagens” é uma obra-prima em absoluto estado de graça que tem a infância toda lá dentro. E não é uma infância lamechas, chorona, mimada. É a infância como ela é, nua e crua, com todo o seu vigor, a sua dúvida, a sua ânsia de viver, a sua excentricidade, a sua (porque não dizê-lo?) crueldade, a sua divindade e sobretudo, a sua inabalável capacidade de sonhar.

A infância é a fase pródiga da nossa existência. “O sítio das coisas selvagens” é o retrato mais fiel que eu já conheci até hoje.

(E atenção que vos escreve alguém que tem como herói de vida o Peter Pan… São muitas edições em papel, muitos dvds, jogos de computador, action figures mas… isto aqui é outro campeonato...).

(E ainda por cima tem o James Gandolfini na voz de Carol, uma banda sonora belíssima da Karen O dos “Yeah, Yeah, Yeahs”, a genial adaptação do Spike Jonze e do Dave Eggers… enfim…).





1 comentário:

Isabel I disse...

Pois também ouvi falar, na net, lá está, e cheia de curiosidade, vou ver se compro o livro este fim de semana.