quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Olhându o Redentô, qui lindu...

Parece que está a dizer: "Morou?... sacanagem"

Ou a crónica de dROCAS, o escriba dos Outeiros, sobre este Carnaval de Inverno, baseada na reportagem especial da SIC, de Cristina Boavida

"CHEGUEI GALERA!!!!!
Chegou hoje ao palácio do planalto, na capital Brasília, o capitão da academia militar, operador de forças especiais, especialista em operações na selva, e em segurança, que... deixou a tropa, para se converter à política! Em 28 de Outubro, com 55% dos votos, venceu as eleições do Brasil com mais 10% que o oponente Haddad, do Partido Trabalhista, e tudo mudou.


Sob o lema: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", conseguiu convencer os 210 milhões de brasileiros que os epítetos de machista, homofóbico, atrasado, fascista, e nacional populista; eram apenas rótulos depreciativos que o PT lhe queria colar, e não assentavam bem, de todo, a esta pessoa do povo, de bom coração, que foi vereador no Rio de Janeiro, e chegou a deputado federal.

"Do mal, o menos", foi certamente o que pensaram os canarinhos, que optaram por este mergulho no desconhecido, ainda assim, preferível aos escândalos de Dilma em Dezembro de 2015, e de Lula da Silva, no processo de corrupção "Lava Jato" , do PT, que o levou à prisão, quando todas as sondagens davam vitória do antigo presidente nas eleições .

É que, quando no ativo, este personagem Bolsonaro, cumpriu 7 mandatos durante 28 anos, e dos 171 projetos que apresentou, apenas 2 foram aprovados!!!
Mas, mesmo assim, em 2014, foi o deputado eleito com mais votos, quando já dava sinais da sua irreverência, ao atacar setores limítrofes da sociedade brazuca.

Para além dos tiros nos pés dos adversários, a 6 de setembro teve mais um empurrão estratégico durante uma ação em Minas Gerais, quando foi esfaqueado, num episódio de tal forma bem urdido, que mais parecia encenado. Duas cirurgias depois, nos 23 dias em que esteve internado, optou por deixar de fazer debates políticos, facto que por sua vez, até foi explicado pela sua debilidade física. Assim, fez história ao assentar a campanha nas redes sociais, dando à manípulação e às "fake news" do seu ídolo Trump, um papel primordial.



Cerebral, ou com estrategas hábeis do seu lado, decidiu colocar a cereja no cimo do bolo da sua campanha, quando convidou Sérgio Moro, o juíz responsável pelo processo Lava Jato, para ministro da justiça. O justiceiro aí, vestiu a camisola, e o povo aderiu ao seu Salvador.

Ditador para uns, salvador para outros, "todó mundo" (como eles dizem) se pergunta: que 4 anos serão estes, sob o Cristo Redentor do Corcovado?

Encabeçando um governo duro, com 22 ministros onde contam 7 militares e apenas 1 mulher, já começou a lançar achas para a fogueira interna, ao facilitar o acesso para o porte de armas, a todos os que têm mais de 21 anos, e não têm antecedentes criminais.

No mundo, segue as pisadas do aliado Trump, reconhecendo Jerusalém como capital de Israel (entregando todo o ouro a esta fação, enquanto horroriza, e espicaça, os Ultras do Estado Islâmico), deixando a ideia que depois dele, nada será como dantes. Tal e qual como o outro.
  


"Ditador para uns, Salvador para outros, que 4 anos serão estes?", é a pergunta que a repórter Cristina Boavida, deixa em suspenso, como que a assinar a sua belíssima reportagem, a que tens acesso, carregando na ligação abaixo. Bom apetite! (é jornalismo de 1ª!)

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