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No Brasil se diz “escanteio”, em Portugal, “canto”; no Brasil se diz torcida, em Portugal, “claque”; no Brasil se diz “zagueiro”, em Portugal, “defesa”… e “estúpido”, Sr. Scolari? Como se diz estúpido em brasileiro?
Eu nem queria acreditar nas imagens que via ali, bem à frente dos meus olhos e em tempo real. Uma confusão no final do jogo, uma troca de palavras e o “bornal” do nosso seleccionador nacional a tentar desferir um golpe certeiro no defesa Sérvio que estupefacto com o inusitado gesto, reagiu algo incrédulo.
É uma cena completamente incrível que estamos habituados a ver no futebol da América Latina, mas nunca tendo um seleccionador nacional como protagonista.
Eu sei que vou ser criticado pelo que vou dizer mas para mim, uma selecção é como o hino ou a bandeira, é um dos valores intocáveis da nossa nação e na minha opinião, os brasileiros nunca cá tinham metido o cú. Sim, eu sei, há diversas formas de obter a nacionalidade portuguesa, e se são portugueses para umas coisas, têm também de ser para outras mas se o Tio Sabi mandasse, na selecção não jogavam. Aquilo é para o puro e duro e já está.
Lá vem o coro: “hiiiiii, o gajo! Alto nazi, foge! Aposto que é do MAN!”. Nada disso, meninas. É apenas a minha opinião. Os Decos e os Pepes e os Scolaris, se querem, que vão jogar na canarinha que aqui é para os 100% nacionais. Aquela cena dos brazucas a cantarem o hino é uma cena confrangedora. Não precisavam cantar como os Lobos da Selecção de Rugby porque esses, se escapa um dia o pé a algum e cai para a frente, dá uma dentada na perna dum fotógrafo que o rapaz nunca mais volta a andar pelo seu pé. Parecem mesmo lobos! Se o tempo de satélite acabasse, o hino ouvia-se ali nas Castelhanas, de certeza! Não era preciso tanto, mas o Deco agarrado ao peito, de olhitos fechados a sentir a letra toda… Tá bem, abelha!
Mas uma vez que já cá estão e voltando ao Scolari, aquilo foi do mais tristinho que já vi.
Foi triste porque o Sérvio jamais quis atingir o Quaresma. O que se passou ali foi uma troca de palavras e nada mais.
Foi triste porque o gajo foi mesmo à “má fila” e quis “afiambrar” o meca.
Foi triste porque não soube ser homenzinho e em vez de pedir desculpa e assumir o erro a quente, veio armado em papagaio do Tijuca, com ar brigão, para cima dos jornalistas a dizer que só queria dar “um chega prá lá ao cara!”.
Foi triste porque o homem é seleccionador nacional, Meu Deus. E um seleccionador nacional que faz uma merda daqueles não tem outra saída senão colocar o seu lugar à disposição no preciso momento em que volta a si.
Um seleccionador nacional não é um empregado da Federação como ele diz. É muito mais que isso, é o treinador dos treinadores, uma espécie de Presidente da República dos treinadores e essas pessoas, essas figuras cimeiras do nosso país não podem, no meu entender, cometer erros desta natureza e sair impunes.
Imaginemos:
Imaginemos que o nosso Sócrates é apanhado numa casa de banho do Sasha a cheirar uma linha de coca;
Imaginemos que o Tio Cavaco é apanhado a fazer festinhas nas pernitas de um jovem mancebo dos Pupilos do Exército nos jardins de Belém;
Imaginemos que o nosso Jaime Gama decide acabar a noite mais tarde e entra de braço dado na Assembleia da República com as duas ucranianas que ganhou a jogar à lerpa num convés de Santos;
Imaginemos que o nosso Pinto Monteiro é caçado às 5 da manhã na auto-estrada do Norte, a 240 km/hora, com 5,5gr de álcool na espinha e uma garrafa de uísque no banco do pendura,
Imaginemos que a Directora da ASAE é apanhada de surpresa a copiar uns dvds da prima para a filha mais nova;
Imaginemos que o nosso seleccionador nacional de futebol decide expurgar os seus demónios e más tácticas com uma pêra das antigas a um jogador adversário.
Todas estas ridículas situações, (e faço votos que o SIS não me tenha já sob escuta) são definidas no vocabulário do Monopólio como “Casa Zero” que é como quem diz, “volte à casa de partida sem passar pelo banco”.
Perante qualquer um destes cenários fellinianos, não há outro remédio senão baixar a cabecinha, meter o rabito entre as pernas e “andor!”.
O brazuca, não! O gajo é muy duro! Primeiro resistiu e agora, como nosso país é uma verdadeira comédia em 3 actos, a RTP, fazendo um serviço público directamente ligado à ETAR do Lumiar, dá-lhe um tempo de antena em horário nobre para vir pedir perdão. A Judite, coitadinha (o verniz das unhas era horrível querida! Quem é o consultor de imagem?) ali a esticar-lhe a capa para o gajo passar. O carneiro aquele, que mal sabe falar e duvido muito que de bola também pesque algo que se veja, lá pediu desculpa.
E até aposto que a grande maioria dos portugueses até se emocionou quando ele confessou que “a mulhé e uz meninuz ficaram um pouquinho chatiaduz cumigo. É! Foi muito difizil!”. Ficaram com peninha do beicinho e a coisa vai andar.
Não é que o real artista chegou mesmo a afirmar que tem fé no bom senso da Federação, que depois de analisar as imagens lhe vai dar toda a razão podendo assim continuar o bom trabalho.
Somos um país de brandos costumes e de certeza que vai tudo ficar em águas de bacalhau. A Europa é que vai mais uma vez olhar para nós e dizer, “sim, sim, gente das barracas!”.
No mínimo, ia para o gelo no minuto seguinte. Nem saia da banheira de Alvalade.
Sr. Scolari, arranje outra! Eu não sei se há ciganos no Brasil, mas o meu amigo tem de perceber que os ciganos NÃO PRECISAM DE QUEM OS DEFENDA! ELES DEFENDEM-SE SOZINHOS, CARAÇAS! Ainda se fosse o Nuno Gomes…
O que foi pena foi que o Brassard, que também lá anda a lamber os nosso euros, tenha impedido o bardo de investir. Com o tamanho do menino… tinham sido umas molas bem untadas!
Eu nem queria acreditar nas imagens que via ali, bem à frente dos meus olhos e em tempo real. Uma confusão no final do jogo, uma troca de palavras e o “bornal” do nosso seleccionador nacional a tentar desferir um golpe certeiro no defesa Sérvio que estupefacto com o inusitado gesto, reagiu algo incrédulo.
É uma cena completamente incrível que estamos habituados a ver no futebol da América Latina, mas nunca tendo um seleccionador nacional como protagonista.
Eu sei que vou ser criticado pelo que vou dizer mas para mim, uma selecção é como o hino ou a bandeira, é um dos valores intocáveis da nossa nação e na minha opinião, os brasileiros nunca cá tinham metido o cú. Sim, eu sei, há diversas formas de obter a nacionalidade portuguesa, e se são portugueses para umas coisas, têm também de ser para outras mas se o Tio Sabi mandasse, na selecção não jogavam. Aquilo é para o puro e duro e já está.
Lá vem o coro: “hiiiiii, o gajo! Alto nazi, foge! Aposto que é do MAN!”. Nada disso, meninas. É apenas a minha opinião. Os Decos e os Pepes e os Scolaris, se querem, que vão jogar na canarinha que aqui é para os 100% nacionais. Aquela cena dos brazucas a cantarem o hino é uma cena confrangedora. Não precisavam cantar como os Lobos da Selecção de Rugby porque esses, se escapa um dia o pé a algum e cai para a frente, dá uma dentada na perna dum fotógrafo que o rapaz nunca mais volta a andar pelo seu pé. Parecem mesmo lobos! Se o tempo de satélite acabasse, o hino ouvia-se ali nas Castelhanas, de certeza! Não era preciso tanto, mas o Deco agarrado ao peito, de olhitos fechados a sentir a letra toda… Tá bem, abelha!
Mas uma vez que já cá estão e voltando ao Scolari, aquilo foi do mais tristinho que já vi.
Foi triste porque o Sérvio jamais quis atingir o Quaresma. O que se passou ali foi uma troca de palavras e nada mais.
Foi triste porque o gajo foi mesmo à “má fila” e quis “afiambrar” o meca.
Foi triste porque não soube ser homenzinho e em vez de pedir desculpa e assumir o erro a quente, veio armado em papagaio do Tijuca, com ar brigão, para cima dos jornalistas a dizer que só queria dar “um chega prá lá ao cara!”.
Foi triste porque o homem é seleccionador nacional, Meu Deus. E um seleccionador nacional que faz uma merda daqueles não tem outra saída senão colocar o seu lugar à disposição no preciso momento em que volta a si.
Um seleccionador nacional não é um empregado da Federação como ele diz. É muito mais que isso, é o treinador dos treinadores, uma espécie de Presidente da República dos treinadores e essas pessoas, essas figuras cimeiras do nosso país não podem, no meu entender, cometer erros desta natureza e sair impunes.
Imaginemos:
Imaginemos que o nosso Sócrates é apanhado numa casa de banho do Sasha a cheirar uma linha de coca;
Imaginemos que o Tio Cavaco é apanhado a fazer festinhas nas pernitas de um jovem mancebo dos Pupilos do Exército nos jardins de Belém;
Imaginemos que o nosso Jaime Gama decide acabar a noite mais tarde e entra de braço dado na Assembleia da República com as duas ucranianas que ganhou a jogar à lerpa num convés de Santos;
Imaginemos que o nosso Pinto Monteiro é caçado às 5 da manhã na auto-estrada do Norte, a 240 km/hora, com 5,5gr de álcool na espinha e uma garrafa de uísque no banco do pendura,
Imaginemos que a Directora da ASAE é apanhada de surpresa a copiar uns dvds da prima para a filha mais nova;
Imaginemos que o nosso seleccionador nacional de futebol decide expurgar os seus demónios e más tácticas com uma pêra das antigas a um jogador adversário.
Todas estas ridículas situações, (e faço votos que o SIS não me tenha já sob escuta) são definidas no vocabulário do Monopólio como “Casa Zero” que é como quem diz, “volte à casa de partida sem passar pelo banco”.
Perante qualquer um destes cenários fellinianos, não há outro remédio senão baixar a cabecinha, meter o rabito entre as pernas e “andor!”.
O brazuca, não! O gajo é muy duro! Primeiro resistiu e agora, como nosso país é uma verdadeira comédia em 3 actos, a RTP, fazendo um serviço público directamente ligado à ETAR do Lumiar, dá-lhe um tempo de antena em horário nobre para vir pedir perdão. A Judite, coitadinha (o verniz das unhas era horrível querida! Quem é o consultor de imagem?) ali a esticar-lhe a capa para o gajo passar. O carneiro aquele, que mal sabe falar e duvido muito que de bola também pesque algo que se veja, lá pediu desculpa.
E até aposto que a grande maioria dos portugueses até se emocionou quando ele confessou que “a mulhé e uz meninuz ficaram um pouquinho chatiaduz cumigo. É! Foi muito difizil!”. Ficaram com peninha do beicinho e a coisa vai andar.
Não é que o real artista chegou mesmo a afirmar que tem fé no bom senso da Federação, que depois de analisar as imagens lhe vai dar toda a razão podendo assim continuar o bom trabalho.
Somos um país de brandos costumes e de certeza que vai tudo ficar em águas de bacalhau. A Europa é que vai mais uma vez olhar para nós e dizer, “sim, sim, gente das barracas!”.
No mínimo, ia para o gelo no minuto seguinte. Nem saia da banheira de Alvalade.
Sr. Scolari, arranje outra! Eu não sei se há ciganos no Brasil, mas o meu amigo tem de perceber que os ciganos NÃO PRECISAM DE QUEM OS DEFENDA! ELES DEFENDEM-SE SOZINHOS, CARAÇAS! Ainda se fosse o Nuno Gomes…
O que foi pena foi que o Brassard, que também lá anda a lamber os nosso euros, tenha impedido o bardo de investir. Com o tamanho do menino… tinham sido umas molas bem untadas!
4 comentários:
Imaginemos que o nosso PM não recebe o Dalai Lama (prémio Nobel e líder no exílio de uma nação ocupada)...
Imaginemos que o tio (não ti) Cavaco afina pelo mesmo diapasão, esquecendo-se de Timor...
Não vai ser só a Europa a rir-se de nós. Vai ser um país ocupado e miserável, mas um país inteiro que todo o mundo reconhece, a rir-se de nós. Quanto ao Scolari ser brasileiro, o grande problema não é esse. O grande problema é que tivémos um rei (tb chamado Pedro) que quando teve hipótese de escolher, escolheu o Brasil. E quando as coisas cá andavam mal, ainda veio dar uma ajudinha aos Liberais para endireitar este país de Pintos de Sousa e Cavaquices, e foi-se embora outra vez, à sua (e dos brasileiros) vida. Mais ou menos como o Filipe. Veio cá, pôs a selecção portuguesa de futebol a habituar-se a ganhar e agora, não tardará muito, está a preparar-se para ir embora. Quanto ao tabefe, o sérvio ainda merecia mais. Tal como as que o Ricardo Sá Pinto deu ao Arturinho: só se perderam as que o Rui Águas fez cair no chão.
1 abraço
ps. e lá está o futebol outra vez...
Ainda mais um acrescento. Não podemos, e desculpa a opinião contrária, pensar em 'iberismo' por um lado - e eu tb penso que é inevitável e desejável pensar a sério nisso - e querer que os brazucas se mantenham fora dos nossos símbolos (encarando, neste caso, a selecção de futebol como tal). Ainda hoje estive a visitar um blog 'De Rerum Natura' (http://dererummundi.blogspot.com/), em que a passagem de Einstein por Portugal, bem como as críticas à sua Teoria da Relatividade por parte de algumas 'eminências portuguesas' da altura, e juntando as experiências de confirmação dessa Teoria levadas a cabo em território português da altura (S.Tomé e Príncipe) e no Brasil, serve de mote a uma apologia do sentimento 'brasileirófilo'. Não podemos livrar-nos da nossa maior riqueza: o cosmopolitismo. Sempre fomos feitos de gente que chegava pelo litoral. Do interior só vinham desgraças. Por isso somos como somos. Se o nosso maior futebolista foi um moçambicano, se a Naide é filha de imigrantes, se o Francis é naturalizado ou se o Richard Zimler é americano a viver no Porto, isso só significa que no futebol, no atletismo e nas letras, pelo menos, temos 'tugas' com valor. São tão nossos como o Fernão Magalhães foi 'castelhano'. As pessoas não são países e os países não são feitos só de pessoas. A Europa caminha para uma União de Estados, e esses Estados assumem que todos os cidadãos da Europa são tb cidadãos desse Estados. Antes disso ter sido decidido, já nós dávamos a cidadania portuguesa aos brazucas, por isso... Mais, se não fossem os imigrantes este país estaria muito mais velho, muito mais amorfo e muito menos rico de valores. Ah, e isto não tem nada a ver com o facto de eu concordar com o João Bugalhão, e achar tb que o que o Scolari precisa é de um bilhete sem retorno para ir para o pé da nª sra. do Caravaggio, ou lá como se chama a santa.
E é só. Desculpa a seca e inté.
Luís Bugalhão (luisbugalhao@gmail.com)
Para mim, só existem dois treinadores portugueses com "pedigree" para comandar a nossa selecção. A saber: Mourinho e Paulo Bento. O primeiro, é simplesmente o melhor treinador do mundo. O segundo, o melhor treinador a actuar em Portugal. Mas ambos têm um grande defeito. São jovens demais. Qualquer clube de nível médio europeu paga o dobro ou o triplo de uma federação, daí que seja difícil aliciar estes profissionais para tais projectos. O que acontece, é as federações nacionais, irem buscar treinadores de mais idade e com provas dadas no mundo do futebol e à beira da reforma. A Espanha tem o Aragonés, a Sérvia tem o Clemente e nós o "sargentão". Se me perguntarem, o Felipão é um bom treinador? A minha resposta: Não, é um treinador mediano. Mas, é um dos melhores condutores de homens que alguma vez o futebol português já teve. Transformou uma equipa de segunda linha, que raramente passava das fases preliminares numa das mais temidas do futebol mundial. Scolari, é um treinador para grandes jogos, contra as Holandas e Inglaterras, onde a motivação incutida na equipa ganha importância em relação aos aspectos tácticos. A juntar a tudo isto, pratica um marketing pessoal muito forte. Transmite aquela imagem de duro e de implacavél. Aquele gesto para o comum dos mortais não passa de uma agressão. Nada de mais errado. É um acto premeditado. Passa a ideia, que apesar do empate, não estamos mortos, que somos duros e que vamos dar a volta por cima. Se reparem, não escolheu o Sérvio ao acaso. Preferiu o maior, o mais feio e um com pinta de mafioso. Isto dá a entender, que não tem medo de ninguém e que nada está perdido. Respeito é bom e o sargentão gosta. Já la vai o tempo, em que os "Oliveirinhas" regressavam a Portugal de muletas, após mais um brilhante mundial de bebedeiras e de jogos de cartas. Algum de vós imagina o Sá Pinto a fazer ao "Sargentão" o que fez ao Artur Jorge? Claro que não. Deixem o homem acabar o seu trabalho, quando qualificou o Brasil para o Mundial da Coreia- Japão a situação era bem mais crítica. Ao contrário de outros o Felipão resolve.
Ó “Setespinhas”, há algum tempo que ando a seguir as tuas opiniões e bem que ás vezes as acho com espírito e com lógica. Gostaria de te dizer quando contigo concordo, ou não, mas gostava de saber a quem me estou a dirigir, porque a minha mãezinha disse-me para não me dar com desconhecidos. Podias assinar a “coisa” e garanto que não tenho nada contra o peixe, aliás gosto muito mais do que alguma “carne” que por aí anda.
Um abraço
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