quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Ó tio Marcelo… esta não, porra!!!






Vídeo no link:

Epá… eu tenho de falar sobre isto, mas oxalá consiga fazê-lo sem ofender alguém, porque não o quero, de todo. Mas tenho de o fazer porque é um imperativo da minha consciência. Tem de ser!


Tenho de fazer uma nota prévia bem convicta que não sou racista. Não considero a raça branca superior a qualquer uma outra. Para mim, a haver alguém superior no mundo, são as mulheres, mas isso já não é novidade para ninguém. Acho que utilizar a palavra “negro” é ofensa. Não é “negro” que se deve dizer, é “preto”. Porque o “branco” também é “branco”, e não é “clarinho”.

Eu tenho amigos de cor, e não tenho mais, porque no Alentejo não há assim tantos... 

Acho é que as pessoas que vêm destas origens africanas (que são bem diferente daqueles de cor, nascidos, e criados cá, entre nós), se fecham habitualmente em universos só deles, em reservas auto-impostas, e o fazem cá, porque gostariam era de estar lá, mas sabem que não podem, porque não têm condições (de segurança, políticas, familiares). E por isso estão permanentemente deslocados, à margem, e cultivam essa diferença para isso. Não somos nós. São também eles que o sentem assim.

YYYYEEEEAAAHHHHH
DREAD LOCKS

E lá pode vir a tal, “opá, porque é que tu te metes a escrever sobre isto?!?!?”
- Olha, porra, porque sim, e porque eu acho. Posso achar, não posso?!?!?! A  democracia é fixe. Pelo menos nisso.

Acontece que aqui há tempos houve um sururu no bairro da Jamaica, mais precisamente na Urbanização do Vale de Chícharos, no Seixal, concelho do distrito de Setúbal (Grande Lisboa). Os habitantes do lugar, na sua maioria, imigrantes chegados de países africanos de língua portuguesa, muitos deles já há mais de 20 anos, são gente que não pode deixar de ser conotada com as suas origens. Muitos deles, fazem gala em ser esta a sua matriz.



Imagino que naquelas barracas de tijolo que vemos nas notícias, todas adornadas com antenas parabólicas de todas as operadoras no mercado (no outro dia vi na mesma imagem, 3 antenas, uma da MEO, outra da NOS, outra da Vodafone. Impressionante!), não deva viver gente de um estrato social alto. Não devem habitar por ali naquelas redondezas, muitos juízes, professores universitários, ou quadros altos de empresas. Não devem de ali residir muitos polícias, militares, médicos, ou funcionários públicos. E não, não estou a ser sectário, racista, ou xenófobo. Estou a ser realista. Sabem o que isso é? É isto.


A malta nova da Jamaica, que é um nome absolutamente fantástico para se dar a um bairro, (eu sou das Janelas Verdes, eu sou das Avenidas, eu sou do Parque das Nações, e tu? AI eu cá sou da Jamaica! TASSSS…) curte fazer cenas engraças, nos tempos livres. Acredito eu que não joguem muito Monopólio, Trivial Pursuit, ou xadrez, e gostem mais de entreter-se a ouvir Kizomba, como por exemplo no outro dia, quando saíram da festa a altas horas, e armaram banzé. Vai na volta, veio a bófia.

Ora os bófiantes, deram com aquela malta bem disposta, que de certezinha absoluta não tinha vontade alguma de ir para casa, nem tampouco tinha sede, e travaram-se de razões.

Os PSP, como sempre, o que é natural porque são pagos para isso, quiseram estabelecer a ordem. Ora os mafarricos, todos exaltados, começaram a agredir, ao ponto de terem mandado um abaixo, e muito melhor que tudo isso, riparam dos telemóveis, muitos deles, altas gamas sonegados pelos melhores liceus das redondezas e metem-se a filmar tudo, em sua defesa.

Ora para mim, estamos perante uma devassa da autoridade, e a entrar numa guerra absolutamente desigual, onde os meliantes estão sempre protegidos, e ao “maus” (ou seja, os bons para nós!), os que querem o bem, nada podem dizer, ou fazer. Para que fosse justo, as brigadas das forças de segurança, sejam a PSP na cidade, ou a GNR nos restantes pontos do ponto do país, deveriam sempre fazer-se acompanhar de um captador de imagem (nem precisava de ser um repórter, bastava ser um munido da mesma arma, um telemóvel) para que pudesse gravar as provocações, cuspidelas, e afrontas de que são alvo, cada vez que são chamados a um gueto, porque certamente lá haverá baile de facho, e não vão lá para venderem rifas dos finalistas dos filhos.

Fosse no Bairro do Fim do Mundo, em Chelas, Casal Ventoso, Pedreira dos Húngaros, ou no acampamento do Ti Marçal na aldeia, este seria o procedimento.


Tudo isto andou a rodar nos noticiários, e revolta, fez-se sentir. Como?!? Ora estes portugueses que são portugueses tal e qual como eu, mas não conseguem ter a ligação que eu tenho a este solo, e se sentem sempre muito mais perto da sua origem africana (é só irem ver a decoração das suas casas, a roupa que usam, a música que dançam, a língua que falam, como usam os cabelos), começaram numa de incendiar caixotes do lixo, e ir vandalizando um bocadinho do que iam apanhando no caminho porque tinham sido ameaçados.

Ai a graça que esta merda me dá toda, desculpem-me a expressão. Eu a ver isto na televisão, e só pensava “olha ca…ca…ca…ca… f#$%-?#&!!!!!!!”
E ninguém faz nada?!?!? Porra!

Agora já estava tudo mais manso, tudo mais tranquilo, e o nosso tio Marcelo, decidiu enfiou-se no calhambeque, à revelia do protocolo e de tudo o que estaria decidido, e vai para o bairro armar o seu cirquinho ambulante de selfes, beijinhos e abraços.

MAS NINGUÉM CONSEGUE EXPLICAR A ESTE HOMEM ONDE FICA A LINHA DO RIDÍCULO?!?!?!?

AI que valha-me Deus!!!

Sabem quem é que não achou piada nenhuma a este apanhado?!?!?

AHAHAH… esta é fácil! O gato que viu o dono da padaria tirar fotografias e mandar bolinhas de pão com queijo, aos ratos que ele se tinha esfalfado para meter na ordem, quando quiseram tomar conta do boulangerie! A TIRAREM FOTOS JUNTOS?!?!?!?

Esta merda está toda virada do avesso!

Ó Paulinho Rodrigues, meu presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), tu dizes que isto foi um “desprezo completo” pelas forças de segurança, como tu lhe chamaste. Isso não direi, mas que cagou em vocês bem alto, lá isso cagou!!!


Olha, da próxima vez que vos chamarem para irem fazer de guarda de honra, mandem-no chamar os Shaka Zulu, a tocarem tambores tribais.

A tomar por culo! JODER!




Sem comentários: